A prevalência do Diabetes é alta no país e o mesmo acontece em Viçosa, partindo-se deste fato, surgiu a necessidade de ações preventivas direcionadas a este público, no sentido de estimular o diagnóstico precoce minimizando e/ou evitando complicações associadas à doença. Objetivou-se com esse trabalho capacitar aos agentes comunitários de saúde para contribuir na promoção da saúde do paciente diabético na comunidade.
O curso compreendeu em primeiro instante, repasse de conhecimentos sobre o Diabetes, seguido de um encontro realizado com integrantes da comunidade onde foram discutidos aspectos relacionados ao diabetes e apresentado um receituário adaptado ao paciente diabético. Realizações como esta, demonstram tanto a importância da reciclagem constante dos profissionais de saúde que deve ser feita de forma que estes possam estar sempre atualizados em relação ao diabetes, e também outros assuntos pertinentes ao seu trabalho diário, bem como da parceria entre instituições de ensino e prefeituras.
O diabetes está sendo considerado como uma doença de proporções epidêmicas em todo o mundo, com um número crescente de casos novos, diagnosticados a cada ano (Alfenas et al., 2000). Tal patologia atinge 7,6% da população brasileira, na faixa etária dos 30 aos 69 anos, alcançando cifras próximas de 20% na população acima de 70 anos (Almeida, 1997). Essa situação torna-se ainda mais agravante, uma vez que as pessoas, geralmente, procuram o profissional de saúde por complicações do Diabetes Mellitus em estágios mais avançados.
Partindo-se do fato de que a prevalência é alta no país, e o mesmo se repete no município de Viçosa ? MG, onde este trabalho foi realizado, surge a necessidade de ações preventivas direcionadas para esse público, que podem ser desenvolvidas a partir de programas educativos para o grupo de risco e aqueles que já apresentarem esse distúrbio metabólico, a fim de diagnosticar precocemente a doença e minimizar e/ou evitar complicações associadas. Pouco se sabe, em nosso meio, sobre o processo de cuidado em nível primário de assistência à saúde (Araújo et al., 1999). Programas que visem atender indivíduos tanto a nível ambulatorial como domiciliar, devem ser desenvolvidos a fim de melhorar a qualidade de vida do paciente diabético.
O Ministério da Saúde iniciou, em 1991, a implantação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), que atua na valorização da família e da comunidade, visando a prevenção de doenças através de informações e orientações sobre cuidados de saúde a grupos de risco. Hoje o programa é compreendido como estratégia transitória para o Programa Saúde da Família (PSF).
O agente comunitário de saúde é um elo entre a comunidade e os serviços de saúde, desempenhando funções como: identificação das áreas e situações de risco individual e coletivo; encaminhamento das pessoas doentes às unidades de saúde; orientação da promoção e proteção da saúde; acompanhamento do tratamento e reabilitação das pessoas doentes, orientadas pelas Unidades de Saúde; mobilização da comunidade para a conquista de ambientes e condições favoráveis à saúde e notificação para os serviços de saúde das doenças que necessitam de vigilância (Ministério da Saúde, 2000).
É de grande importância a integração dos diversos programas sociais, entre eles no município em questão, o Programa do Diabetes e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde, para que a população através da atuação dos agentes comunitários de saúde possa estar sendo informada a respeito do diabetes. O treinamento desses profissionais de saúde torna-se parte fundamental deste processo, tendo como objetivo capacitá-los para atuarem de forma efetiva no controle e prevenção desta doença, contribuindo na promoção e recuperação da saúde na comunidade
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Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Mai/Jun/2003
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