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Alimentos Transgênicos: Aspectos Econômicos, Científicos, Éticos, Legais e Emocionais
 
O assunto transgênicos tem sido amplamente discutido em nossos meios de comunicação, muitas vezes sem a imparcialidade suficiente para se chegar a um consenso. Esta polêmica envolve uma série de aspectos econômicos, científicos, éticos, legais e emocionais que precisam ser amplamente discutidos para que ocorra o devido esclarecimento e os conhecimentos não fiquem restritos apenas à comunidade científica mas sejam acessíveis à população em geral que muitas vezes por falta de informação ou mesmo por apresentar conceitos errôneos acaba denominando os alimentos transgênicos como comida ou alimento Frankenstein (Lewgoy, 2000; Robson, 1999; Valle, 2000).

A partir da década de 60, surgiu a engenharia genética ou tecnologia do DNA recombinante, esta tecnologia permite a transferência de genes de um organismo para outro produzindo assim uma nova substância. Mas foi a partir de 1984 que surgiram os primeiros vegetais transgênicos (Pessoa et al, 2001). Estas alterações gênicas permitem que determinadas espécies de plantas apresentem uma maior resistência a determinadas pragas proporcionando um menor uso de inseticidas ou ainda permitem que ocorra uma alteração na composição de nutrientes como por exemplo, no óleo de soja em que a quantidade de tocoferol da vitamina

E, pode ser aumentada em até 80 vezes (Lajolo, 2003). A tecnologia que vem sendo considerada como a "fábrica segura do meio ambiente" proporciona um aumento de produção e conseqüentemente uma maior quantidade de alimentos para um grande número de pessoas que têm pouco o que comer, entretanto, questões envolvidas como o provável efeito tóxico que tais alimentos podem proporcionar, aspectos de avaliação, pesquisas já realizadas e questões ambientais a longo prazo não podem ser esquecidas(Palmigren, 1997).

O avanço tecnológico sempre foi motivo de controvérsia ou até mesmo de preocupação como por exemplo na irradiação de alimentos, microoondas ou na pasteurização sendo que muitas vezes o temor existente era infundado (Lajolo, 2003) , todavia por a ciência ser extremamente dinâmica são necessários estudos constantes para avaliar possíveis riscos a longo prazo. Discute-se ainda que o que comemos já é modificado geneticamente há milhares de anos, seja por ação do homem ou da natureza, além disso observa-se que há 25 anos a modificação genética tem sido utilizada na fabricação de produtos farmacêuticos sem que tenha ocorrido registro de casos de perigo atribuídos ao processo de modificação genética (Lajolo, 2003).

A grande polêmica é que a utilização desta tecnologia pode proporcionar bons resultados no momento atual, mas poderia ocorrer a formação de pragas mais resistentes nas colheitas do futuro; ou ainda discute-se que seria possível melhorar técnicas já utilizadas proporcionando dessa forma também um aumento de produção sem um risco maior (Nodari & Gerra, 2000) .

Entretanto, esta nova tecnologia não deve ser classificada como boa ou má mas deve se ter mecanismos para sua correta avaliação (Nodari & Gerra, 2000). Em enquête realizada pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul na Grande Porto Alegre com 418 pessoas acima de 18 anos no ano de 1999 verificou-se que 66% já ouviram falar de produtos transgênicos e que 95,2% era a favor da continuidade das pesquisas sobre transgênicos entre algumas questões levantadas (Massari, 2000).

A comunidade científica e leiga deve estar aberta a pesquisas e debates sem qualquer tipo de preconceito permitindo dessa forma uma avaliação criteriosa da aplicação desta tecnologia e sua utilização em alimentos e especificação nos rótulos desses alimentos permitindo assim uma livre escolha no consumo destes produtos. Dessa forma, este trabalho tem por objetivo identificar questões quanto a produção e aspectos envolvidos no consumo destes alimentos.
 

 
Autores
 
Dra. Maria Rita Cardoso Albano
Nutricionista graduada pela Faculdade de Saúde Pública - USP, Mestre em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública - USP, Estudante de Pós-Graduação Lato Sensu de Fisiologia do Exercício - CEFE – UNIFESP
Dra. Rosemary Monteiro
Docente e Coordenadora no CEETEPS - Ãrea da Saúde com Especialização em Nutrição pela FMUSP-RP. Presta assessoria e consultoria em alimentação e nutrição
Dra. Tatiana Santiago
Nutricionista graduada pela Universidade de Mogi das Cruzes, Nutricionista do Hospistal Ipiranga em Mogi das Cruzes. Presta consultoria em Clínica Médica
Prof. Dr. Mauro Fisberg
Pediatra e Nutrologo do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo.
Regina Célia Pereira
Jornalista formada pela PUC - São Paulo. Atualmente, jornalista da Revista Saúde - Editora Abril

 
Os autores estão em ordem alfabética.

Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Mai/Jun/2004
 
 

 
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