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Câncer de esôfago pode ter origem também em consumo de bebidas quentes e alcoólicas
 
1) Qual é a incidência do câncer de esôfago?
Em 2010, o número de casos estava perto de 11 mil em todo País, sendo 7.890 em homens e 2.740 casos detectados em mulheres. Pouco se fala sobre o esôfago – o tubo muscular que liga a garganta ao estômago. Mas o câncer de esôfago está entre os dez mais incidentes no Brasil, sendo o sexto colocado entre os homens e o nono entre as mulheres, de acordo com dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer).

Uma pesquisa do mesmo Instituto revela que, em 2010, o número de casos estava perto de 11 mil em todo País, sendo 7.890 em homens e 2.740 casos detectados em mulheres.  Já um estudo iraniano, divulgada em 2009 pela revista especializada British Medical Journal, destaca a teoria que liga o consumo regular de bebidas muito quentes a danos no revestimento interno do esôfago.  
 
2) Quais as causas do Câncer do esôfago?
Diversas são as causas, incluindo histórico familiar e associação genética. Mas uma coisa é certa: hábitos de vida e alimentares são fortes fatores de risco – entre eles o de ingerir bebidas quentes e alcoólicas, além do tabagismo e dentes mal conservados. Não se conhece o mecanismo específico que origina o câncer.

A esofagite, que é uma inflamação do esôfago, decorrente do refluxo gastro-esofágico também predispõe a um tipo específico de câncer da porção mais baixa do esôfago, junto à sua junção com o estômago. A falta de nutrientes também é fator de risco,  já que a proteção do órgão se dá também pela ingestão de fibras, de vitaminas A, C e Carotenóides (alimentos de cor amarelo, alaranjado, vermelho e verde).
 
3) Como é feita a detecção deste tipo de câncer?
Neste tipo de câncer, as células malignas começam a se desenvolver no revestimento interno do órgão e, conforme a evolução dos tumores, eles podem atingir outras camadas mais profundas do esôfago. É uma doença bastante grave já que, em sua fase inicial, o câncer de esôfago não apresenta sinais. E os sintomas característicos, como dificuldade ou dor ao engolir, dor torácica ou atrás do osso que fica no meio do peito, náuseas, vômitos ou perda de apetite e peso, podem aparecer quando a doença já estiver avançada. É muito importante para o tratamento que a detecção seja precoce, já que é uma doença muito agressiva e letal. O fato de o esôfago possuir uma rede muito extensa de vasos linfáticos logo abaixo do revestimento interno, pode rapidamente provocar a disseminação para os gânglios linfáticos e chegar a metástases.

Estão associadas também à incidência deste tipo de tumor a existência de outros problemas do órgão, como acalasia (falta de relaxamento do esfíncter entre o esôfago e o estômago), esôfago de Barrett (crescimento anormal de células do tipo colunar no revestimento interno do esôfago). Podem provocar a doença também a infecção pelo papiloma vírus humano (HPV); a tilose (espeçamento da pele nas palmas das mãos e na planta dos pés); e a Síndrome de Plummer-Vinson (deficiência de ferro).
 
4) Como pode ser realizada a prevenção e tratamento?
Uma dieta rica em frutas e legumes é fundamental. Além disso, evitar o consumo frequente de bebidas muito quentes, alimentos defumados, bebidas alcoólicas e hábitos tabagistas (não somente o cigarro, como mascar fumo, fumar charuto e outros também são um risco). Atividades físicas também são muito recomendadas, pois fortalecem o organismo em qualquer situação. Na maioria dos casos, a cirurgia está indicada. Dependendo da extensão da doença, a cura não acontece e o tratamento pode ser apenas paliativo, através de quimioterapia e/ou radioterapia.
 

 
Autor
 
Dr. Dino Altmann
Gastroenterologista, com doutorado em cirurgia pela Faculdade de Medicina da USP e título de especialista em cirurgia oncológica (aparelho digestivo, melanomas e sarcomas), cirurgia geral e gastroenterológica. Possui habilitação em cirurgia video-laparoscópica e robótica, com treinamento no Celebration Hospital (FL - USA). É especialista também nas áreas de emergência e trauma como médico em provas de Automobilismo e tornou-se o Diretor Médico do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1. Membro da Comissão Médica da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e Membro do Grupo de Especialistas da Faculdade de Medicina do Instituto FIA. É instrutor do Programa Advanced Trauma Life Support, do American College of Surgeons. É também o responsável médico Campeonato Brasileiro de Stock Car e Porsche GT3 Cup Brasil.

 
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