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Low Fodmaps: dieta melhora desconfortos intestinais
 
Conviver com desconfortos intestinais, como cólicas, diarreia, constipação e gases, pode ser indícios de sensibilidade a um grupo de alimentos composto por carboidratos de cadeia curta. Para sanar esses sintomas, entra em cena a dieta low fodmaps, que tem como objetivo restringir por um período os alimentos que dificultam a digestão.

Veja as principais dúvidas sobre o protocolo. Confira:

1. O que é a dieta low fodmap?
"Low Fodmaps" é um termo em inglês (fermentable, oligosaccharides, disaccharides, monosaccharides and polyols) que usamos para dietas com restrição dos cinco tipos de carboidratos citados na sigla: monossacarídeos, dissacarídeos, fruto-oligossacarídeo, galacto-oligassacarídeo e polióis. Esses componentes são de cadeia curta, fermentativos e não digeridos pelo intestino delgado. Além de absorverem mais água para o meio intestinal, são rapidamente fermentados por bactérias, o que facilita o surgimento dos desconfortos intestinais.

2. É indicada para qualquer pessoa ou somente para quem tem intolerância? Quem deve seguir?
O protocolo é indicado apenas a pacientes que tenham alguma indicação específica. Estudos apontam que a low fodmaps seja capaz de controlar os sintomas da Síndrome do Intestino Irritável (SII), além de outras alterações gastrointestinais.

3. Quais sintomas indicam necessidade da dieta?
Os sintomas mais comuns são: flatulência (gases), má digestão, distensão abdominal, constipação ou diarreia, cólicas, Síndrome do Intestino Irritável (SII) e disbiose - desequilíbrio da microbiota intestinal.

4. Quais são os benefícios dessa dieta?
O protocolo, que envolve a retirada dos alimentos ricos em fodmaps, auxilia no desaparecimento dos sintomas de desconforto intestinal, quando a causa realmente é alimentar. Porém, se os sintomas persistem mesmo com a exclusão dos alimentos, a dieta deve ser interrompida.

5. Os alimentos que serão excluídos por um tempo do cardápio do paciente causam desconforto em todo mundo? Como eles agem no organismo?
Nem todos indivíduos apresentam problemas com a fermentação desses carboidratos. Porém, alguns podem manifestar sensibilidade com leve desconforto, enquanto outros, podem vir a ter sintomas. No atual cenário, é muito mais comum do que se pode imaginar, atender pacientes que relatam tais sintomas e desconfortos.

Quanto à exclusão dos alimentos, é importante ressaltar que é feita somente com os carboidratos que não são bem absorvidos e completamente digeridos pelo organismo. Como eles são fermentados por bactérias, acabam causando um supercrescimento desses microrganismos e, consequentemente, ocasionando outros problemas, como os desconfortos intestinais.

6. Neste período de restrição, há uma compensação com outros alimentos para manter a dieta saudável e equilibrada?
Todo protocolo deve ser montado por um nutricionista, que indicará uma dieta equilibrada, com outros carboidratos, fibras, minerais e vitaminas que não estão listadas no fodmaps. Com base nisso, o profissional tem como opção desenvolver receitas para o paciente com os alimentos permitidos, para que ele tenha várias opções disponíveis.

7. Por quanto tempo deve ser executada essa dieta?
O protocolo deve ser seguido entre 6 a 8 semanas. Este período é o suficiente para que os sintomas desapareçam ou não, e após uma avaliação médica e nutricional, inicia-se a reintrodução dos alimentos de forma cautelosa, em pequenas quantidades e de forma isolada; com isso é possível identificar os grupos causadores do desconforto.

Confira quais são os alimentos considerados fodmaps:
Os monossacarídeos (frutose) podem ser encontrados, em sua forma natural, na maçã, pera, manga, aspargos e ervilha. Já em industrializados, nos alimentos com xarope de milho, xarope de frutose, como: mel artificial, biscoitos, refrigerantes e geleias.

Os dissacarídeos (lactose) estão presentes no leite de vaca, de cabra, ovelha, queijo ricota e cottage. Assim como em produtos prontos como sorvete, iogurte e outros que contenham leite. Já os fruto-oligossacarideo (FOS), são encontrados na cebola, alho, trigo, centeio, beterraba, couve, entre outras frutas e legumes. Mas também em farinha de trigo, bolos, ketchup, maionese, carnes processadas como salsicha e presunto.

A lista continua com os galacto-oligossacarideo (GOS), que está presente na lentilha, grão-de-bico, feijão, grãos integrais de soja e em produtos que contenham esses alimentos.

Por fim, os polióis estão na composição de frutas como pêssego, damasco, ameixa, abacate, e também em cogumelos, adoçantes com xilitol, manitol, sorbitol e produtos com glicerina.

Fonte
Dra. Silvia Ribeiro Messalem - Nutricionista do Hospital Edmundo Vasconcelos
 
 
 
 
 

 
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