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Especialista do Delboni dá dicas sobre como evitar a ingestão de agrotóxicos presentes nos alimentos
 
1) De forma prolongada, a ingestão de comida com excesso de agrotóxicos pode causar câncer, problemas neurológicos e malformação fetal?
Uma lista divulgada em fevereiro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostrou que quase um terço dos vegetais mais consumidos pelos brasileiros apresentam resíduos de agrotóxicos em níveis inaceitáveis. Em 2010, foi usado 1 milhão de toneladas de agrotóxicos em lavouras do país, ou seja, 5 kg por brasileiro. De acordo com a lista da Anvisa, os alimentos campeões em agrotóxicos tiveram a seguinte porcentagem de resíduos acima do recomendado nas amostras consideradas insatisfatórias: pimentão: 91,8%, morango: 63,4%, pepino:  57,4%, alface 54,2% e abacaxi: 32,8%.
 
A ingestão de comida com excesso de agrotóxicos de forma prolongada pode causar câncer, problemas neurológicos e malformação fetal.
 
2) Que medidas devem ser tomadas para diminuir o risco de intoxicação?
A primeira é lavar bem as frutas, verduras e hortaliças. De acordo com Scharf, a lavagem em solução de vinagre e água é uma medida eficiente para o controle de vários microrganismos, como o vibrião que causa a cólera. Mas que esse tipo de higienização não é eficaz para eliminar resíduos de agrotóxicos nos alimentos, já que grande parte dos agrotóxicos utilizados na lavoura é de uso tópico, concentrando-se, após a aplicação, na superfície do alimento. “Uma forma de eliminar parte dos resíduos é deixar o alimento de molho em uma solução de 1 litro de água e uma colher de sopa de bicarbonato de sódio por 30 minutos.
 
A segunda dica é, sempre que possível, descascar as frutas. Os resíduos de agrotóxicos concentram-se especialmente nas cascas das frutas. No caso de verduras, a orientação é retirar as folhas externas. Em geral, ali se concentram mais agrotóxicos. Com sua retirada, a carga mais pesada é eliminada, porém, infelizmente com perda de alguns nutrientes e vitaminas.
 
A terceira orientação é dar preferência a frutas e verduras da época, além de produtos nacionais e de sua região. Isso porque, fora da estação adequada, é mais provável que o alimento tenha recebido cargas maiores de agrotóxicos. Neste caso, escolha outro alimento que os substitua em termos nutricionais. E quanto à distância, alimentos que percorrem longas distâncias normalmente são pulverizados depois da colheita e possuem um nível maior de contaminação.
 
Por fim, a diversificação, que, além de propiciar boa mistura de nutrientes, reduz a chance de exposição ao mesmo agrotóxico usado pelo agricultor. Mas a melhor dica é conhecer a origem dos alimentos e, quando possível, dar preferência aos orgânicos que, apesar de um pouco mais caros, hoje em dia já fazem parte da maior parte dos mercados e feiras
 

 
Autor
 
Dr. Mauro Scharf
Endocrinologista do Lavoisier Medicina Diagnóstica.

 
Os autores estão em ordem alfabética.
 
 

 
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