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Implicações da AIDS no estado nutricional de indivíduos portadores do vírus HIV

A síndrome da imunodeficiência adquirida é causada pelo único vírus da imunodeficiência humana (HIV) e é a expressão de um espectro de distúrbios causado por disfunção imune celular e humoral resultante da infecção por este vírus.

A infecção por HIV resulta em complicações e riscos nutricionais para os pacientes em qualquer etapa da doença, e existem grandes evidências de que uma intervenção nutricional influencia na melhora da saúde destes pacientes. A intervenção nutricional vai depender do estado do paciente, ou seja, das complicações que ele apresentar devido às alterações metabólicas, do estágio da doença, da existência de doenças oportunistas e secundárias e do estado nutricional, além de depender dos fármacos utilizados, observando-se a sua interação com os nutrientes.

Para a intervenção nutricional, ressaltam-se a importância da avaliação do estado nutricional e acompanhamento individual ao longo do tempo, a educação nutricional, o uso de nutrientes imunomoduladores e o uso de bactérias probióticas. A síndrome da imunodeficiência adquirida é causada pelo único vírus da imunodeficiência humana (HIV). Em 1981, o primeiro grupo de casos, do que agora chamamos de AIDS, foi reconhecido e relatado (Goldman & Bennett, 2001).

De acordo com Joint United Nations Programme on HIV/AIDS (UNAIDS), 38 milhões de pessoas no mundo estão infectadas pelo HIV (UNAIDS, 2004). A região do Saara, na África é a área onde a epidemia do HIV mais se manifesta (Humphrey, 2001). No Brasil, de acordo com Programa Nacional de DSTs e AIDs/Funasa/MS, existem aproximadamente, 600 mil portadores do vírus da aids.

Destes, desde o início da década de 80 a setembro de 2003, 277 mil e 154 casos desenvolveram a doença. A epidemia cresce mais entre mulheres e adolescentes, segundo notificação do Ministério da Saúde. Em média, a pessoa infectada pelo HIV demora entre 8 e 10 anos para começar a desenvolver os sintomas de AIDS, só então ela é notificada como um novo caso (MS, 2003).

As estratégias do manejo da infecção por HIV se modificam em uma velocidade incomparável a qualquer outra importante doença na história da medicina (Humphrey, 2001). A infecção por HIV resulta em complicações e riscos nutricionais para os pacientes em qualquer etapa da doença, e existem grandes evidências de que uma intervenção nutricional pode influenciar na melhora da saúde destes pacientes (Nerad et al, 2003).

A importância de uma boa nutrição é tão grande que existem cientistas como Peter Duesberg e Kary Mullis, que defendem que a má nutrição juntamente com as drogas e as terapias anti-retrovirais seriam as causas do desenvolvimento da doença, devido a um desequilíbrio bioquímico no corpo (Duesberg et al, 2003; Charles et al , 1994).

Além da má nutrição, o funcionamento do sistema imunológico é afetado por vários fatores: idade, gênero, tabagismo, nível de atividade física, consumo de álcool, estágio do ciclo menstrual feminino, os vários tipos de estresses, história de infecções e vacinas e estado da microbiota intestinal (Calder & Kew, 2002 e Cunningham et al, 2002).

Autores

Camila Passold Aluna de graduação do Curso de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), bolsista do Programa de Educação Tutorial – PET/SESu.
Dra. Regina Lúcia Martins Fagundes Doutora em Fisiologia – Université Paul Sabatier – Toulouse/França; Professora do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina – Florianópolis/SC
Grasiela Popper Aluna de graduação do Curso de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), bolsista do Programa de Educação Tutorial – PET/SESu.

Os autores estão em ordem alfabética

Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Set/Out/2004

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