Como o diabetes tipo 2 pode influenciar em outras doenças?
 
O diabetes tipo 2 é, por si só, uma doença perigosa que deve ser controlada, tratada e, se possível, prevenida por todos. O não controle adequado do diabetes leva ao desenvolvimento de outras doenças. Mas, afinal, como isso acontece?
A incapacidade do organismo do paciente diabético de liberar a insulina de forma adequada leva à manutenção de altos níveis de açúcar no sangue durante muito tempo, causando lesões em vários órgãos como olhos, rins, vasos sanguíneos, coração e nervos.

O diabetes tipo 2 mal controlado pode alterar os vasos sanguíneos que irrigam os rins, impedindo que o órgão faça a filtragem de forma correta. A longo prazo isso pode levar à insuficiência renal e até mesmo à necessidade de fazer diálise ou transplante renal.

Uma das complicações mais comuns do diabetes tipo 2 está relacionado aos olhos. Quando não tratada, a doença pode levar a cegueira. O diabetes aumenta em 40% o risco de glaucoma e 60% o de catarata, além de causar retinopatia – que são alterações vasculares da retina. É indicado que o paciente diabético que tiver qualquer alteração na visão seja imediatamente avaliado por um especialista para evitar danos maiores nos olhos.

Principais formas de evitar o diabetes tipo 2:
– Manter uma alimentação equilibrada e pobre em carboidratos e açúcares
– Praticar exercícios físicos de forma regular ao menos três vezes na semana
– Não exagerar no consumo de bebidas alcoólicas
– Consultar-se com seu médico de confiança ao menos uma vez ao ano

Pesquisas recentes comprovam que as doenças cardiovasculares são as principais causas de óbito do diabetes tipo 2. Há um aumento de quatro vezes na incidência de infarto agudo do miocárdio em pacientes diabéticos. Essa incidência é grande devido ao aumento dos níveis de glicose no sangue que, juntamente com colesterol e a pressão arterial, promovem a formação de placas de colesterol que entopem as artérias.

Esses fatores são potencializados quando a pessoa é portadora do diabetes tipo 2 e devem ser rigorosamente controlados. Por isso é fundamental que o paciente faça o acompanhamento médico e realize os exames periódicos de acordo com a orientação do especialista que acompanha seu caso.
 
Fonte
Dra. Cíntia Santos - Endocrinologista do Complexo Hospitalar de Niteroi (CHN)