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A Importância da Alimentação do Atleta Visando A Melhora da Performance
 

A Importância da Alimentação do Atleta Visando A Melhora da Performance - Dra Patrícia Bertolucci

O impacto da nutrição no desempenho físico vem despertando a atenção de atletas de diversas modalidades, tanto coletivas quanto individuais. A maior preocupação é em relação ao rendimento e a alimentação de treino e de competição. Geralmente, os atletas dedicam-se a múltiplas sessões de treinamento por longos períodos de tempo e ainda se ocupam de outras atividades do cotidiano.

Não existem dúvidas de que a alimentação do atleta afeta a sua saúde, seu peso e composição corporal. Além de afetar a disponibilidade de substratos durante o exercício, a recuperação depois do exercício, o desempenho físico e, consequentemente, sua rotina de vida.

Para melhorar o desempenho, é necessário seguir práticas de boa nutrição e consumir com cautela suplementos e ergogênicos, além de ter uma alimentação com uma grande variedade de alimentos em quantidades adequadas.
As preocupações nutricionais podem ser divididas em duas áreas: nutrição durante o treinamento e nutrição na preparação para a competição e durante a mesma. Nesta seção iremos focar a atenção na nutrição durante a fase de treinamento.

Hidratação e Performance - Dra Isabela Guerra e Dr Turibio Barros de Leite Neto

Com o aumento da atividade muscular ocorre um aumento da produção de calor no organismo, que é dissipado em parte pela produção de suor. Para se prevenir a desidratação é necessário repor estes líquidos rapidamente.

A desidratação afeta a força muscular, aumenta o risco de cãibras e hipertermia, e, consequentemente o desempenho (Casa et al, 2000).

A taxa de suor de um atleta irá depender de variáveis como superfície corporal, intensidade do exercício, temperatura ambiente, umidade, e aclimatação (Horswill,1998).

Um nível adequado de hidratação só é mantido em pessoas que praticam atividades físicas se estas ingerirem quantidades suficientes de líquidos antes, durante e depois dos exercícios. A dificuldade de se manter um balanço entre a perda e o consumo de líquidos se dá devido a limitações na freqüência da ingestão de líquidos, esvaziamento gástrico e absorção intestinal (Maughan, 1991).

Suplementos de Aminoácidos e Seus Derivados - Dra Nailza Maestá e Dr. Roberto Carlos Burini

Os aminoácidos obtidos com a dieta ou formados no organismo são utilizados para satisfazer as necessidades do indivíduo para sintetizar proteínas e outras vias metabólicas e as recomendações sobre a quantidade de proteína disponível para a população são baseadas sobre estimativas das necessidades dos indivíduos ou grupos de indivíduos (WHO, 1995) (idade, sexo, estado fisiológico e patológico, Reeds, 2001).

O músculo é capaz de oxidar aminoácidos durante o exercício e em condição alimentado ou repleto de carboidrato resulta em pequeno aumento na utilização do aminoácido (Hargreaves & Snow, 2001).

Em condições normais de adequação glicídica/lipídica, a contribuição protéica para o gasto energético não ultrapassa 5-10% do valor total. No entanto, a proteína pode ser usada, significativamente, como substrato energético muscular nos exercícios de resistência aeróbia de longa duração (maratonas, ciclismo, bi-triatlon, etc.). Isso se acentua em presença da depleção de glicogênio e/ou de VO2 supra-máximo. As razões para o uso da suplementação de proteínas e aminoácidos incluem a estimulação e manutenção do crescimento muscular e da força, aumento na utilização da energia e estimulação da liberação do hormônio do crescimento (Wolfe, 2000).

Suplementos ergogênicos e lipolíticos.Quando é necessário utilizá-lo? - Dr. Antonio Herbert Lancha Jr

Os suplementos ergogênicos são as substâncias (nutrientes ou não) que quando consumidos aumentam o desempenho. Podem ser divididos em lícitos e ilícitos.

Dentre os ergogênicos ilícitos temos:

Classificação da DrogaExemplos
EstimulantesCafeína, cocaína efedrina.
NarcóticosCodeína, morfina e heroína.
Esteroides anabólicosTestosterona, estanozolol
b-bloqueadoresAtenolol, metaprolol, propanolol
DiuréticosFurosemida, trianterene
Hormônios peptídicos e análogosHormônio de crescimento, eritropoitina

Iremos dar destaque apenas aos ergogênicos lícitos neste artigo.

Diversas substâncias surgiram ao longo dos anos como promotores de aumento do desempenho. Nitidamente algumas foram aplicadas em populações nutricionalmente carentes como são os casos de vitaminas e minerais.
Esta situação não está associada ao efeito ergogênico e sim a correção de deficiência nutricional.

O consumo de suplementos ergogênicos muitas vezes é feito por indivíduos com baixo consumo alimentar de forma que estes apenas corrigem a deficiência calórica e nutricional presente. O primeiro ponto antes de se recomendar o consumo de suplementos nutricionais e verificar se a ingestão alimentar esta compatível com a demanda energética e corretamente divida entre os macronutrientes. Além disso, as proporções de vitaminas e minerais devem estar adequadas às necessidades nutricionais. A correção destas deficiências por intermédio dos suplementos é indesejável e dispendiosa.

O consumo de suplementos por indivíduos ativos, que visam melhorar o desempenho ou ganho estético é justificável por incompatibilidade de consumo alimentar de qualquer natureza como: falta de tempo, desinteresse por alimento e outros. De toda forma cabe salientar que o alimento possui nutrientes de maneira mais eclética que qualquer suplemento.

Dentre os suplementos ergogênicos lícitos que possuem algum efeito podemos citar os aminoácidos, creatina, e HMb. Estes três suplementos surgiram mais recentemente e informações relativas ao uso são ainda alvo de várias investigações.

Dentre os agentes lipolíticos mais populares destaca-se no comércio a carnitina.
A utilização de suplementos de qualquer natureza deva acontecer somente após uma ampla reestruturação do consumo alimentar visando ajustar o mesmo à demanda energética e de nutrientes. Consideramos que a população que possa ter o uso recomendado sejam os atletas por terem gasto calórico elevado com tempo de ingestão alimentar restrito. A utilização de agentes lipolíticos por sua vez é indevida. As diversas substâncias comercializadas são inócuas ou portadoras de efeitos colaterais comprovados.

 

 
Autores
 
Dr. Turíbio Leite de Barros
Fisiologista, Professor adjunto do Departamento de Fisiologia do Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte da Universidade Federal de São Paulo
Dra. Isabela Guerra
Mestre e Doutora Pelo Curso Nutrição Humana Aplicada da USP, Co-Autora dos Livros Ciência do Futebol e Estratégias de Nutrição e Suplementação no Esporte; Revisora Científica da Revista Brasileira de Medicina do Esporte e da Revista Brasileira de Futebol.
Dra. Patrícia Bertolucci
Nutricionista, Especialista em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP
Prof. Dr. Antonio Herbert Lancha Junior
Prof. Titular de Nutrição da Escola de Ed. Física e Esporte da USP, Mestre e Doutor em Nutrição pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, Pós doutorado em Medicina Interna pela Washington University, Professor Visitante do Institut National de la Recherche Agronomique-Paris, Personal and Professional Coach formado pela Sociedade Brasileira de Coaching, Wellness Coach formado pela Care Revolution.
Prof. Dr. Roberto Carlos Burini
Professor Titular do Departamento de Saúde Pública da Faculdade de Medicina – UNESP – Botucatu (SP) e responsável pelo Centro de Metabolismo em Exercício e Nutrição (CeMENutri) da Faculdade de Medicina de Botucatu. Bolsista PQ (nível I) CNPq.
Profa. Dra. Nailza Maestá
Nutricionista, Professora Doutora (UNESP/Botucatu-SP), Faculdade de Ciências da Saúde (FACIS), Cursos de Nutrição e Educação Física – Universidade Metodista de Piracicaba/SP (UNIMEP).

 
Os autores estão em ordem alfabética.

Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Mai/Jun/2002
 
 

 
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