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20 de Outubro: Dia Mundial de Combate à Osteoporose
 

1) O que é a osteoporose?
È uma doença silenciosa que aos poucos vai fragilizando os ossos, é caso de saúde pública no universo da população com mais de 50 anos. Depois de atingir essa faixa etária 01 em cada 03 mulheres e 01 em cada 05 homens apresentarão uma fratura relacionada à osteoporose.

2) Qual é a melhor maneira de prevenir a doença?
A melhor maneira de prevenir os riscos da osteoporose é o diagnóstico precoce. A partir disso, o paciente é submetido a tratamento que implica desde a mudança de hábitos alimentares e de atividade física, até a adoção de fármacos.

3) O que é a Década do Osso e da Articulação?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu que de 2000 a 2010 é a Década do Osso e da Articulação. Nesse período, uma série de atividades já tem sido e ainda será realizada em todo o mundo para, entre outras coisas, lembrar a importância de se prevenir a osteoporose.

4) Quais são as estatísticas no Brasil e no mundo?
- Cerca de 75 milhões de pessoas têm OP na Europa, EUA e Japão. No Brasil são cerca de 10 milhões de pessoas com OP (aproximadamente 01 em cada 17 pessoas têm osteoporose (OP)).

- Após os 50 anos, 01 em cada 03 mulheres e 01 em cada 05 homens apresentarão uma fratura relacionada à OP.

- Aproximadamente 75% das fraturas de quadril após os 50 anos acontecem nas mulheres e 25% nos homens.

- Em 2050 a incidência mundial de fratura de fêmur deve aumentar 310% nos homens e 240% nas mulheres.

- Numa mulher branca o risco para uma fratura de fêmur é 01 em 06, e para o diagnóstico de câncer de mama é de 01 em 09.

- Uma mulher de 50 anos de idade tem 2,8% de risco de morrer em conseqüência de complicações de uma fratura de fêmur. Este risco é equivalente ao de morrer por câncer de mama e 04 vezes maior que o de morrer por câncer de endométrio.

- Mulheres com mais de 45 anos de idade necessitam de mais dias internadas em hospitais em decorrência da OP que muitas outras doenças (incluindo diabetes, infarto e câncer de mama).

- Após os 50 anos, os homens apresentam um risco aproximado de fraturar por OP em torno de 30%, similar ao risco de desenvolver câncer de próstata.

- A mortalidade no primeiro ano após uma fratura de fêmur está em torno de 20-24%.

- Somente 1/3 das fraturas vertebrais apresentam sintomas.

- No Reino Unido, a cada 03 minutos alguém tem uma fratura relacionada à OP.

- Uma fratura prévia está associada a um aumento de 86% no risco de outra fratura.

- A maioria das pessoas com alto risco (aproximadamente 80%), com antecedente de fratura, NUNCA foram diagnosticadas ou tratadas.

Fonte: International Osteoporosis Foundation (www.osteofound.org)

4) Que Atividade Física e Conselhos Nutricionais são Recomendados para Tratamento Da Osteoporose?
A Osteoporose é uma doença que por muito tempo foi entendida como um problema ligado ao envelhecimento. Com o aumento da expectativa de vida da população na maioria dos países, tornou-se, porém, uma questão de saúde pública. Acomete ambos os sexos, gerando, além dos custos sociais, altos custos econômicos. Potencializada por fatores como idade avançada, hipoestrogenismo (comum no climatério e na menopausa), sedentarismo e histórico familiar, a osteoporose caracteriza-se pela perda progressiva de massa óssea. Fragiliza os ossos e multiplica os riscos de fraturas.

A prática regular de exercícios é importante para a saúde em geral e deve ser encorajada pelo paciente com osteoporose. É seguro dizer que, para os indivíduos sedentários, o estímulo a mudanças no estilo de vida com ênfase na adoção de hábitos como as caminhadas habituais associadas a atividades que melhorem a força, flexibilidade e coordenação, são altamente recomendadas para a manutenção da saúde dos ossos.

Em trabalhos recentes, os dados específicos de manutenção ou ganho ósseo com as caminhadas não foram contundentes. A saída, então, seria a prática de atividades sem o uso de cargas, que promovem bem-estar e aumentam a coordenação motora podendo diminuir o risco de quedas. Entre essas atividades estão o treino de equilíbrio sob a orientação de um fisioterapeuta ou professor de educação física, além da natação e hidroginástica.

Estas duas ultimas modalidades de exercícios dentro d’água não devem ser indicadas isoladamente com a finalidade de melhorar a massa óssea, mas como coadjuvantes em um programa de exercício mais amplo. Treinos contra a resistência, de alta intensidade e freqüência, ou exercícios com carga e impacto tais como as corridas, saltos e musculação devem ser evitados pelos doentes de osteoporose. Apesar de permitirem um maior estímulo ao osso, são praticas que acarretam um maior risco de traumas e, por conseguinte, fraturas.

De uma maneira geral recomenda-se evitar a imobilização, mesmo por curtos períodos, e, nas mulheres jovens, a prática excessiva de exercícios os quais poderiam provocar insuficiência de hormônios agravando a perda da massa óssea.

É fundamental encorajar os pacientes com osteoporose a adotarem uma dieta rica em cálcio, mineral que pode ser encontrado em várias fontes alimentares, especialmente no leite e seus derivados - iogurte, queijos amarelos, requeijão cremoso, queijo branco, couve e brócolis cozidos. Quando não for possível a ingestão desses alimentos, suplementar as necessidades diárias de cálcio (de 800-1000 mg/dia para adolescentes, adultos e mulheres que menstruam normalmente ou sob reposição hormonal; e 1200-1500 mg/dia para mulheres na menopausa e idosos), com preparados comerciais.

As folhas verdes embora contenham cálcio não são boas fontes deste nutriente, pois a presença de fitato torna o cálcio insolúvel, impedindo sua absorção. Da mesma forma, não deve ser recomendado como fonte o cálcio presente na casca do ovo, pois a sua absorção é bastante reduzida.

Outro fator importante para prevenção da Osteoporose é uma adequada exposição solar para a produção de vitamina D na pele, fundamental para a absorção do cálcio pelo seu organismo. Em países de latitudes extremas costuma-se enriquecer alimentos que contêm vitamina D (gema de ovo, fígado, manteiga e alguns tipos de peixe) para se atingir as necessidades diárias, especialmente nos meses de inverno. Porém, no Brasil, os alimentos ricos dessa substância não fazem parte do hábito alimentar da população.

A reposição da vitamina D está indicada, sobretudo para as populações de risco de sua deficiência especialmente como crianças prematuras, indivíduos restritos a ambientes fechados e com pouca exposição ao sol (acamados, com mobilização limitada, neurológicos ou psiquiátricos, idosos (acima de 70 anos ) e indivíduos com insuficiência renal crônica ou hepática grave.

 

 
Autores
 
Dr. Wiliam Habib Chahade
Presidente da Sociedade Brasileira de Oesteoporose (Sobrao), autoridade no assunto, representante da OMS no Brasil para a Década Do Osso E Da Articulação
Dra. Elaine de Azevedo
Secretária Geral da Sociedade Brasileira de Osteoporose (SOBRAO) e responsável pelo Ambulatório de Doenças Osteometabólicas da Reumatologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo

 
Os autores estão em ordem alfabética.
 
 

 
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