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Dia Mundial do AVC - Prevenção e tratamento adequado diminuem índice de sequelas e melhoram qualidade de vida do paciente

1) Que ações foram realizadas no dia mundial do AVC?
No Dia Mundial do AVC, que acontece no próximo dia 24, médicos e especialistas ao redor do mundo alertam a população para a necessidade de prevenção e tratamento do Acidente Vascular Cerebral (AVC), chamado popularmente de derrame cerebral. A doença é a primeira causa de incapacitação e redução da qualidade de vida e a terceira causa de morte no mundo. A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que mais de 5 milhões de pessoas morrem a cada ano por causa do problema.

2) Como está a situação no Brasil?
No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, os acidentes cardiovasculares são a principal causa de morte, responsáveis por 30% de todos os óbitos registrados no País.
Mesmo os pacientes que sobreviveram a um Acidente Vascular Cerebral correm riscos, pois 70% não retornam ao trabalho, 50% morrem no primeiro ano após o AVC, 30% necessitam de auxílio para caminhar, 20% ficam com seqüelas graves e incapacitante.

3) Por que os efeitos de um AVC podem ser permanentes?
Os efeitos de um AVC muitas vezes são permanentes porque as células cerebrais mortas não podem ser repostas, boa parte destas mortes e seqüelas poderia ser evitada com medidas de prevenção e o tratamento adequado do problema.

4) Que cuidados devem ser tomados para evitar o AVC?
Uma orientação adequada aliada aos exames regulares, dieta, exercícios físicos e diminuição do estresse possibilita a prevenção do AVC. Doenças já existentes como hipertensão, diabete, obesidade e problemas cardíacos bem como fumo, são considerados fatores de risco. O paciente de risco que faz um acompanhamento médico certamente vai evitar problemas no futuro. Ainda vale a máxima de que prevenir é melhor que remediar. Além disso, se, além dos profissionais de saúde, a população leiga estivesse preparada para reconhecer os sintomas iniciais de AVC e procurar rapidamente auxílio médico, as seqüelas poderiam ser evitadas.

5) A situação é de epidemia?
A situação é alarmante porque as pessoas não têm o costume de procurar unidades de saúde quando apresentam os sinais característicos de AVC. As doenças vasculares tornaram-se uma epidemia global. As complicações do AVC podem ser evitadas por uma assistência especializada e rápida em hospital.

O AVC é considerado uma emergência médica, pois o atendimento precisa ser realizado em um curto espaço de tempo. Há necessidade urgente de tornar o tratamento para derrames mais acessível, para que o problema possa ser tratado desde os primeiros sinais. Reconhecer e tratar rapidamente um caso de AVC é um dos grandes desafios atuais. Faz parte do tratamento ideal desobstruir rapidamente a passagem do sangue, normalizando o fornecimento de oxigênio e nutrientes ao cérebro.

Os trombolíticos ou medicamentos “destruidores de coágulos” diminuem consideravelmente os riscos de seqüelas causadas pela doença, melhorando a qualidade de vida do paciente. Porém, a eficácia da terapia trombolítica depende do tempo do atendimento – os pacientes devem ser atendidos e ter o diagnóstico de AVC isquêmico estabelecido em até três horas após o início dos sintomas, preferencialmente em 90 minutos.

Quanto mais rápido o atendimento emergencial, melhor será a recuperação e a reabilitação do paciente. Atualmente cerca de 85% dos casos de AVC são de origem isquêmica (ocasionados pelo entupimento do vaso sangüíneo por meio de um coágulo) e o trombolítico alteplase, também conhecido por rt-PA, se utilizado dentro deste período de tempo, consegue dissolver o coágulo e reduz em 30%, no mínimo, as seqüelas causadas por esta grave doença.

6) O rápido atendimento diminui as taxas de mortalidade?
Sabemos que o rápido atendimento ao AVC, especialmente em caso agudo, faz com que definitivamente as taxas de mortalidade caiam. Qualquer minuto perdido significa perda de tecido cerebral. A terapia com trombolíticos, como o rtPA, pode fazer a grande diferença entre carregar para sempre as seqüelas graves de um derrame e manter a qualidade de vida após a doença.

Autor

Dr. Ayrton Massaro Coordenador do Setor de Neurologia Vascular da Unifesp

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