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Praticar exercícios físicos regularmente ajuda na recuperação de pacientes com derrame, informam pesquisadores da Mayo Clinic

1) Praticar exercícios físicos ajuda na recuperação de pacientes com derrame?
Uma pessoa que pratica regularmente exercícios físicos  se recupera de acidente vascular cerebral (“derrame”)  mais rapidamente do que aquelas que não têm este hábito, afirmam pesquisadores do campus de Jacksonville da Clínica Mayo, que coordenaram um estudo de âmbito nacional, nos Estados Unidos.  O estudo, que foi publicado na edição de julho de 2009, do Jornal de Neurologia, Neurocirurgia & Psiquiatria,  revelou que  os pacientes que se exercitavam regularmente, antes de sofrerem o AVC, apresentaram sequelas menos graves e, portanto, ficaram em melhores condições de cuidarem de si próprios, do que aqueles que raramente faziam exercícios físicos.

O preparo físico pode ser muito benéfico para as pessoas que têm maior risco de sofrer um derrame cerebral. Muitos estudos têm mostrado que o exercício pode reduzir o risco de desenvolver um derrame cerebral.  Esse estudo, porém, sugere que, se uma pessoa sofrer um derrame cerebral, apesar de seu hábito de se exercitar, as consequências podem ser mais leves.

O neurologista alerta, no entanto, que um estudo de maior porte será necessário para validar essa descoberta. No estudo concluído, foi necessário reconvocar 673 pacientes que sofreram um derrame cerebral. Um novo estudo poderá, ainda, ajudar a esclarecer se exercícios moderados ou vigorosos podem produzir efeitos diferentes no processo de recuperação dos pacientes.  Faz muito sentido o fato de um paciente se recuperar mais rapidamente, quando praticava exercícios antes do derrame. Um cérebro que, normalmente, tem um bom fluxo de sangue e de oxigênio, graças a exercícios aeróbios, certamente estará em uma posição bem melhor para compensar os déficits neurológicos causados pelo derrame.

2) O  derrame cerebral é uma causa comum de  incapacidade?
O  derrame cerebral é uma causa comum de  incapacidade e morte, entre pessoas com mais de 65 anos de idade, em todo o mundo. Nos Estados Unidos, os derrames cerebrais são responsáveis por mais  de 780 mil mortes por ano, sendo a  terceira maior causa de morte no país. O AVC  também causa incapacidades mais sérias do que qualquer outra doença, de acordo com os Institutos Nacionais de Saúde, dos Estados Unidos.

Esse estudo é um dos primeiros a testar a hipótese de que os benefícios do exercício se estendem além da prevenção de derrames cerebrais. Os pesquisadores examinaram dados colhidos por cientistas em quatro centros de saúde: a Clínica Mayo de Jacksonville (Flórida) e a de Rochester (Minnesota), a Universidade da Flórida e a Universidade de Virgínia, instituições que participaram do Estudo Genético do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico. O estudo foi projetado para examinar fatores de risco hereditários no derrame cerebral.

Os pacientes participantes do estudo foram submetidos a tratamento de derrame cerebral isquêmico agudo – o tipo mais comum de derrame, que resulta em morte das células cerebrais, devido ao bloqueio do fluxo de sangue em uma parte do cérebro.Os pesquisadores revisaram um questionário respondido pelos pacientes sobre a prática de exercícios  antes do derrame e três meses depois de ocorrido o AVC.  Dos 673 pacientes participantes, 50,5% relataram que, antes do derrame cerebral, faziam exercícios menos de uma vez por semana; 28,5% faziam exercícios de uma a três vezes por semana; e 21% deles praticavam atividades físicas aeróbicas quatro vezes por semana ou mais. Depois de contabilizar diferentes variáveis dos pacientes, tais como idade, sexo, raça, massa corporal e histórico médico, os pesquisadores descobriram que os exercícios físicos não afetam o tamanho ou a gravidade do derrame cerebral, mas amenizam as consequências causadas por um derrame. Os pacientes que praticavam exercícios se saíram melhor em testes que avaliaram suas habilidades de realizar atividades cotidianas.

3) Qual foi a conclusão do estudo?
Concluímos que os pacientes que levam uma vida ativa podem se recuperar mais rapidamente depois de um derrame cerebral, com tendência de se observar melhores resultados nos exames realizados três meses mais tarde. Os pesquisadores, no entanto, não conseguiram determinar, com base nos dados da pesquisa, o “efeito da dose” de exercícios – isto é, quanto exercício é necessário fazer por semana para assegurar o melhor funcionamento do organismo.

O Estudo Genético do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico foi financiado pelo Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Derrame Cerebral, dos Estados Unidos.Para mais informações sobre tratamento de derrame cerebral na Clínica Mayo, em Jacksonville, Flórida, contate o departamento de Serviços Internacionais pelo telefone 1-904-953-7000 ou envie um e-mail para  intl.mcj@mayo.edu.

4) O que é a  Mayo Clinic?
A Clínica Mayo é o primeiro e maior centro de medicina integrada do mundo. Médicos de todas as especialidades trabalham juntos no atendimento aos pacientes, unidos por um sistema e por uma filosofia comum, de que “as necessidades dos pacientes vêm em primeiro lugar”. Mais de 3.300 médicos, cientistas e pesquisadores, além de 46.000 profissionais de saúde de apoio, trabalham na Clínica Mayo, que tem unidades em Rochester (Minnesota), Jacksonville (Flórida) e Scottsdale/Phoenix (Arizona). Juntas, as três unidades tratam mais de meio milhão de pessoas por ano.

Autor

Dr. James Meschia Médico e Neurologista da Clínica Mayo, Autor Principal do Estudo

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