O controle da hipertensão é um grande desafio
 
Ingerir medicamentos continuamente, mudar hábitos de vida e tomar conhecimento da doença são os problemas enfrentados por quem tem a doença e precisa controlá-la.

O controle da hipertensão tem sido um grande desafio para o setor da saúde.  Somente 1/3 dos hipertensos estão controlados. Isso, porque a metade das pessoas portadoras da doença não sabe. Infelizmente muitas pessoas, que têm a pressão arterial elevada, não sabem que são hipertensas e as que sabem não conseguem fazer um bom controle. Não basta saber que é hipertensa e tomar a medicação para hipertensão. A pressão arterial precisa de estar no nível aceitável (12/8 mmHg). Hoje, no Brasil, acredita-se que apenas 20% das pessoas estão com níveis pressóricos bem controlados.

A hipertensão é uma doença crônica que atinge homens e mulheres de diversas idades. Uma porcentagem pequena da população nasce com a predisposição à doença, mas em 90% dos casos, além da tendência genética, outros fatores do ambiente em que a pessoa vive facilitam o surgimento da hipertensão, com por exemplo: excesso de peso, sedentarismo, coexistência de outras patologias como diabetes, tabagismo e excesso de álcool. Os outros 10% dos casos são ocasionados por outras doenças, como por exemplo, dos rins, tireoide, apneia obstrutiva do sono. O uso de medicamentos como anti-inflamatórios, corticoides e excesso de cafeína também estão associados à elevação da pressão arterial. Se a pessoa puder suspender o uso desses medicamentos, há grandes chances de controlar os níveis da pressão.

Valores ligados à hipertensão

Os valores da pressão alta têm variado conforme a evolução de estudos que demonstram a ideal. No Brasil, se os níveis tiverem 140/90 mmHg, ou popularmente 14/9 mmHg, de forma repetitiva, já caracterizam-se a hipertensão. Todavia, em países como os Estados Unidos, esse limite já abaixou. Atualmente, naquele país, se a pessoa atinge o valor 13/8 mmHg já é considerada hipertensa. Provavelmente, no futuro, a Sociedade Brasileira irá adotar o índice menor. Mas a meta, no Brasil, é que pressão esteja menor do que 13 e menor do que 8.

Fonte

Dr. João Lucas O´Connel - cardiologista do Madrecor Hospital de Uberlândia-MG