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Alimentação à Base de Peixes Ajuda a Prevenir Riscos de Infarto |
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A dieta rica em peixes, principal fonte de ômega 3, ajuda a reduzir riscos de arritmias cardíacas, infartos e arteriosclerose.
1) O que relataram as últimas pesquisas sobre as dietas ricas em peixes e ômega 3? Na última semana de maio, a Universidade de Harvard anunciou que o consumo de peixes oleosos como o salmão e o atum, ao menos duas vezes por semana, ajuda a impedir a ocorrência de arritmias cardíacas e a reduzir os riscos de infartos. Esses alimentos são as principais fontes de EPA e DHA, gorduras saudáveis (insaturadas) pertencentes à família dos ômega-3 com ações preventivas comprovadas contra o risco de doenças cardiovasculares.
Outro estudo, realizado em março por pesquisadores da Universidade de Southampton, na Inglaterra, com 188 pacientes, comprovou que a ingestão regular de gorduras provenientes de peixe diminuem os riscos de arteriosclerose. A doença é caracterizada pelo acúmulo de gordura nas paredes dos vasos, acarretando num déficit de irrigação de sangue para os tecidos. Com isso, o risco de derrames e infartos é agravado.
2) Qual a importância do consumo de EPA e DHA ? A importância do consumo de EPA e DHA está na propriedade dessas gorduras em prevenir a agregação plaquetária, evitando a formação dos coágulos nas artérias coronárias e carótidas (veias que levam o sangue ao coração e ao cérebro, respectivamente). Em 2000, foram registradas 260.555 mortes no País em decorrência de doenças cardiovasculares, o equivalente a uma morte a cada dois minutos. Para se ter uma idéia melhor do problema, se somarmos o total de óbitos gerados por enfermidades como a Aids e o Câncer naquele ano, não atingiríamos metade dos números de mortalidade em decorrência de problemas cardiovasculares.
3) Existem outros novos estudos? Recentemente, o Studio della Sopravvivenza nell´Infarto Miocardico Gissi-Prevenzione, na Itália, analisou 11.323 pacientes que haviam sofrido infarto agudo do miocárdio e constatou que a alimentação rica em Ômega-3 diminuiu em 41% os índices de mortalidade desse grupo.
4) Que fator condiciona as diferenças dietéticas entre os países? Em 1999, pesquisa conduzida pelo Lion Diet Study Heart, concluiu que a diferença dos padrões dietéticos dos países banhados pelo mar mediterrâneo era o principal responsável pelos seus baixos índices de mortalidade em relação aos das populações localizadas ao norte da Europa. O maior consumo de gorduras insaturadas foi apontado como o fator de prevenção.
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Autor |
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Dra. Tânia Martinez |
Cardiologista, Chefe do Departamento de Ateriosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia e Professora Titular da Unifesp |
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Os autores estão em ordem alfabética.
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