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Parceria Uerj – Ufrj Realiza Primeiro Estudo Epidemiológico em Hipotiroidismo da População Brasileira

1)Quais são os indivíduos mais afetados pelo hipotiroidismo?
A doença afeta principalmente mulheres a partir de 35 anos. O hipotiroidismo pode ter seus sintomas confundidos com depressão, menopausa e obesidade. Quando não tratada adequadamente ou diagnosticada precocemente, pode trazer sérias conseqüências para todo o organismo - como cérebro, aparelho reprodutor, ossos. A incidência aumenta progressivamente com a idade.

2) Como será realizado este estudo?
Equipe formada por técnicos do IBGE, especialistas das duas universidades e laboratório Fleury (responsável pela coleta e análise do sangue), tem como meta visitar, até meados deste ano, 1.800 domicílios do Rio de Janeiro, cidade que é a referência do primeiro estudo em grande escala e baseado em dados do último censo populacional, sobre a prevalência de hipotiroidismo na população brasileira. Segundo dados mundiais, o hipotiroidismo afeta cerca de 11% da população, sendo 80% de mulheres, a partir dos 35 anos de idade. A pesquisa tem patrocínio de Abbott Laboratórios.

Para o censo epidemiológico, a cidade do Rio de Janeiro foi dividida em 100 áreas – para que a pesquisa avalie mulheres de diferentes classes econômicas e diferentes hábitos sociais e alimentares. Em cada área, são selecionados de 15 a 18 domicílios; em cada domicílio, é escolhida, aleatoriamente, uma mulher para a coleta do sangue. Feita a coleta e análise do sangue, pelo Laboratório Fleury, a pessoa recebe pelo correio o resultado de seu exame. Em caso de resultado positivo, a paciente é convidada a consultar-se com endocrinologistas das escolas de medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro ou da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, responsáveis pelo estudo, para receber o tratamento adequado.

Este estudo pode estabelecer novos padrões de referência para o diagnóstico da doença – já que os padrões utilizados atualmente referem-se aos EUA e países europeus -, além de alertar a população para a importância do diagnóstico precoce da doença.

3) Quais são os principais sintomas desta doença que afeta principalmente mulheres?
Ganho de peso, queda de cabelo, ressecamento da pele, sensação de cansaço, alteração da menstruação, constipação, fraqueza e baixa produtividade intelectual são alguns dos sintomas de hipotiroidismo, mas que na principal faixa da população afetada (mulheres acima de 35 anos), podem ser confundidos com obesidade, depressão e menopausa. O diagnóstico precoce e tratamento adequado do hipotiroidismo podem melhorar a qualidade de vida das pacientes. O não tratamento adequado da doença pode trazer sérios problemas para todo o organismo - o hipotiroidismo pode afetar o cérebro, o aparelho reprodutor, a estrutura óssea da paciente.

4) Como se manifesta o hipotiroidismo?
O hipotiroidismo manifesta-se pela deficiência dos hormônios (T4 e T3) produzidos pela tiróide, glândula que fica na parte anterior e inferior do pescoço e que desempenha importante papel no controle metabólico do organismo. Quando há desequilíbrio hormonal, o tratamento é simples - um comprimido ao dia, pelo tempo indicado pelo médico. A forma mais adequada e confiável para o diagnóstico é o exame de sangue (TSH).O hipotiroidismo não tratado em mulheres grávidas é uma causa importante de abortos e partos prematuros.
Dos estimados 11% da população que é portadora de hipotiroidismo, cerca de 4% não apresenta sintomas – daí a importância do exame de sangue.

Autores

Dr. Mario Vaisman Coordenador do projeto pela UFRJ, onde é Professor-Adjunto de Endocrinologia da Faculdade de Medicina e Chefe do Serviço de Endocrinologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho
Dra. Rosely Sichieri Coordenadora da pesquisa e também da pós-graduação do Departamento de Epidemiologia do Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

Os autores estão em ordem alfabética

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