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Nutricionista do Hospital do Coração explica os benefícios do chocolate

Substância antioxidante presente na semente de cacau, chamada flavonóide, age como protetor cardiovascular; chocolate deve ser consumido com moderação devido ao seu alto teor calórico e presença de gordura
 
1) Os brasileiros consomem muito chocolate no período da páscoa?
No período da Páscoa, em que as vendas de chocolates extrapolam a média anual, é praticamente impossível resistir à tentação de comer chocolate. Segundo estimativas da Abicab (Associação Brasileira de Indústria de Chocolates, Amendoim, Balas e Derivados) nesse ano a produção de ovos de Páscoa terá um aumento de 4,8% em relação a 2008.

O Brasil é o segundo no ranking mundial dos produtores de ovos de chocolate, perdendo apenas para a Inglaterra.
Há quem diga que não fica um dia sequer sem comer um bombom. Os números revelam a paixão do brasileiro pela guloseima. Além de proporcionar sensações de prazer e bem estar, o doce é rico em carboidrato e fonte de energia. O consumo de cerca de 30g diárias de chocolate amargo, por exemplo, como parte de uma alimentação saudável, pode trazer benefícios ao organismo. Mas é preciso ter cautela no consumo.
 
2) Quais são os benefícios do chocolate para o coração?
Existe uma substância antioxidante presente na semente de cacau chamada flavonóide, que age como protetor cardiovascular. Os flavonóides reduzem a oxidação do LDL (colesterol ruim) o que diminui a deposição nas paredes dos vasos sanguíneos.

Os benefícios dependem da quantidade de flavonóides presente no chocolate, o que varia de acordo com o tipo de produto. Quantidades significativas da substância só são encontradas nos chocolates tipo amargo ou dark, com mais de 70% de cacau. Em contrapartida o chocolate ao leite apresenta quantidades muito pequenas e o chocolate branco não apresenta antioxidantes, pois não contém massa de cacau.

Deve haver critério no consumo, pois na fabricação final do chocolate existe a adição de leite, geralmente integral, o que aumenta a presença de outras gorduras saturadas e colesterol alimentar, que podem elevar o colesterol sanguíneo.

O chocolate também deve ser consumido com moderação devido ao seu alto teor calórico. Essa recomendação vale também para os chocolates dietéticos, pois apresentam apenas restrição de açúcar, mas, muitas vezes, a quantidade de gordura e calorias é maior do que no produto tradicional. Por isso é importante ficar atento aos rótulos e a composição nutricional presente nas embalagens.
 
3) Quais são os mitos e verdade sobre o chocolate?
- Mito: O consumo de chocolate causa dependência ao organismo. Na verdade, estudos mostram que as pessoas têm desejo por chocolate porque gostam da sensação de comê-lo;
- Verdade: Por ser vegetal, a gordura da manteiga de cacau não contém colesterol e o porcentual de gordura saturada e insaturada em sua constituição está dentro das recomendações estabelecidas pela Associação Americana de Cardiologia (AHA);
- Mito: O chocolate, mesmo ingerido em quantidades moderadas, representa excesso calórico e obrigatoriamente aumento de peso;
- Verdade: O chocolate libera endorfinas, podendo estimular o apetite sexual e causar sensações de bem-estar;
- Mito: Chocolate causa acne. Na verdade não existem estudos científicos que comprovem que o chocolate seja causador de acne;
- Verdade: O chocolate contém estimulantes alcalóides, como a cafeína e a teobromina, gerando um efeito energético que incide sobre a concentração e a capacidade física de quem o consome em quantidades moderadas.

Autor

Dra. Cynthia Carla da Silva Coordenadora do Setor de Nutrição Preventiva do HCor - Hospital do Coração - em São Paulo

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