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Utilização de Dieta Enteral Polimérica: Hiperprotéica e Normoprotéica em Modelo Experimental de Inflamação Intestinal Crônica

Avaliamos a utilização de dietas enterais poliméricas, em camundongos submetidos ao protocolo experimental de indução de uma resposta inflamatória intestinal crônica antígeno específica, enfatizando, neste artigo, seus aspectos sorológicos. Nossos resultados mostram que os procedimentos experimentais, os tipos de dietas utilizados, bem como, a presença ou não da referida resposta inflamatória, não acarretaram em mudanças no perfil de peso e consumo pelos camundongos.

A oferta, por via oral, do alimento contendo a proteína utilizada nas etapas de imunização acarretou no aumento dos títulos de anticorpos antígeno específico. A oferta de proteínas distintas da utilizada na etapa de imunização acarretou uma diminuição significativa dos títulos de anticorpos específicos por parte de grupos previamente desafiados por via parenteral. Sugerindo que a via oral foi capaz de modular o perfil de resposta imune sistêmica, neste modelo experimental.

O papel do trato gastrointestinal na manutenção da homeostasia orgânica envolve não só o processo de digestão e absorção de nutrientes, mas também as interações entre o sistema imune associado a mucosas intestinal e as diversas proteínas que compõem o cardápio diário, cada qual com sua potencialidade antigênica. Este processo de interação leva a um padrão de resposta imune conhecido como tolerância oral, caracterizada pela redução na resposta imunológica sistêmica, celular ou humoral para um antígeno que foi previamente administrado por via oral (Pedruzzi 2002).

A quebra na tolerância oral, por mecanismos ainda não totalmente conhecidos, acarreta no desenvolvimento de uma resposta imune sistêmica, caracterizada por intensa resposta inflamatória e destruição da estrutura tecidual local.

A possibilidade de retirada do estímulo antigênico responsável por tal perfil de resposta surge como fator importante na remissão desta resposta inflamatória e, para tal, a utilização de dietas enterais industrializadas, nutricionalmente completas, onde é possível estabelecer um único tipo de perfil protéico revelou-se fator importante e coadjuvante na abordagem desta tentativa de remissão .

Deste modo, a partir da experiência obtida com os trabalhos realizados pelo Grupo de Imunologia Gastrointestinal (GIG), desenvolvidos no Departamento de Imunobiologia da Universidade Federal Fluminense, onde se estabeleceu um modelo experimental para o estudo da inflamação crônica alimentar (Teixeira, 1995;Oliveira 2001), nos questionamos a respeito da possibilidade de avaliar o efeito de dois tipos diferentes de dietas enterais poliméricas, industrializadas, uma hiperprotéica (21%) e a outra normoprotéica (16%), comercialmente disponíveis, sobre sorologia antígeno específica de camundongos com e sem inflamação intestinal.

Este modelo de indução de inflamação intestinal crônica em camundongo, recentemente estabelecido por Teixeira (1995), constitui-se basicamente, na indução de um processo inflamatório intestinal pela oferta, por via oral, de um antígeno alimentar após este animal ter sido imunizado por via parenteral com o mesmo antígeno.

As fontes protéicas utilizadas na elaboração das respectivas dietas foram o caseinato de cálcio e a proteína isolada de soja. A fonte de carboidrato utilizada foi a maltodextrina e a fonte de lipídeos foi o óleo de milho e o triglicerídeo de cadeia média.

Autores

Andrade, Luiz Antônio B
Campos, Sylvia.M.N.
Dra. Gerlinde A.P.B. Teixeira  Médica, Mestre em Bioquímica e Imunologia – UFMG, Doutoranda em Patologia Experimental - UFF
Dra. Monique de Moraes Bitteti Pedruzzi Nutricionista. Mestre em Patologia Experimental – Imunologia pela Universidade Federal Fluminense. Professora das Faculdades Integradas Bennett e Universidade Gama Filho.

Os autores estão em ordem alfabética

Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Mar/Abr/2003

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