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O exercício pode “secar” o leite?
 
1) Exercício orientado de forma incorreta no pós-parto pode prejudicar a amamentação e o corpo da mulher?
Essa é uma pergunta que não é rara de acontecer e uma dúvida que as mamães têm quando pensam em realizar exercícios. O retorno ao exercício no pós-parto sempre deve ser gradativo, mas não só por uma preocupação com a amamentação. Durante o período gestacional, muitas alterações corporais ocorreram e o retorno ao exercício deve sempre ser orientado por um profissional que entenda essas mudanças do organismo feminino, diferenciando assim o programa e o atendimento.

Um profissional que entende o que acontece com a mulher saberá dosar o exercício numa intensidade adequada para que essa questão não seja respondida de forma positiva.

2) Como deve ser o exercício para a mãe que amamenta?
A produção de leite consome muita energia. Uma mãe em fase de amamentação produz entre 800 e 1200 ml de leite por dia e, para cada litro de leite que produz, há um gasto de 900 calorias em média.

Portanto se o exercício for intenso ou num volume elevado e a mulher tiver uma ingestão alimentar inadequada poderá prejudicar a amamentação, pelo alto gasto energético que ocorre nesse período. Além do exercício e da ingestão alimentar inadequada, uma hidratação inadequada também poderá comprometer o aleitamento materno.
As pesquisas relacionadas à amamentação e exercício observam um aumento de ácido lático no leite materno. Esse aumento relaciona-se com a intensidade do exercício, isto é, quanto mais intenso mais ácido lático no leite. A grande discussão era que esse ácido lático poderia modificar o sabor do leite e dessa forma o bebê passaria a não aceitá-lo, sendo então que de forma indireta o exercício estaria interferindo na aceitação do bebê ao leite após o exercício pela mudança no sabor deste.

Alguns autores observaram essa resposta, havendo uma diferença na aceitação do leite em mães que realizaram “exercício máximo”, sendo o mesmo associado ao aumento da concentração de ácido lático. Os estudos com intensidades adequadas “não mostraram efeitos negativos” sobre a amamentação. Cary & Quinn (2001) em revisão literária concluíram que até a data analisada, o exercício e amamentação eram atividades compatíveis, sendo que dos vários estudos analisados os mesmos não demonstram efeito prejudicial do exercício durante a lactação não afetando a composição, o volume do leite, o crescimento, o desenvolvimento infantil, ou a saúde materna.

3) Que benefícios o exercício pode trazer nesta fase?
O exercício também teria um efeito muito importante na melhora da aptidão cardiovascular nas lactantes e na sensação de bem-estar quando comparara lactantes ativas com mulheres sedentárias.
O correto é que o profissional saiba organizar a sessão de treino para que as intensidades não sejam ultrapassadas, não só pelo aspecto da amamentação, mas também pelo exercício intenso ou em grande volume poder comprometer o sistema músculo-esquelético nesse período.

4) Que cuidados devem ser tomados nesta fase?
As mamas durante a gravidez ficam maiores e mais pesadas e se mantém assim no período pós-parto durante toda a fase de amamentação. Principalmente para atletas que realizam atividades de impacto, como corrida, certifique-se de que eles estejam bem firmes (talvez seja necessário usar dois tops ou um suporte mais adequado).
 

 
Autor
 
Profa. Gizele Monteiro
Personal Gestante e diretora do Método Mais Vida.

 
Os autores estão em ordem alfabética.
 
 

 
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