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Dietas de emagrecimento podem ser ciladas
 

1) Por que as dietas de emagrecimento podem ser ciladas?
A busca pelo corpo em forma é cada vez maior e manter o peso ideal é o correto não apenas por estética, mas por saúde também. Porém, tratando-se de saúde é preciso saber que não é qualquer dieta que pode ser realizada por todo mundo. Ao observar que cada corpo tem uma reação diferente para cada estímulo que lhe é oferecido. A dieta pode ser boa para alguns, mas pode ser muito ruim para outros. Cada organismo tem uma necessidade específica e reage de uma forma diferente aos estímulos. As dietas devem ser feitas com base no processo de reeducação alimentar, de resgatar o processo de comer quando se tem fome e parar de ingerir alimentos quando se está satisfeito.  É preciso levar em consideração o estilo de vida da pessoa, idade, gênero, preferências, em geral. Os resultados de um regime mal feito podem ser vistos pelo peso que a pessoa recupera e, às vezes, até aumentado após um tempo. Também deve se observar que em alguns casos, a dieta pode gerar transtornos alimentares e deficiência nutricional.

2) Quando ocorre o ganho de peso?
Se o paciente passa por um tratamento medicamentoso e pouco cuida da dieta, é comum ele ganhar peso após o termino do tratamento. Outra condição são os pacientes que emagrecem com dietas muito restritivas, Impraticáveis ao longo da vida. Ao parar elas voltam ao peso perdido e geralmente ganham um pouco mais. Por outro lado, se esses pacientes passam por um processo de educação alimentar, no qual é explicado o papel de cada nutriente, deixando claras as sensações de fome, saciedade e a interferência da sua emoção no seu hábito alimentar, há poucas chances de que ele retorne ao peso inicial, além disso, o emagrecimento ocorrerá de forma mais saudável e menos agressiva.

3) Quais são as metas de peso por semana?
As mudanças no hábito alimentar, com o objetivo de reduzir peso, devem focar no alimento consumido. As metas devem focar o hábito alimentar e não a redução de peso. A meta da semana deve ser: cozinhar 2x/semana no jantar e tomar mais água. Assim, a atenção não fica na balança. Normalmente o foco na balança é o que oprime e aumenta a ansiedade, fatores negativos para o controle alimentar.

4) Quais devem ser os cuidados ao escolher uma dieta de emagrecimento?
Muitas das pessoas que focam somente em “perder” peso não têm uma mudança no hábito alimentar e nem no estilo de vida. Por isso, recorrem a dietas milagrosas ou da moda, passando por restrições severas de alimentos e se habituam nesse ciclo vicioso, na privação e na compulsão. No entanto, em determinado tempo, vão acabar perdendo o controle de vez e recuperar todo o peso “perdido”. Primeiramente, é preciso esquecer a história de que dieta é igual para todo mundo ou que, para emagrecer, é preciso deixar de comer tudo que se gosta. Há ainda quem diga que se o alimento for gostoso vai engordar você ou dieta que emagrece é aquela em que você passa fome. A dieta não deve estar associada a sacrifício, pois, se estiver, ela estará fardada ao fracasso. A dieta deve ser compatível com o estilo de vida de cada pessoa (horários, preferências alimentares ou condição sócio econômica). Caso contrário ela será difícil de ser praticada. Lembre-se: você está cuidando do seu hábito alimentar para comer melhor. Então não há “sair” e “entrar” na dieta. Todo alimento é bom, vai depender da quantidade e frequência consumida.

5) Quais são suas dicas de nutrição?
O certo é não planejar dietas restritivas. É preciso organizar horários, cozinhar (quando se gosta), resgatar o prazer de comer sem culpa. Retirar da cabeça do paciente a lista de alimentos “bons” e “ruins” e salientar o quanto a quantidade é importante. E que deve ser organizado um diário alimentar, para anotar os alimentos consumidos e as emoções envolvidas na ocasião. Nem sempre o peso desejado é adequado ou possível de alcançar, mas é possível chegar a um patamar saudável.  Por isso, é importante diminuir as expectativas em relação à redução de peso.

 

 
Autor
 
Dra. Patricia Cruz
Mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Faz parte do Departamento de Nutrição da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO). É especialista sobre nutrição e transtornos alimentares, atua como Personal Diete é palestrante em cursos de pós-graduação.

 
Os autores estão em ordem alfabética.
 
 

 
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