Congelamento é importante para conservação e redução de desperdício de ingredientes e refeições prontas | ||
O congelamento de alimentos é uma forma bastante interessante para conservação e redução de desperdício de ingredientes e refeições já prontas. Mas na hora de descongelar surgem as dúvidas: devo usar água corrente? Coloco o alimento em temperatura ambiente? Posso congelar novamente o que eu não for usar? A respostas para essas perguntas é não, de acordo com nutricionistas da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que atuam na Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro). O descongelamento é o processo que faz o alimento congelado retornar à sua condição natural. O procedimento nunca deve ser feito em temperatura ambiente ou com a utilização de água corrente. Destas formas, os riscos de contaminação por microrganismos são aumentados significativamente. Além disso, ao descongelar algum produto embaixo da torneira, ocorre grande desperdício de água. A dica é manter os alimentos congelados na geladeira de um dia para o outro ou utilizar o forno micro-ondas. É importante lembrar que produtos já descongelados não devem ser congelados novamente. Dicas para congelar alimentos Temperaturas abaixo de -18ºC inibem total ou parcialmente a deterioração dos alimentos, permitindo que muitas características sejam mantidas próximas ao natural. Mas para conservar de forma correta os ingredientes ou refeições prontas, é necessário seguir algumas dicas: - O congelamento não é recomendado para todos os alimentos. Legumes e verduras usadas em saladas cruas, frutas para consumir ao natural, macarrão sem molho, gelatinas puras, cremes com amido de milho e queijos com maior quantidade de água (ricota e queijo minas) não devem ser congelados, pois perdem suas características naturais. - Observe o prazo de validade, faça a higienização correta de frutas, verduras e legumes para evitar perdas nutricionais e sensoriais, como textura, consistência, sabor e aroma. - Reduza sal e temperos nas preparações, pois estes ficam acentuados após o congelamento. - Ovos, por exemplo, não devem ser congelados dentro das cascas ou já cozidos, por perderem a textura. Porém, é possível congelá-los inteiros fora das cascas. Por apresentarem grumos gelatinosos o melhor é congelar claras e gemas separadas, acrescentando-se às gemas um pouco de sal ou açúcar. - As carnes cruas não devem ser congeladas temperadas, pois podem escurecer e ter seu sabor alterado, à exceção de hambúrgueres caseiros, almôndegas e alimentos já prontos. - Congele a carne crua em peças pequenas, cubos, tiras, moída e em bifes de forma individual, separados por filme plástico. Isso ajudará na preparação e evitará o desperdício, já que carnes cruas não podem ser recongeladas. - Congele peixes limpos e sem vísceras. A embalagem deve ser dupla para não passar cheiro ao freezer. No caso de peixes e frutos do mar, recomenda-se não descongelar totalmente e iniciar o preparo quando ainda estão gelados. - Use embalagens resistentes às baixas temperaturas que não rasguem facilmente e que são impermeáveis. Plásticos rígidos e filmes plásticos são recomendados. - Evite usar embalagens de isopor e porosa, como papel e papelão. - Retire o ar das embalagens para evitar a formação de cristais de gelo, que podem causar alterações nas características naturais do alimento durante o processo de congelamento. - Embale os alimentos em pequenas porções para serem consumidas, evitando o desperdício. - Verifique se há espaço de aproximadamente 2 cm entre o alimento e a borda do recipiente, já que os líquidos se expandem ao congelar. - Utilize etiquetas com o nome do alimento/preparação, quantidade, data de congelamento e de validade. Fonte Dra. Sizele Rodrigues - Nutricionista da Codeagro da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. |
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