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Nutricionista explica quais são os mitos e as verdades sobre o colesterol
 
Apenas os obesos podem apresentar altas taxas de LDL? Usar óleo de coco diminui o colesterol e auxilia no emagrecimento? Somente alimentos fritos aumentam o colesterol? Confira as respostas aqui!

Em 8 de agosto celebra-se o Dia Nacional do Combate ao Colesterol. A hipercolesterolemia, como é denominado cientificamente o excesso dessa substância no sangue, é uma doença silenciosa que pode causar diversos males ao sistema cardiovascular das pessoas, resultando, inclusive, em infarto ou Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Manter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas são as principais ações para diminuir o risco de doenças cardiovasculares causadas pelo colesterol. Mas, ainda há muitas dúvidas sobre o assunto. Por isso, confira 11 mitos e verdades sobre o tema:

1 - Somente pessoas obesas têm colesterol alto
Mito. Nem todas as pessoas com excesso de peso têm colesterol elevado, assim como alguns indivíduos magros podem apresentar conteúdo sanguíneo elevado. Embora a obesidade aumente a chance do aparecimento do colesterol elevado, isso não é um fator determinante.

2 - Usar óleo de coco diminui o colesterol e auxilia no emagrecimento
Mito. Não há evidências científicas que justifiquem o consumo de óleo de coco para esse fim.

3 - Comer alimentos ricos em fibras ajuda a combater o colesterol
Verdade. As fibras solúveis e insolúveis são benéficas no controle do colesterol. As insolúveis auxiliam na redução do colesterol ao nível do intestino, enquanto as solúveis contribuem para gerar substâncias que reduzem a síntese corporal de colesterol.

4 - Existem dois tipos colesterol: o bom e o ruim
Esta é, provavelmente, uma maneira não tão correta de explicar ao paciente os males que o excesso de colesterol pode causar ao corpo. Colesterol é um tipo de gordura e possui estrutura química única. O uso dos termos RUIM e BOM refere-se ao tipo de proteína que está transportando o colesterol, ou seja, se estamos falando do colesterol transportado pela LDL, usamos o termo ruim, pois essa favorece o acúmulo de colesterol no corpo e nas artérias. De modo contrário, se esse mesmo colesterol está sendo transportado pela HDL, chamamos de bom, pois essa lipoproteína trabalha removendo o excesso de colesterol do corpo, favorecendo sua excreção nas fezes.

5 - Colesterol alto é fator de risco para outras doenças
Verdade. O excesso de colesterol, chamado hipercolesterolemia, já é uma doença em si. Entretanto, seu constante nível elevado favorece o desenvolvimento da aterosclerose, que se caracteriza pela deposição e acúmulo de gorduras nas artérias e no aumento no risco de ocorrer eventos isquêmicos centrais e periféricos, como acidente vascular encefálico, infarto agudo do miocárdio, doenças vasculares obstrutivas periféricas.

6 - Somente alimentos fritos aumentam o colesterol
Mito. Atualmente, sabemos que poucos alimentos aumentam o colesterol e aqui destacamos o papel negativo das gorduras trans e gorduras saturadas, muito mais do que o próprio colesterol presente em alguns alimentos. No Brasil, as frituras caseiras geralmente usam óleo de soja - o mais acessível à população, que é rico em gorduras poli-insaturadas e cujo efeito na hipercolesterolemia não é negativo. Ao nível industrial e nos fast foods, a gordura normalmente utilizada é a gordura vegetal hidrogenada – rica em gorduras trans, que devem ser evitadas em qualquer preparação culinária. Portanto, o tipo de preparo e origem da fritura vão determinar se essa vai ou não contribuir para elevar o colesterol, ou seja, nem toda fritura contribuirá para o aumento do colesterol.

7 - É possível controlar o colesterol apenas com alimentação, sem o uso de medicamentos
Sim. Embora haja alguns casos em que a medicação é indispensável, a maioria das dislipidemias é causada por um estilo de vida inadequado e, especificamente, sobre a dieta podemos afirmar que uma alimentação rica em alimentos naturais como frutas, legumes e vegetais, com preparações mais caseiras e opções com menos gorduras previnem a elevação do colesterol e são aliados indispensáveis ao tratamento do colesterol elevado. O uso diário de gorduras saudáveis, como as encontradas no azeite de oliva, óleos vegetais pouco processados e com baixo teor de gorduras saturadas, associado ao consumo de peixes ricos em Ômega-3 e baixo de carnes e aves gordurosas, faz parte de escolhas inteligentes visando à saúde cardiovascular atual e futura.

8 - Colesterol alto é um fator genético
Parcialmente verdade. Embora as hipercolesterolemias genéticas sejam uma realidade, elas atingem a minoria dos casos. Somente a avaliação clínica, o histórico familiar e testes genéticos podem definir esse diagnóstico. Para esses casos, o uso de fármacos é essencial, embora a dieta permaneça fazendo parte do manejo terapêuticos desses pacientes.

9 - Exercícios físicos contribuem para manter o colesterol controlado
Verdade. A atividade física regular, de 3 a 5 vezes na semana, e com duração mínima de 40-50 minutos, favorece o aumento da HDL, e com isso auxilia na redução do colesterol. Contribui para a redução do peso e melhora a resistência à insulina, favorecendo todo o metabolismo corporal de gorduras.

10 - Colesterol alto não gera sintomas no paciente
Verdade. A hipercolesterolemia faz parte do grupo das chamadas "doenças silenciosas", que não causam nenhum sintoma. Se por um lado isso evita o sofrimento do paciente, por outro, dificulta seu tratamento; faz com que ele não tenha uma percepção de que melhorar a alimentação, praticar exercícios regulares e fazer o uso correto de medicamentos no modifiquem as chances de ter um infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular encefálico.

11 – Gordura trans pode aumentar o índice de colesterol circulante
Verdade. Todos os alimentos que contêm gorduras trans devem ser evitados, pois contribuem para aumentar o colesterol. Infelizmente, a atual rotulagem brasileira permite que alimentos que contêm menos de 1% de gorduras trans por porção declarem no rótulo que são zero trans, fato que não é verdadeiro. Portanto, para evitar erros, recomendamos, sempre, reduzir e, se possível, evitar alimentos industrializados gordurosos.

Se cuide, fique atento!

O colesterol é um tipo de gordura sintetizada principalmente no fígado e transportada no sangue pelas lipoproteínas: as mais importantes são as Lipoproteínas de Baixa Densidade (LDL) e as Lipoproteínas de Alta Densidade (HDL). A LDL é o chamado "colesterol ruim", porque está associada com o risco de desenvolver a doença coronariana. O recomendado é que sua taxa sanguínea fique abaixo de 130 mg/dl. A HDL é o "colesterol bom", que ajuda a remover o excesso de colesterol do corpo, favorecendo sua excreção. O indicado é manter a taxa superior a 40 mg/dl.

De acordo com dados do DataSUS, em 2017 ocorreram 358 mil mortes causadas por doenças do aparelho circulatório no Brasil. Significa dizer que um a cada três óbitos tem como causa problemas cardiovasculares. É um número alto e simboliza uma morte a cada 40 segundos proveniente de doenças que podem ser diagnosticadas e controladas. Somente a prevenção, com adoção de práticas saudáveis, o diagnóstico e o tratamento podem reverter essa situação

Fonte
Profa. Dra. Nágila Raquel Teixeira Damasceno - Diretora executiva do Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).
Dr. José Francisco Kerr Saraiva - Presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp)
 
 
 
 
 

 
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