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Dia Nacional do Idoso

1) Quando é comemorado o dia Nacional do Idoso?
No dia 1º de outubro comemora-se o “Dia Nacional do Idoso”. Quem está envelhecendo realmente pode comemorar a data se estiver cuidando de sua saúde e preparando-se para passar uma velhice tranqüila. Engana-se quem imagina que não é possível envelhecer com saúde e que todo o idoso é doente. O segredo está em aprender a conhecer seu organismo e as alterações comuns ou não pelas quais ele passará.
Todos aqueles que estão nesta fase da vida devem conhecer seu organismo para identificar o que é o processo natural de envelhecimento e o que é sintoma de doença.

Os pacientes chegam ao consultório reclamando de sintomas comuns à idade, então temos de ensiná-los a conhecer toda a mudança pela qual estão passando. Por outro lado, em muitos casos, os familiares acabam deixando de consultar um especialista porque acreditam que ‘surdez é coisa de velho’ ou ‘perda de memória é comum nesta idade’.

O ideal é realmente o idoso saber o que acontece com seu corpo e procurar ajuda caso precise.
É importante frisar que há pessoas que envelhecerão através da senescência, que é o processo natural do envelhecimento, enquanto outras sofrerão de senilidade, que configura as doenças.

2) Por que o idoso perde estatura?
A partir dos 40 anos, a pessoa começa a diminuir de estatura. Em geral, perde-se um centímetro por década (por diminuição da curvatura dos pés, aumento da curvatura da coluna e encurtamento da mesma). Por outro lado o nariz e as orelhas continuam crescendo.

3) E as pernas, por que afinam?
As pernas tendem a ficar mais finas porque, nesta fase da vida, ocorre uma mudança na distribuição de gordura e água do corpo, além de atrofia muscular, fazendo com que a gordura se instale na região da cintura. Já a caixa toráxica aumenta de diâmetro devido à perda de expansibilidade da mesma.

4) O que ocorre com a pele nesta fase?
A pele perde elastina,( uma substância que mantém a elasticidade),diminui a espessura da mesma e do tecido subcutâneo ,propiciando rugas e flacidez. As glândulas sudoríparas e sebáceas reduzem a produção de secreção, deixando a pela mais seca, áspera e com propensão a infecções e sensibilidade a variações de temperatura. Já os pêlos diminuem no corpo, com exceção das narinas, orelhas e sobrancelhas. Nas mulheres, devido a uma variação hormonal, crescem mais pêlos no lábio superior.

5) Ocorrem mudanças no cérebro?
O peso e o volume do cérebro diminui com a idade, alem de atrofia cerebral.

6) A visão fica prejudicada no processo de envelhecimento?
A partir dos 40 anos, costuma ocorrer um problema chamado ‘presbiopia’, popularmente conhecido como ‘vista cansada’. Este problema basicamente é caracterizado pela diminuição da visão de perto. Esta queda de visão tende a acentuar-se até os 50 anos e estabilizar-se depois dos 55 anos. Também há uma diminuição na capacidade de acomodação mais opacificação do cristalino que chamamos de catarata.

7)Orelhas e ouvidos também são afetados neste processo?
As orelhas tendem a ficar ressecadas e a cera também, o que faz com que muitas vezes o idoso tenha ‘rolhas de cerúmen’ impedindo a audição. A perda auditiva deve ser avaliada por especialistas para verificar se ela é normal ou acentuada. Ocorre uma perda gradual de audição principalmente para a identificação de sons de tonalidade alta e ruidos.

8) É comum o idoso perder a memória?
Com o envelhecimento pode ocorrer diminuição da memória recente e preservação da memória do passado. O desempenho nos testes intelectuais declina gradativamente com a idade, isto não significa que o idoso seja menos inteligente que o jovem (inteligência depende também de outros fatores, como conhecimentos acumulados e experiência de vida). Vale ressaltar que perda de memória, perda de visão e audição, problemas de locomoção e dores devem sempre ser comunicados aos médicos. Boa parte das doenças detectadas no início têm tratamentos eficazes, mesmo se o paciente é idoso.

9) Que mensagem podemos deixar para todos os profissionais da saúde?
O idoso deve ser tratado de forma muito mais humana do que costuma-se ver. O idoso precisa ser entendido e, mais que isso, precisa entender-se, conhecer seu organismo e sua nova condição. Mais importante que oferecer anos a sua vida é oferecer vida aos seus anos.

Autor

Dra. Deborah Bonini Geriatra e Gerontóloga, formada pela Universidade Federal do Paraná, com Especialização em Geriatria pela Escola Paulista de Medicina e em Clínica Médica pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica e com Pós-graduação em Gerontologia pela PUC –SP.

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