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| 131 artigos encontrados em Nutrição Hospitalar |
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| Avaliação Nutricional em Crianças Especiais |
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A avaliação e a intervenção nutricional são pilares vitais na assistência de toda criança com problemas de saúde. Isso vale tanto para as que estão gravemente doentes como para as que passaram apenas por um período de estresse, seja pela doença de base ou pelo próprio tratamento ou hospitalização.
Cada vez mais, o profissional da saúde da área de nutrição, ao avaliar um jovem paciente, está se deparando com o que chamaremos aqui de crianças especiais. Isso ocorre porque com o progresso da ciência e a evolução moral da sociedade, crianças que antes eram abandonadas à própria sorte, hoje são estimuladas, bem tratadas, com resultados que nos maravilham a cada dia. Nesse trabalho, destacaremos as crianças prematuras, portadoras de paralisia cerebral (PC) e de Síndrome de Down. Elas apresentam características especiais, inerentes à sua condição, que tornam as tomadas das medidas antropométricas e utilização de tabelas, diferentes de uma criança dita normal. Com base nessas ferramentas, poderemos fazer um diagnóstico nutricional e manejo nutricional mais adequado para cada caso.
Antropometria no Prematuro
Segundo a OMS , consideramos uma gestação à termo, com 40 semanas de gravidez. Recém Nascidos com menos de 37 semanas de idade gestacional, são considerados prematuros e abaixo de 34 semanas são classificados como extremamente prematuros. Sabemos que no último trimestre da gravidez (últimas 12 semanas) o feto vai armazenar uma série de nutrientes, que utilizará nos primeiros dias de vida e determinará o seu perfil nutricional. Para uma correta avaliação antropométrica em crianças prematuras, com até 2 anos de idade, devemos corrigir a idade cronológica. Utilizamos a seguinte fórmula:
(Academia Americana de Pediatria, 2002)
Por exemplo, sabendo que a gestação a termo é de 40 semanas, uma criança com 11 meses de idade e que nasceu com 28 semanas de gestação, terá nascido com 12 semanas de prematuridade (3 meses).
Idade cronológica = 11 meses
Meses de Prematuridade = 3 meses
Idade Corrigida = 8 meses
Assim, os registros de peso, estatura e perímetro cefálico seriam registrados no gráfico, como sendo de 8 meses e não de 11 meses. Isso representa uma enorme diferença de prognóstico e conduta para esse bebê .Significa conforto e tranqüilidade para a sua família e metas mais realistas para os profissionais que estão manejando o caso .Ver o filho muito fora (tanto para cima como para baixo) do percentil esperado para seu peso e estatura é uma causa de grande ansiedade para a mãe e toda a família. Uma criança nascida com 28 semanas de gravidez, certamente estaria abaixo do peso e estatura para sua idade cronológica, mas se o caso tiver sido bem conduzido pela equipe que a vem atendendo, deve estar bem próxima do percentil 50% para um bebê de 8 meses. É importante destacar a diferença que existe entre um bebê prematuro e um bebê nascido pequeno para a idade gestacional (PIG).
A idade gestacional é determinada pelo pediatra pelo método de Capurro, onde uma série de itens do exame físico são avaliados e através de um escore, calculado a idade gestacional em semanas. O prematuro é aquele que nasceu antes da 37ª semana de vida intra-uterina, mas vinha apresentando um crescimento fetal satisfatório. O bebê PIG é fruto de um sofrimento crônico intra-uterino, por causas maternas, fetais ou placentárias.
O tabagismo materno é uma das causas mais comuns para nascimento de bebês pequenos para idade gestacional. Para esses bebês, não utilizamos a idade corrigida, a menos que ocorra uma superposição, ou seja prematuridade associado a peso baixo para idade gestacional. Este artigo ainda discute a antropometria na Síndrome de Down e na Paralisia Cerebral.
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| Autor |
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| Dr. Nataniel Viuniski |
| Pediatra, Especialista em Obesidade Infantil, Coordenador do Departamento de Obesidade Infantil da Associa̤̣o Brasileira para Estudo da Obesidade РABESO |
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Os autores estão em ordem alfabética.
Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Mar/Abr/2003
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