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Síndrome do Intestino Irritável

1) O que é a Síndrome do Intestino Irritável?
A síndrome do intestino irritável é uma doença que age de maneira escondida, afinal não pode ser diagnosticada por nenhum tipo de exame. Não existem anormalidades estruturais como infecção ou úlceras, por isso é chamada de funcional, e não evolui para qualquer tipo de doença orgânica ao longo da vida.
Ainda não se sabe quais as causas do problema, porém estudos apontam alterações no movimento intestinal, hipersensibilidade visceral e participação de alguns neuro-transmissores, principalmente a serotonina, na gênese dos sintomas. Segundo estudos, esses sintomas se agravam após as refeições ou em períodos de turbulência emocional.
 
2) Quais são os sintomas?
Os sintomas são vários e de intensidade e frequência que variam entre os pacientes. Incluem desconforto e distensão abdominal, dor e cólicas mais freqüentemente aliviáveis pelo ato de evacuar. Na maioria dos pacientes, as fezes são moles, como se fosse uma diarréia. Muitas vezes, as pessoas sentem uma vontade urgente de ir ao banheiro, aumentando a frequência de evacuações. Em outros casos acontece o contrário: as fezes são duras e é preciso fazer muito esforço para defecar. Com isso, a pessoa acaba indo bem menos ao banheiro, liberando fezes fragmentadas e ficando - além do desconforto - com a sensação de que a evacuação não foi completa.
Diante dos episódios de irritação do intestino, nada de automedicação! Usar laxantes ou medicamentos para prender o intestino só piora a situação. Como sempre, o melhor é consultar um médico. O especialista realiza um estudo dos sintomas e sinais da doença no paciente. Existem alguns exames complementares que podem ser solicitados para afastar a presença de outras doenças que possuem sintomas semelhantes.
 
3) Como é realizado o tratamento?
O médico vai ajudar a identificar e evitar alimentos que possam estar associados ao aparecimento do problema. Alimentos com pouca gordura e com grande quantidade de fibras, evitar os alimentos formadores de gases (repolho, brócolis, feijão e batata doce entre outros), diminuir a ingestão de álcool e cafeína, fazer exercícios físicos diariamente e não fumar previnem o aparecimento das crises. Como cada pessoa reage de determinada maneira à síndrome, o tratamento vai ser indicado de acordo com a natureza e a gravidade dos sintomas. Existem medicamentos específicos, mas só eles não bastam: é preciso mudar pra valer os hábitos alimentares e o estilo de vida. Afinal, como a doença não é curável, o jeito é prevenir.
 

Autor

Dr. João Gomes Netinho Médico, Cirurgião e Especialista em doenças do aparelho digestivo, Professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto,

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