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| Pesquisa mostra que reinfecção por H. pylori em pacientes com úlcera péptica pode ocorrer mais de cinco anos após a erradicação |
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Além disso, estudo mostrou que dois terços dos sujeitos com recorrência apresentaram novas úlceras
A presença de Helicobacter pylori na mucosa gastroduodenal está associada ao desenvolvimento de úlcera péptica e outras doenças, por exemplo, gastrite crônica, carcinoma e linfoma. Segundo pesquisadores da Faculdade Assis Gurgacz e da Gastroclínica Cascavel, ambas no Paraná, esse patógeno vem se tornando cada vez mais resistente a antibiótipos nas últimas décadas. A erradicação de H. pylori faz parte da conduta terapêutica para úlcera péptica, mas a recorrência dessa infecção é possível. Em um artigo publicado na edição de julho/setembro de 2016 dos Arquivos de Gastroenterologia, os autores revelam que essa recorrência pode ocorrer em longo prazo.
O grupo conta no artigo "Taxa de reinfecção por Helicobacter pylori em pacientes com úlcera péptica cinco anos após erradicação" que conduziu um estudo retrospectivo e longitudinal com 201 pacientes diagnosticados com úlcera gástrica e/ou duodenal entre 1990 e 2000. Os participantes, que eram da Região Oeste do Paraná, foram "seguidos por pelo menos cinco anos após a erradicação com sucesso do H. pylori".
Após acompanhar os pacientes por um tempo médio de oito anos, os autores identificaram que 180 (89,55%) permaneceram negativos para essa infecção, enquanto 21 (10,45%) tornaram-se positivos para a presença do patógeno. Os resultados mostraram ainda, segundo a publicação, que dois terços dos pacientes com recorrência da infecção apresentaram úlceras ativas. Os autores lembram que novas úlceras foram identificadas nesses indivíduos ao mesmo tempo em que a reinfecção foi documentada. Por outro lado, o grupo não identificou novas úlceras nos pacientes que não tiveram recorrência de H. pylori.
Com base nos resultados, os autores afirmam que, mesmo quando os pacientes foram erradicados com sucesso e permaneceram livres de H. pylori durante os cinco primeiros anos de seguimento após o tratamento, a recorrência da infecção pode ocorrer.
Fonte
Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico)
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