AVALIAÇÃO DOS DADOS ANTROPOMÉTRICOS INICIAIS E ATUAIS, E TEMPO DE EVOLUÇÃO DE PACIENTES EM SEGUIMENTO ATENDIDAS PELO GRUPO DE ASSISTÊNCIA EM TRANSTORNOS ALIMENTARES DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO (GRATA-HC-FMRP-USP)
 

7º Fórum de Nutrição 2011 - Rio de Janeiro
Nutrição Clínica

Autores:
Luperi, H.; Reis, P.; Manochio M.

Apresentador:
Pamela Gabrielle Reis

Os Transtornos Alimentares (TA) são quadros psiquiátricos complexos e ainda pouco compreendidos, caracterizados por graves alterações do comportamento alimentar e por grave disfunção alimentar que pode levar a magreza extrema ou até mesmo à morte. Os atuais sistemas classificatórios de transtornos mentais, DSM-IV e CID-10, ressaltam a Anorexia Nervosa (AN) e a Bulimia Nervosa (BN) como sendo as duas principais entidades nosológicas. A AN é caracterizada principalmente pelo emagrecimento à custa de dieta extremamente restrita, a busca desenfreada pela magreza, distorção da imagem corporal e amenorréia. A BN caracteriza-se por episódios repetidos de grande ingestão alimentar e utilização de métodos compensatórios, como uso de laxantes, diuréticos, vômitos, dieta, jejuns e exercícios. No Brasil existem serviços especializados no tratamento e acompanhamento de indivíduos com TA, instalados, na sua maioria, em hospitais públicos de nível terciário, entre eles existe o GRATA (Grupo de Assistência em Transtornos Alimentares do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP). O GRATA foi fundado em 1982, e já passaram pelo ambulatório aproximadamente 200 pacientes , apresentando algum tipo de TA. Atualmente, estão em seguimento 15 pacientes com idades entre 16 e 48 anos, em média 26 anos. O estudo teve como objetivo verificar os dados antropométricos iniciais e atuais, e o tempo de evolução de pacientes em seguimento no  GRATA do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP,  de janeiro até fevereiro de 2011. Para realização do estudo foram coletados dos prontuários, os seguintes dados: antropométricos, tempo de tratamento e idade das 15 pacientes com AN e BN atendidas atualmente pelo GRATA. Os resultados obtidos em relação à prevalência de TA, AN e BN, foram encontrados valores de 87% e 13% respectivamente, índices estes apresentados principalmente em jovens e adultos entre 16 e 32 anos (idade atual), sendo que das 15 pacientes em estudo, apenas uma excede esta faixa etária. O tempo de tratamento até o atual momento está entre três meses, para aquelas que iniciaram tratamento recentemente, e 15 anos. Em análise ao índice de massa corporal inicial das pacientes em seguimento, foi encontrado no grupo de AN um intervalo de 13 kg/m² a 22 kg/m², e quanto ao índice de massa corporal atual foi encontrado uma média de 19,7kg/m². Enquanto que em BN estes valores iniciais foram de 22 a 36kg/m² e a média dos índices atuais foi de 28,95kg/m². Pode-se concluir que a maioria das pacientes em atendimento no GRATA atualmente, apresentam AN, com média de IMC menor quando comparado às bulímicas. Observa-se então que o tratamento da anorexia nervosa e bulimia tende a ser árduo, prolongado e que necessita de uma equipe multidisciplinar para uma melhor evolução e resultados finais.

Palavras chave: Transtorno alimentar, GRATA, anorexia nervosa, bulimia nervosa

 
 

 

TESTE DE ACEITABILIDADE DE UM SUCO FUNCIONAL NA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DO MUNICÍPIO DE MACAÉ/RJ
 

7º Fórum de Nutrição 2011 - Rio de Janeiro
Nutrição e Saúde Pública

Autores:
OLIVEIRA, F.C.; REIS, D.F.; ALLEN, G.G.R.; SICILIANO, I.; SILVA, L.G.F.; SILVA, R.C.F.; NUNES, R.A.; SENRA, P.M.; COELHO, N.B.C.

