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Síndrome metabólica já afeta 30% da população brasileira

1) A Associação de problemas de saúde comuns no meio urbano podem aumentar o risco de derrame?
Obesidade, hipertensão, além de altos níveis de colesterol, triglicérides e glicemia estão entre os problemas de saúde mais comuns de quem vive uma rotina atribulada nos grandes centros urbanos. Esse conjunto de fatores de risco pode originar um problema ainda maior denominado síndrome metabólica, que já atinge cerca de 10% a 30% da população de diversos países
 
2) Qual seria o distúrbio metabólico principal da síndrome?  
O distúrbio metabólico principal da síndrome é um desequilíbrio no sangue entre a glicose, principal fonte de energia do organismo, e a insulina, hormônio fundamental na administração da glicose no organismo. Para se ter uma ideia do perigo que a síndrome representa, quando associados, os sintomas podem aumentar a chance de desenvolvimento de diabetes em até cinco vezes e o risco de infarto ou AVC (derrame) em até duas vezes.
 
3) Quais os fatores necessários para que um indivíduo seja considerado portador  da síndrome?
Para que um indivíduo seja considerado portador da síndrome, deve apresentar pelo menos três desses cinco fatores: glicose acima de 100mg/dL; triglicérides acima de 150mg/dL; pressão acima de 130 x 85 mmHg, circunferência abdominal aumentada (88 cm nas mulheres e 102 cm em homens); e bom colesterol, ou HDL, baixo (abaixo de 40 mg/dL nos homens e 50 mg/dL nas mulheres).

Pessoas sedentárias, com histórico de diabetes na família ou na gestação correm maior perigo. Entre os obesos, devem estar mais atentos os que concentram a gordura no abdome, pois a cada 5 cm de aumento na circunferência abdominal, o risco de morte por doença cardiovascular sobe em 17% nos próximos dez anos de vida. Contudo, pessoas magras também não estão imunes, uma vez que a maioria dos portadores não tem sintomas.

Outro ponto a ser levado em consideração é o fato de que o risco aumenta conforme a idade. Na faixa dos 50 anos é duas vezes mais comum do que dos 30 aos 40 anos. Constata-se ainda que 40% das pessoas acima dos 60 anos tenham a síndrome. O problema predomina ainda entre pessoas negras, ou que tenham alterações associadas como síndrome do ovário policístico, ácido úrico alto, ou esteatose hepática (gordura no fígado).
 
4) Como se prevenir da síndrome?
Ainda que difícil, o tabagismo, a hipertensão, o colesterol alto, a diabetes e o sedentarismo são condições possíveis de serem revertidas. E quem quer evitar a síndrome metabólica deve combatê-los a todo custo, além de realizar os exames de rotina. Entre os obrigatórios estão os de colesterol total e frações, triglicérides e glicemia. Já insulina, TGO, TGP, GGT, ácido úrico e US abdominal permanecem a critério médico.

Faz-se necessária toda uma mudança de hábitos, como buscar uma dieta com pouco sal, perder peso, parar de fumar, praticar exercícios e, dependendo do caso, utilizar uma medicação orientada por um médico. O ideal é buscar refeições pequenas, distribuídas em cinco vezes ao dia, com baixa quantidade de calorias. É fundamental estar atento aos rótulos das embalagens dos alimentos, dando preferência aos que tenham baixo teor de colesterol, gordura saturada, sal e sejam ausentes de gordura trans. A ingestão de fibras, presentes em verduras, frutas e grãos, também é importante.

A atividade física também tem um papel importante. O médico recomenda que sejam praticados ao menos 30 minutos de atividade física de intensidade moderada, na maioria dos dias da semana. Para quem precisa perder peso, o trabalho deve ser intensificado com uma carga horária de 60 a 90 minutos por dia, de exercícios aeróbicos, pelo menos cinco vezes por semana.

Autor

Dr. Frederico Marchisotti Endocrinologista do laboratório Delboni Auriemo.

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