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Aspectos Clínicos e Imunológicos da Alergia Alimentar

A palavra alergia é proveniente do grego allan (outro) e ergon (trabalho). O nome sugere outro tipo de reação (trabalho), diferente do usual, a um determinado estímulo1. Alergia alimentar pode ser definida como uma reação adversa a um antígeno alimentar mediada por mecanismos fundamentalmente imunológicos2, causando alterações clínicas em órgãos alvos passíveis de serem reproduzidas em provocações subsequentes3. A alergia alimentar incide em 4% da população2.

A reação imunológica presente na alergia alimentar é similar àquela na qual o organismo se defende contra agentes infecciosos ou outros que possam causar danos ao organismo4. O termo hipersensibilidade alimentar pode também ser utilizado para este tipo de reação adversa de natureza imunológica3. É importante ressaltar que a intolerância alimentar difere de alergia alimentar por não ser mediada por mecanismos imunológicos.

As reações adversas provocadas pelos alimentos têm sido descritas desde os tempos bíblicos. Hipócrates foi o primeiro a descrever a alergia alimentar quando relatou que a proteína do leite de vaca poderia causar desarranjo digestivo e urticária. Schlossmann em 1905 apresentou pela primeira vez os sintomas clínicos causados pela sensibilização aguda do leite de vaca e aponta uma reação antígeno-anticorpo como sendo responsável. Em 1906 se constata a existência de anticorpos contra as proteínas do leite de vaca. Tablot, um pesquisador americano, demonstrou em 1916 que a resposta imunológica se devia à absorção de proteínas ativas que tinham escapado a uma digestão completa.

Durante as décadas de 30 e 40 considera-se a hipersensibilidade alimentar um evento raro, talvez porque só as reações severas eram consideradas como tais e poucos avanços foram registrados. A partir de 1963 o pesquisador Goldman publica os primeiros critérios para o estudo objetivo da alergia alimentar e desperta o interesse de outros pesquisadores5. Atualmente a biologia molecular e técnicas bioquímicas avançadas têm contribuído significantemente para um melhor conhecimento dos alérgenos alimentares6.

Autores

Dra. Érika Marafon Rodrigues Nutricionista, Mestranda da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP.
Dra. Kátia Cristina da Cruz Portero Nutricionista, Mestre em Nutrição Humana Aplicada pela USP, Doutoranda em Endocrinologia pela Faculdade de Medicina da USP, Docente responsável pela área de Nutrição Clínica do Curso de Nutrição da Universidade Metodista de Piracicaba.

Os autores estão em ordem alfabética

Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Set/Out/2001

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