Apresentador:
Fernanda Chaves de Oliveira

Entre os pressupostos do Programa Nacional de Alimentação Escolar, destaca-se a utilização do momento da alimentação para promoção do aumento do consumo de frutas, verduras e legumes de forma variada e equilibrada. É sabido que a prevalência de anemia entre os escolares é alta, e que isso dificulta a aprendizagem. Pensando nisso, a Coordenadoria de Alimentação Escolar do município de Macaé (RJ) promoveu em uma de suas escolas municipais um teste de aceitabilidade do suco da horta do Programa Cozinha Brasil do SESI RJ (composto de couve, maracujá e limão).  Participaram do teste, durante o desjejum, 73 alunos do Ensino Fundamental com idade entre 6 e 14 anos, que não sabiam que alimentos estavam lhes sendo oferecidos. Os alunos provadores preencheram, após a prova da amostra, uma ficha com escala hedônica facial, de acordo com a Resolução/CD/FNDE no 38, de 16/07/2009 – ANEXO VII. Mesmo tendo a coloração verde (pouco habitual nos sucos oferecidos às crianças), a preparação teve boa aceitação no teste, tendo resposta positiva por 82 % dos alunos. O suco combina a vitamina C das frutas com o ferro da couve, proporcionando um aumento da biodisponibilidade desse mineral e uma alternativa ao consumo de vegetais verdes escuros pelas crianças. Além disso, a couve contém glicosinolato, que tem reconhecida atividade destoxificante de xenobióticos no organismo. O próprio processamento do suco (liquidificação) faz com que a enzima mirosinase se combine com o glicosinolato formando o isotiocianato, que é a forma ativa da substância. A partir desta afirmação é possível concluir que a nutrição funcional é acessível em termos de palatabilidade às crianças, principalmente quando há atividade de educação nutricional promovida previamente relacionada ao alimento testado. O sucesso da preparação foi tamanho que o suco da horta do Programa Cozinha Brasil foi incluído no cardápio da merenda escolar do município.

 
 

 

PROGRAMA COZINHA BRASIL INFANTIL – UMA ABORDAGEM PARA EDUCAÇÃO ALIMENTAR.
 

7º Fórum de Nutrição 2011 - Rio de Janeiro
Nutrição e Saúde Pública

Autores:
COELHO, N.B.; MONTEIRO,A.F.; OLIVEIRA, F.C.; SICILIANO, I.; SENRA, P.M.; GOMES, K.D.; CARVALHO, E.H.

Apresentador:
Natalia Barreto Coelho.

Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência do Cozinha Brasil Infantil com crianças de duas escolas localizadas na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Transmitido pela família e sustentado por tradições, o comportamento alimentar tem suas bases fixadas na infância. Nesta fase da vida, há maior liberdade em relação ao modo de se alimentar oferecido pelos pais e também há influências do ambiente escolar e dos hábitos alimentares dos colegas. Algumas alternativas comuns são utilizadas pelos pais nessa fase, como “esconder” os vegetais nas refeições de forma a fazer com que a criança coma sem saber o que está consumindo, evitando assim a rejeição do alimento que até então se encontra “camuflado” na refeição. O Cozinha Brasil é um programa de educação alimentar, que visa contribuir para a promoção do aumento da qualidade de vida da comunidade através do acesso a informações que permitam autonomia nas escolhas alimentares mais saudáveis.

