Novembro Roxo alerta para o alto índice de nascimentos prematuros no Brasil
 
O cuidado humanizado, um ambiente adequado e a presença constante dos pais ajudam na recuperação do bebê prematuro e minimizam a tensão da família.

O novembro Roxo, mês de conscientização para a prematuridade, chama atenção para o alto índice de nascimentos prematuros no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, por ano, cerca de 300 mil bebês nascem antes da hora. Processos assistenciais humanizados, como a inserção dos pais na rotina hospitalar, impacta positivamente na recuperação do recém-nascido.

Estudos científicos evidenciam que o cuidado humanizado contribui para a recuperação do bebê prematuro. Um ambiente com menos ruídos, menos luminosidade, com presença constante dos pais e a participação deles nos cuidados ajudam na recuperação do bebê e minimizam a tensão da família. O metabolismo diminui, o bebê chora menos, há um melhor equilíbrio corporal, com maior ganho de peso e menor risco de complicações no sistema nervoso central. A imunidade melhora, o que diminui o número de infecções. Também é fundamental o suporte envolver cuidados interdisciplinares para que a saúde do bebê seja monitorada de forma global. É importante que profissionais de várias áreas, como pediatria, enfermagem, nutrição, fonoaudiologia, psicologia, infectologia, farmácia e fisioterapia, trabalhem juntos no tratamento.

As causas do nascimento precoce podem estar associadas tanto às condições da mãe quanto às do bebê. Mulheres que já passaram por parto prematuro, que estão grávidas de gêmeos ou múltiplos ou que tem histórico de problemas uterinos estão sujeitas a terem um parto prematuro.

Ausência do pré-natal, tabagismo, alcoolismo, drogas, estresse, infecções do trato urinário, sangramento vaginal, diabetes, obesidade, baixo peso, pressão alta ou pré-eclâmpsia, distúrbios de coagulação, algumas anomalias congênitas do bebê, gestações muito próximas (menos de 6 a 9 meses entre o nascimento anterior e a gestação seguinte), fertilização in vitro e gestação em idade menor que 17 anos e acima de 35 também são fatores que estão relacionados à prematuridade.

Iniciar o pré-natal precocemente e de forma adequada facilita a detecção de problemas na mãe e no bebê e favorece uma assistência mais efetiva, o que pode diminuir as chances de um parto prematuro.

Fonte
Dra. Ana Amélia Moreira - Coordenadora da Neonatologia da Maternidade Brasília