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Obesidade infantil pode adiantar em até 20 anos problemas cardiovasculares

1) Quais são as consequências da obesidade na infância?
A obesidade na infância e na adolescência pode antecipar de 10 a 20 anos a manifestação de doenças cardiovasculares.  A criança acima do peso ideal pode desenvolver síndrome metabólica. Nessa condição, a obesidade acarreta, com o tempo, outras disfunções no organismo, como o aumento progressivo da pressão arterial e dos níveis de triglicérides e de glicose no sangue. A síndrome é uma bomba-relógio que pode causar precocemente o aparecimento de diabetes e de doenças do coração e dos vasos.
 
Segundo o cardiologista, devido ao sedentarismo e à alimentação incorreta, a aceleração do processo de aterosclerose já pode se manifestar em jovens na faixa etária dos 18 anos. A aterosclerose se caracteriza pelo envelhecimento natural de vasos e de artérias do organismo. Quando exacerbada, ela pode levar à obstrução dessas vias de passagem do sangue e, em consequência, a infartos em órgãos importantes, como o coração e o cérebro. A aterosclerose pode ser detectada nessa faixa etária pelo ultrassom de carótidas. O exame identifica alterações precoces nessas artérias do pescoço - indicador importante do desenvolvimento da doença cardiovascular.
 
2) O colesterol deve ser avaliado nas crianças?           
É recomendável que, além de manter o peso em níveis ideais, crianças a partir de 10 anos dosem o colesterol. Com isso, pode-se identificar riscos e corrigir rumos, evitando, assim, complicações futuras. Em crianças que possuem histórico de doenças cardíacas na família, a medição do colesterol deve ser feita logo aos dois anos de idade
 
3) Que medidas devem ser tomadas para diminuir os riscos de doenças cardiovasculares?
Para diminuir os riscos de doenças cardiovasculares, uma alimentação saudável e a prática de exercícios devem ser inseridas já na primeira infância. É nessa fase que você deve implantar hábitos saudáveis. O médico lembra, ainda, que a partir de dois anos de idade, alguns alimentos como leite e queijo devem ser reduzidos e trocados por gorduras vegetais.

A nutricionista do Serviço de Nutrição e Dietética do Incor, Juliana Maldonado, ressalta que a alimentação das crianças deve ser rica em frutas, verduras e legumes. No entanto, como a maioria delas reluta em comer esses alimentos, a nutricionista dá algumas dicas: A mãe deve diversificar as formas de preparo, ou também pode variar a forma de apresentação do prato, tornando-os mais atrativos. Outra dica da nutricionista é incentivar a criança a participar do preparo dos pratos ou também levá-la à feira ou ao supermercado, para despertar o interesse nesses alimentos.

Bolachas recheadas, salgadinhos industrializados e refrigerantes em geral são inimigos da boa alimentação, devido ao alto índice de gordura e de açúcar que esses produtos contêm. São alimentos muito consumidos pelas crianças e que podem levar à síndrome metabólica e, no futuro, a problemas cardiovasculares

Autores

Dr. Raul Dias dos Santos Cardiologista e Diretor da Unidade Clínica de Dislipidemias do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP)
Dra. Juliana Maldonado Nutricionista do Serviço de Nutrição e Dietética do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP)

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