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Pré, durante e pós-treino: o equilíbrio entre o alimento e a insulina

A alimentação balanceada, representada por macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras saudáveis) é a indicação para qualquer pessoa. Porém, os pacientes com diabetes, além de seguir essas orientações, devem se atentar a alguns outros cuidados.

Para quem tem diabetes tipo 1, é importante fazer o equilíbrio entre o consumo alimentar e a insulina administrada / aplicada para manter os níveis glicêmicos dentro do ideal. E quando a atividade física entra na rotina - o que é sempre recomendado pelos médicos - é preciso elaborar o que deve ingerir antes, durante e pós-treino.

A alimentação antes do treino tem a função de fornecimento de energia para garantir a execução do exercício (rendimento/performance) e isso vale para qualquer pessoa. Já a refeição pós-treino tem o objetivo de restabelecer a função muscular e a recuperação energética.

Para quem tem diabetes tipo 1 é preciso um cuidado extra, a monitorização da glicemia pré, durante e pós-treino para adequar o esquema medicamentoso conforme o plano alimentar. Mas isso é individual, não é receita de bolo.

O melhor alimento para se exercitar antes do treino é aquele que contêm carboidrato, porque favorece o combustível para a atividade física. Cereais integrais como aveia, granola, pão integral e batata doce são alguns exemplos.

Para o pós-treino, a indicação fica sendo a proteína, que tem uma oferta importante de nutrientes para a reconstrução muscular. Mas, segundo Maristela, tudo vai depender do tipo do exercício, da intensidade e do tempo desse treino, além da meta glicêmica para iniciar a atividade física. As orientações devem ser – sempre - individualizadas.

Jejum intermitente – Não existem estudos com pacientes com diabetes tipo 1 e, dependendo do esquema medicamentoso dessa pessoa, não seria interessante, isso porque a insulina é um hormônio circulante, que retira o açúcar do sangue, e jejuns prolongados podem favorecer o risco de hipoglicemia. Pela falta de evidências científicas, não está indicado para esse grupo de pacientes.

Para evitar a hipoglicemia, a nutricionista orienta:
- Não ficar em jejum prolongado
- Manter o fracionamento alimentar
- Ajustar a taxa insulina junto com a equipe multidisciplinar, composta por médico especialista, nutricionista e preparador físico.

Existem pontos de partida e é importante saber se está no caminho certo, monitorando a glicemia sempre, para conferir se existe excesso de insulina perante o alimento ingerido.

Como fazer contagem de carboidrato?

A contagem de carboidratos é uma ferramenta nutricional muito benéfica para a melhora do controle glicêmico e maior flexibilidade alimentar. É importante contar com a conduta multidisciplinar para aprender a relação de determinado alimento consumido com a insulina a ser administrada.

O paciente é o protagonista dessa contagem e, por isso, exige treino e cuidado. Sempre deve ser realizado um ajuste entre insulina rápida ou ultrarrápida e o carboidrato ingerido, o que é chamado de razão insulina: carboidrato. Esta é individualizada e definida junto à equipe de saúde, através de observações diárias e monitorização. Por exemplo: se o paciente possui uma relação insulina: carboidrato de 1 para 15, ou seja, 1UI de insulina rápida ou ultrarrápida para cobrir cerca de 15g de carboidratos, ao realizar uma refeição contendo 30 gramas desse nutriente - proveniente de 1 pão francês, por exemplo – serão necessárias 2UI de insulina para tal cobertura. Esse seria o ponto de partida, mas – de novo – isso deve ser personalizado e o paciente treinado pela equipe multidisciplinar.

Fonte
Dra. Maristela Bassi Strufaldi - Especialista em Nutrição Esportiva e Obesidade pela Universidade de São Paulo – FMRP/USP. Nutricionista do Instituto Correndo pelo Diabetes.

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