Esqueceu sua senha?
 
 
 
 
Busca Avançada
 
 
 
Receba as notícias da
Nutrição em Pauta
em seu e-mail
 
 

 145 artigos encontrados em Gastronomia
 
 
Pimentões
 
Os pimentões são originários da América Latina, onde eram conhecidos desde 5000 AC. Eles foram as primeiras plantas a serem cultivadas na América do Sul. Cristóvão Colombo descobriu os pimentões em sua primeira viagem ao Novo Mundo (1493). Ele gostou tanto destes vegetais que levou-os de volta à Europa para cultivá-los. Nos séculos seguintes, outros aventureiros levaram à Europa inúmeras outras variedades de pimentas e pimentões.
O Mediterrâneo possuía um clima ideal para o cultivo dos pimentões e, por volta do século 17, eles já tinham se espalhado por toda a Europa Central e do Sul.

Nesta mesma época, os navegadores portugueses e mercadores ajudaram a popularizar os pimentões ainda mais longe, alcançando a Índia, o Sul e o Sudeste Asiático. Atualmente, os pimentões têm um papel especial em inúmeros pratos na Europa, no Oriente Médio, e é claro, na América do Sul e do Norte. Os húngaros costumam secar os pimentões vermelhos transformando-os em pó para adicionar sabor a diversos pratos regionais quando o vegetal está fora de época. Paprika é o nome húngaro dado aos pimentões.

Os pimentões podem ser apreciados de diversas maneiras: crus, em saladas, assados ou grelhados diretamente na chama. Além de versátil, seu gosto é sempre delicioso. Todas os pimentões são inicialmente verdes. Quando deixados no caule, eles amadurecem e se tornam primeiramente vermelhos e depois amarelos. É por isso que os pimentões vermelhos e amarelos são mais doces e também mais caros que os verdes.

Todos os pimentões têm um alto conteúdo de vitamina C, cálcio, fósforo e potássio. Seja qual for a cor, os pimentões contêm aproximadamente a mesma quantidade de 10 minerais importantes, ácidos gordurosos e todos os aminoácidos. Os pimentões verdes possuem o dobro da quantidade de vitamina C das laranjas, enquanto os pimentões vermelhos e amarelos contêm até 4 vezes mais. O mesmo acontece com a quantidade de beta-caroteno, pois os pimentões verdes possuem uma quantidade elevada da substância, enquanto os vermelhos contêm até 10 vezes mais. Portanto, eles têm um papel importante na lista dos alimentos que ajudam na prevenção do câncer e que agem como antioxidantes.

Todos pimentões possuem uma grande quantidade de folato, um tipo de vitamina B responsável pela produção e manutenção das células novas e também das células vermelhas do sangue. O folato também impede certas transformações no DNA que podem levar ao câncer.

Os pimentões também possuem uma alta concentração de bioflavonóides, que são componentes das plantas que agem como antioxidantes e pigmentos. Estudos mostraram que os bioflavonóides protegem a vitamina C de uma possível oxidação no sangue, o que permite que o corpo seja beneficiado por uma ação mais ampla da vitamina. Devido às suas propriedades anti-alérgicas, anti-inflamatórias, anti-bactericidas, anti-virais e anti-oxidantes, os bioflavonóides possuem muitos outros benefícios para a saúde humana.

Estudos conduzidos mundialmente concluíram que as dietas ricas em bioflavonóides diminuem a possibilidade de se contrair inúmeras doenças. Os pimentões vermelhos também possuem capsaicina, uma substância que leva o cérebro a liberar P, que age como um mensageiro ao sistema nervoso para aliviar a dor.

Os pimentões também são conhecidos por melhorarem o sistema respiratório. A capsaicina também ajuda os pulmões a funcionarem mais efetivamente, e consequentemente os pimentões podem ajudar os asmáticos a respirarem melhor. Todos os pimentões também contêm luteína e zeaxanthina, que ajudam a prevenir certas doenças oculares causadas durante a velhice.
 

 
Autor
 
Chef Patrick Martin
Vice-Presidente de Desenvolvimento Educacional em Culinária, é o Embaixador Internacional do Instituto "Le Cordon Bleu". Com mais de 25 anos de experiência trabalhou no Le Doyen, Dalloyau e Flo Prestige na França. Ganhador de vários prêmios internacionais, supervisionou o desenvolvimento técnico e a abertura da escola de Tóquio e ajudou a estabelecer o nível profissional das escolas da França, Londres e Tóquio.

 
Os autores estão em ordem alfabética.

Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Mai/Jun/2004
 
 

 
Nossos Patrocinadores
   
 
© Copyright Nutrição em Pauta. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página
em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso.