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Consumo Alimentar de Pacientes Renais Crônicos Mantidos em Terapia Hemodialítica.

Estudos indicam ingestão energético-protéica insuficiente em pacientes mantidos em hemodiálise. Por este motivo, objetivou-se com o presente trabalho avaliar o consumo alimentar de pacientes com insuficiência renal crônica em terapia dialítica em Blumenau (SC). Coletou-se o registro alimentar de três dias de 40 pacientes (42.5% homens e 57.5% mulheres) a fim de avaliar quantitativamente a ingestão alimentar. Notou-se uma média de ingestão calórica e protéica de 25.51 kcal e 1.01 g por quilograma de peso corporal atual, respectivamente; 54.26% de carboidratos e 29.48% de lipídios, do valor calórico total da dieta; média de consumo de cálcio, 501.16 mg, de fósforo, 892.71 mg, de potássio, 2054.35 mg, de ferro, 11.39 mg e de sódio, 2322.69 mg. Verificou-se ingestão de energia, proteínas, cálcio e fósforo deficientes, consumo de carboidratos, lipídios e sódio adequados e ingestão elevada de potássio.

A insuficiência renal crônica (IRC) é caracterizada pela perda progressiva de grande parte de néfrons funcionantes, induzindo a uma retenção de produtos nitrogenados na circulação sanguínea, os quais são, pelo menos em parte, responsáveis pelas manifestações da síndrome urêmica (Riella, 1993).

O estado nutricional do paciente urêmico pode ser avaliado a partir de critérios clínicos, laboratoriais e antropométricos, além de levantamentos sobre a ingestão alimentar (Blumenkrantz et al, 1980; Guarnieri et al, 1989).

Existe uma correlação direta entre a quantidade de calorias ingeridas e as alterações nutricionais (Rayner et al, 1991). Hylander et al (1992) postularam que pacientes com IRC em estágio terminal, dialisados, demonstram um alterado padrão na ingestão de alimentos. Kopple (1978b) relatou que 25% dos pacientes em diálise tinha um aporte de energia inferior a 75% do Recommended Dietary Allowances (RDA, 1989).

São muitas as indicações de que a utilização de proteína está intimamente ligada com a ingestão energética. Por essa razão, um aporte de energia inferior a 75% do RDA resulta em alterações do estado nutricional, evidenciadas através da composição corporal e de parâmetros bioquímicos.

Desde de que se iniciou a terapia dialítica como forma de tratamento para IRC, o suporte nutricional foi reconhecido como item de destaque a ser abordado (Thunberg et al, 1981; Blagg, 1991). Os objetivos básicos do tratamento dietoterápico na doença renal crônica, com a terapia dialítica, consistem em aliviar a carga excretora dos produtos do metabolismo e auxiliar na manutenção do equilíbrio normal do meio interno do organismo (Anderson et al., 1988). Quando surgem os sintomas clínicos, as modificações da dieta tornam-se um aspecto fundamental para o tratamento, evidenciado pelas inúmeras documentações de alteração do estado nutricional nos portadores de doença renal em estágio terminal (Anderson et al, 1988; Riella, 1993). Diante disso, objetivou-se com o presente estudo avaliar o consumo alimentar de pacientes com IRC em terapia dialítica.

Autores

Dr. Itamar de Oliveira Vieira Nefrologista. Professor da Clínica Médica da Fundação Universidade Regional de Blumenau
Dra. Luciane Coutinho Azevedo Nutricionista, Mestre em Neurociência e Comportamento pela Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC. Docente dos cursos de Nutrição da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) e da Universidade Regional de Blumenau (FURB).
Dra. Tanara Batista Nutricionista do Hospital Santa Isabel. Pós-graduanda em Clínica e Terapêutica Nutricional

Os autores estão em ordem alfabética

Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Set/Out/2003

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