Esqueceu sua senha?
 
 
 
 
Busca Avançada
 
 
 
Receba as notícias da
Nutrição em Pauta
em seu e-mail
 
 

 385 artigos encontrados em Entrevistas
 
 
Mitos e verdades sobre a dieta Detox
 
1) O que é a dieta Detox?
A atual dieta da moda, a dieta Detox, tem conquistado simpatizantes entre as celebridades. Muitas pessoas tornaram-se adeptas do regime de restrição alimentar baseado em baixas calorias, visando principalmente a perda rápida de peso. No entanto, alguns especialistas alertam para os perigos que a falta de nutrientes pode trazer em longo prazo ao organismo. Há ainda discussões em torno da falta de comprovações científicas que atestem em favor dos benefícios desta dieta. “Dieta Detox” é o termo comumente usado para falar de todas as dietas que pretendem ser desintoxicantes e, por isso, restringem o consumo de certos alimentos. Algumas sugerem a restrição total ao consumo de proteínas de animais (carnes branca ou vermelha e ovos), leites e derivados, gorduras e açucares. Outras sugerem apenas a redução do consumo de carnes, leites e carboidratos. As dietas Detox, geralmente, abrangem cardápios que incluem frutas, verduras e legumes, chás com potencial diurético, cereais e carboidratos integrais. Algumas mais radicais propõem somente o consumo de líquidos durante certo período. A possível eficiência da dieta deve-se à redução do consumo de alimentos industrializados ou tratados com agrotóxicos. A restrição alimentar permite que o organismo elimine toxinas com mais rapidez, porém não há comprovações científicas que determinem a eficácia desse tipo de dieta para indivíduos saudáveis. Além disso, a dieta não é recomendada para crianças e adolescentes, já que pode comprometer o crescimento e desenvolvimento do organismo.

As dietas Detox só podem ser realizadas por um curto período de tempo. A observação clínica feita por profissionais que prescrevem dietas desintoxicantes apontam que as restrições devem ser seguidas por no máximo 15 dias, a cada dois meses. O mais recomendado, no entanto, é que os pacientes sigam uma dieta mais variada, fracionada e moderada, e consequentemente mais saudável, além de praticar exercícios físicos, para evitarem doenças relacionadas à obesidade, hipertensão e diabetes.

2) Confira abaixo algumas verdades e mentiras sobre a dieta Detox:
- Dietas muito radicais são eficazes a longo prazo.
Mentira. Dietas muito rígidas e restritivas têm resultados efêmeros, ou seja, emagrecem em um primeiro momento e depois há a recuperação do peso imediatamente após a retomada da dieta habitual. Além disso, há um grande risco para a saúde.

- Dietas exclusivas (consumo de apenas um grupo alimentar, como carboidratos ou proteínas) são consideradas saudáveis.
Mentira. Este tipo de dieta promove mudanças de peso momentâneas, mas não duradouras. A Associação Americana de Dietas reforça que é a combinação de grupos alimentares em uma refeição que promove a sensação de saciedade e, portanto, a ingestão de menos comida. Não existe comprovação científica para se afirmar que comer só um grupo alimentar trará algum benefício à saúde.

- Existem gorduras do bem.
Verdade. Por exemplo, os alimentos oleaginosos, como amêndoas, castanhas e abacate) são gorduras do bem, pois são fontes de gorduras boas para o organismo e fazem parte da recomendação médica, presentes em dietas feitas pelo Hospital do Coração (Hcor) e Instituto do Coração (Incor). Entretanto, a porção liberada para consumo diário é pequena, pois se consumidos em excesso deixam de ser benéficos ao organismo e promovem o ganho de peso.

- Carboidratos são importantes para o organismo.
Verdade. Trata-se de uma fonte de energia imediata e por isso as dietas com restrição total aos carboidratos não são consideradas saudáveis.  Para emagrecer, sugere-se trocar os carboidratos simples, como massas brancas, farináceos e doces refinados, pelos equivalentes integrais. E claro, moderar no consumo.

- Alimentação à noite deve ser suprimida.
Mentira. Dormir com fome pode piorar a qualidade do sono e interfere no metabolismo, dificultando a queima de calorias uma vez que a baixa de açúcar no sangue estimula a produção de hormônios como o glutagon, o cortisol e a adrenalina. Estes hormônios aumentam o apetite, reduzem o metabolismo e aumentam a ansiedade. Comer após às 20 horas não engorda, desde que a quantidade e as qualidades estejam adequadas.

- Manter uma rotina alimentar ajuda a acelerar o metabolismo.
Verdade. Comer lanchinhos de baixa quantidade de calorias em intervalos de 3 a 2 horas evita que a pessoa coma mais do que o necessário na hora das refeições.
 

 
Autor
 
Dra. Myrna Campagnole
Endocrinologista do Laboratório Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica.

 
Os autores estão em ordem alfabética.
 
 

 
Nossos Patrocinadores
   
 
© Copyright Nutrição em Pauta. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página
em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso.