172 artigos encontrados em Nutrição e Esporte
Aspectos Atuais sobre Glutamina e Exercício

A glutamina é o aminoácido livre mais abundante no plasma e no tecido muscular, e é utilizada em altas taxas por células de divisão rápida, incluindo leucócitos para fornecer energia e favorecer a biossíntese de nucleotídeos. Entretanto, a homeostase da glutamina corporal pode ser alterada com o exercício intenso e prolongado, que causa diminuição das concentrações plasmática e tecidual deste aminoácido, podendo repercutir na imunocompetência do atleta, aumentando a incidência de infecções do trato respiratório superior. A suplementação com glutamina antes, durante e após o exercício tem sido estudada com a intenção de reverter a diminuição das concentrações plasmática e tecidual deste aminoácido, que ocorre durante períodos de treinamento intenso ou após exercício exaustivo e prolongado e, possivelmente, prevenir um quadro de imunossupressão.

Além disso, a suplementação de glutamina para atletas pode exercer uma ação relevante sobre a regulação do metabolismo de carboidratos e síntese protéica. A glutamina é o mais abundante aminoácido livre no músculo e no plasma humano, sendo também encontrado em concentrações relativamente altas em vários tecidos humanos. No músculo, seu conteúdo intracelular corresponde a 50-60% do total de aminoácidos livres (Walsh et al., 1998a).

Aproximadamente 80% da glutamina corporal encontra-se no músculo esquelético, sendo esta concentração 30 vezes superior à do plasma. No plasma, a glutamina constitui aproximadamente 20% do total de aminoácidos livres, sendo que após um jejum noturno, a concentração plasmática encontra-se entre 500 e 750 mmol/L, sendo esta dependente do balanço entre a liberação e captação de glutamina pelos vários órgãos e tecidos do corpo. A glutamina está envolvida tanto em funções anabólicas quanto catabólicas em diversos tecidos do organismo (quadro 1).

Estudos realizados com músculo esquelético de ratos têm demonstrado que os estoques de glutamina são três vezes maiores em fibras musculares do tipo 1 quando comparado com as fibras do tipo 2 (Rowbottom et al., 1996). A diminuição das concentrações plasmáticas de glutamina aliada ao aumento do metabolismo deste aminoácido ocorre, de modo marcante, em muitas doenças catabólicas. Estas características indicam que a classificação da glutamina de um aminoácido não essencial, para um nutriente condicionalmente essencial deva ser considerada (Smith, 1990).

Autores

Prof. Dr. Julio Tirapegui Farmacêutico-Bioquímico. Professor Associado – Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental – Faculdades de Ciências Farmacêuticas - Universidade de São Paulo – Brasil.
Prof. Dr. Marcelo Macedo Rogero Mestre e Doutor em Ciência dos Alimentos pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Professor Doutor do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

Os autores estão em ordem alfabética

Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Jan/Fev/2003

Contato

Endereço

Rua Cristóvão Pereira, 1626, cj 101 - Campo Belo - CEP: 04620-012 - São Paulo - SP

Email

contato@nutricaoempauta.com.br

Telefone

11 5041-9321
Whatsapp: 11 97781-0074

Nossos Patrocinadores