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Diabetes

1 - Como detectar o Diabetes?
O Diabetes pode ser detectado através de um quadro clínico caracterizado por poliúria, polidipsia, polifagia e pela determinação da dosagem de glicose sangüínea em jejum, ou 2 horas após a ingestão de 75 g de glicose. Resultados superiores a 125 mg/dl em jejum ou 200mg/dl após a ingestão de glicose, são compatíveis com o diagnóstico de Diabetes Mellitus. Resultados em jejum entre 111 e 125 mg/dl representam glicemia em jejum alterada. Resultados entre 140-200 mg/dl, após sobrecarga de glicose, são indicativos de intolerância à glicose.

2 - O diabetes é uma doença hereditária?
O Diabetes apresenta características hereditárias, principalmente o Diabetes do tipo 2.

3 - Existe uma maior predisposição do Diabetes no período da menopausa/andropausa e/ou na terceira idade?
A incidência de Diabetes aumenta na população, em função da idade, principalmente em associação com o aumento de peso.

4 - Quais os avanços, estudos e/ou pesquisas sobre os novos tratamentos do diabetes?
No Diabetes tipo 1 existem novos tipos de insulina (glargina, lispro, etc), possibilidade de transplante de pâncreas e ilhotas e as bombas de infusão automática de insulina. No Diabetes tipo 2 novos medicamentos que agem tanto na resistência à ação da insulina (glitazonas), como estimulando a secreção da insulina (secretagogos de insulina- glinidas).

5 - Quais são as recomendações nutricionais para se controlar o Diabetes, no dia a dia?
A dieta deve ter as seguintes características: 55% de carboidratos, 15% de proteínas e 30% de gorduras. Os carboidratos devem ser preferencialmente complexos (amido, fibras). Com relação às gorduras, recomenda-se a ingestão de, no máximo, 10% de ácidos graxos saturados, elevando o consumo de poli e monoinsaturados. Quanto ao colesterol, a ingestão deve ser inferior a 300mg/dia.

6 - Alimentos dietéticos, quais suas indicações e quando devemos utilizá-los?
Os alimentos dietéticos podem ser utilizados pelos indivíduos diabéticos, porém deve ser considerada a sua composição em nutrientes (teor de gorduras e carboidratos). Os pacientes diabéticos devem ser adequadamente orientados quanto ao fato de que o alimento dietético (sem açúcar) é freqüentemente rico em gordura e em calorias.

7 - Existe algum medicamento que substitua a insulina?
Nenhuma droga substitui a insulina quando ela é efetivamente necessária. Existem drogas utilizadas no tratamento do diabetes tipo 2 que podem melhorar a ação da insulina. Exemplo: Biguanidas (bloqueia a produção de glicose pelo fígado) , sulfoniluréias (estimulam a secreção de insulina), glitazonas (diminuem a resistência à insulina) , glinidas (aumentam a secreção de insulina em resposta a alimentação) , e inibidores da alfa-glicosidase (retardam a absorção intestinal de carboidratos).

8 - O que é a diabesidade ?
Existe uma associação freqüente entre obesidade e diabetes tipo2. Uma das principais causas do aparecimento do Diabetes tipo 2 é a resistência periférica à ação da insulina, em decorrência do aumento de peso. Por este motivo, alguns pesquisadores utilizam-se do termo diabesidade para definir a doença apresentada por indivíduos que apresentam estas características.

Autor

Dra. Ana Maria Pita Lottenberg Nutricionista da Disciplina de Endocrinologia do Hospital da Clínicas da FMUSP, Mestrado e Doutorado em Nutrição pela USP

Os autores estão em ordem alfabética

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