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Confira 4 mitos e verdades sobre a alimentação durante a gravidez

A gravidez é um período em que o corpo da mulher está em constante mudança, e, muitas vezes, o emocional está "à flor da pele". Portanto, pensando na saúde da mamãe e do bebê, é fundamental prestar atenção no que se come e cultivar bons hábitos à mesa. Afinal, uma das bases para uma gestação saudável é manter uma alimentação balanceada, rica em nutrientes e com um comportamento alimentar tranquilo, ou seja, em paz com a comida. A regra é comer melhor, e não comer por dois.

Muitas mulheres se preocupam com o que irão comer, por medo de ganhar peso em excesso ou causar algum malefício ao bebê. Sim, ter atenção ao que se coloca no prato é muito importante, mas a gestante deve ter em mente que isso não significa se privar ou fazer uma dieta restritiva. Muito pelo contrário, é preciso ter cautela e equilíbrio, e a ajuda de um profissional para acompanhamento é bem-vinda.

Pensando em ajudar as gestantes, seguem alguns mitos e verdades sobre a alimentação na gravidez.

Existe alimentação recomendada na gravidez? - VERDADE
Sim, o indicado é que, para que ganhe um peso saudável e se sinta disposta, garantindo o aporte de energia e nutrientes necessários para o bebê, a gestante busque manter uma rotina alimentar equilibrada, com as refeições principais: café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar.
A grávida é convidada a comer comida fresca e caseira, diminuindo os excessos de gordura e alimentos ultraprocessados. Além disso, a variedade é indispensável, é preciso diversificar os pratos o quanto for possível. Outra dica importante é entender que comer deve ser um ato prazeroso e tranquilo. Procurar hidratar-se com frequência durante o dia e principalmente com água.
A ideia é optar por mais qualidade, dando preferência aos alimentos frescos e caseiros, e desenvolvendo uma boa relação com a comida. A gestante não deveria fazer dietas restritivas, pois isso causa estresse e nessa fase é importante respeitar o corpo - manter, além do corpo, o psicológico saudável.

Grávida deve comer "por dois" - MITO
Esse é um grande mito sobre a gravidez. A grávida não deve comer "em dobro" e sim comer "duas vezes melhor", incluindo alimentos frescos e variados na sua alimentação. Esse é o segredo para o equilíbrio e a gestação tranquila, já que, se ficar muito tempo sem comer, a gestante pode ficar sem energia, sentir tontura, enjoo, ou até sofrer desmaios. Por outro lado, se comer demais, pode ter azia e dor de estômago. Nenhum desses sintomas é agradável quando você espera um bebê. O grande segredo não é restringir, e sim procurar respeitar a necessidade do organismo e alimentar-se até sentir saciedade.

Desejos durante a gestação - VERDADE
Os famosos "desejos" sempre serão levantados quando se discute a alimentação da gestante. Sim, eles existem! Mas não podemos defini-los como "regra" e nem como "desculpa" para se consumir tudo o que aparecer pela frente, e em grandes quantidades. Algumas mulheres sentem vontade de comer coisas diferentes do habitual em horários incomuns, já outras passam a comer algo que não gostavam tanto e repudiam algo que as agradava antes da gravidez. O importante é saber respeitar tal desejo e, se for necessário, comer sem culpa. Mas é preciso saber diferenciar a fome orgânica da chamada "fome emocional" - que é quando buscamos a comida por ansiedade, nervosismo ou tristeza. Esse tipo de fome faz com que você ingira mais do que seu corpo precisa, o que não faz bem a ninguém, muito menos às gestantes.

Existem alimentos proibidos na gravidez? - MITO
Não devemos pensar em itens "proibidos" e sim em alimentos que, de maneira geral, recomenda-se que sejam evitados. Alguns deles são as carnes e peixes crus e vegetais mal lavados. Isso devido ao risco de contaminação por microrganismos que podem fazer mal ao bebê e à mãe, como a toxoplasmose. Queijos e leites não-pasteurizados também têm maior risco de contaminação por microrganismos prejudiciais à saúde, portanto, deve-se dar preferência a leites pasteurizados ou bem fervidos, e deixar de lado queijos como camembert, brie e feta.
Alimentos ricos em açúcar  como refrigerantes e doces devem ser consumidos com muita moderação, já que o excesso de açúcar pode levar ao ganho de peso excessivo, que pode acarretar problemas de saúde como o diabetes gestacional. O mesmo vale para itens como conservas e embutidos - ricos em sódio e conservantes. Isso porque o consumo excessivo de sal pode causar hipertensão, que, na gravidez, representa maior risco de evoluir para a pré-eclâmpsia que é um quadro grave para a gestante e para o bebê.

Essas são recomendações gerais, mas é importante ressaltar que, na dúvida, deve-se consultar o médico obstetra que acompanha a gestação, ou o nutricionista que faz o acompanhamento alimentar da gestante, pois cada grávida é única e deve-se analisar caso a caso.

Equilíbrio é importante desde a barriga
Acima de tudo, deve-se prezar pelo equilíbrio. A partir do momento em que a grávida está bem resolvida com a questão alimentar, sua rotina torna-se equilibrada, sem proibições e medo excessivo. Assim, a criança poderá se desenvolver bem desde a barriga, correndo menos risco de enfrentar, futuramente, questões como a obesidade e os transtornos alimentares.
O principal é fugir de extremos e mudanças radicais. Não corte nenhum alimento do dia para a noite, faça substituições gradativas, e logo sentirá que seu paladar estará diferente. Com isso, será uma gestante feliz e terá um bebê feliz e forte no ventre. Curta esse momento especial da sua vida que é a gravidez, e esqueça as preocupações em excesso, inclusive com a comida.

Fonte
Dra. Sophie Deram: Autora do livro "O Peso das Dietas", é engenheira agrônoma de Agro Paris Tech (Paris), nutricionista franco-brasileira e doutora pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) no departamento de Endocrinologia. Além de especialista em tratamento de Transtornos Alimentares pelo AMBULIM - Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP, é coordenadora do projeto de genética e do banco de DNA dos pacientes com transtorno alimentar no AMBULIM no laboratório de Neurociências.

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