O Cozinha Brasil Infantil, uma modalidade do Cozinha Brasil voltada para crianças, possui a finalidade de estimular o consumo de alimentos que geralmente sofrem rejeição por parte das crianças e acrescentar conhecimentos nutricionais básicos às crianças participantes do projeto. Foram promovidas aulas de educação nutricional a 127 alunos de 2º a 4º ano, em duas escolas municipais de uma comunidade da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, no mês de novembro de 2010. Para estimular a participação das crianças, elaborou-se uma gincana, na qual as escolas competiam entre si. Durante as aulas as crianças auxiliavam no preparo de receitas, como por exemplo, suco da horta (couve, maracujá e limão), “refrigerante” caseiro, hambúrguer de aveia, macarronada saudável e beijinho de soja. O contato das crianças com os alimentos durante o preparo das receitas, aguçou a curiosidade das mesmas, promovendo uma maior aceitabilidade das preparações. Outra atividade realizada com as crianças foi a gincana, que era composta por várias tarefas, que ao serem executadas com sucesso, acumulavam pontos para as turmas participantes.

A gincana possuía tarefas relacionadas à educação nutricional, como por exemplo, em cada turma, dois alunos se candidatavam a preparar em casa o suco da horta com o auxílio do responsável e aplicar o “teste de aceitabilidade”. Nesta atividade o aluno oferecia o suco para degustação a amigos e familiares sem revelar seus ingredientes. O aluno observaria a reação do provador, que deveria “adivinhar” o sabor do suco. Outra tarefa da gincana era a aplicação do “Questionário de Consumo de Fibras”, no qual o aluno deveria entrevistar um colega de turma ou algum familiar, anotar todos os alimentos consumidos pelo entrevistado durante 1 dia e identificar os alimentos com fibras.

Este questionário demonstrou para muitos participantes o baixo consumo de alimentos com fibras e ressaltou a importância do consumo da merenda escolar, que na maioria das vezes, é a única fonte de fibras diária. Uma tarefa constante da gincana era “provar todas as preparações”. Foi explicado para todos que ninguém era obrigado a gostar das receitas, porém, todos deveriam prová-las. Esta tarefa foi bastante polêmica para todos, principalmente no primeiro dia, porém, nos demais dias, a resistência foi diminuindo e os próprios colegas de turma incentivavam quem tinha receio em provar as receitas. Também foram abordados temas como: a importância das vitaminas e sais minerais, anemia, carboidratos, gorduras, proteínas e rotulagem nutricional.

A importância da higiene das mãos e dos alimentos foi demonstrada através da dinâmica da purpurina, na qual a nutricionista colocava purpurina em suas próprias mãos, de modo que não fosse percebido pelos alunos e apertava a mão de cada aluno, cumprimentando-os. Ao final da apresentação, era percebido por eles que suas mãos estavam “brilhando”. Era apresentada, então, a “azulina”, uma bactéria azul muito pequena, transmitida através do aperto de mão. A partir daí, era explicada a importância de lavar as mãos e os alimentos de forma correta. Através das atividades realizadas com as crianças, observou-se o grande poder de multiplicação que este público possui, já que muitos responsáveis começaram a se interessar pelo que estava sendo realizado nas escolas e a relatar uma certa melhora no comportamento alimentar destas crianças.

 
 

 

ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E ROTULAGEM NUTRICIONAL DE DIFERENTES MARCAS DE RAÇÃO HUMANA
 

7º Fórum de Nutrição 2011 - Rio de Janeiro
Nutrição e Saúde Pública

Autores:
Borré, JL; Galvão, PN; Carvalho, F; Azeredo

Apresentador: Borré, JL

INTRODUÇÃO: A Ração Humana é composta de farelo de aveia, extrato de soja, linhaça marrom, quinoa, aveia em flocos, gergelim, açúcar mascavo, gérmen de trigo, gelatina em pó, cacau em pó, guaraná em pó e levedo de cerveja. É importante ressaltar que a composição e proporção dos ingredientes pode variar de acordo com cada fabricante. Foi desenvolvida com a proposta inicial de utilização como um complemento alimentar. Porém com o passar do tempo começou a ser utilizada no tratamento da obesidade e segundo divulgação da mídia tem se mostrado eficaz. Porém ainda não há estudos científicos sobre o produto, o que justifica o presente estudo.

OBJETIVO: Avaliar a composição físico-química e as informações nutricionais contidas nos rótulos de diferentes marcas de "Ração Humana" disponíveis no mercado.

METODOLOGIA:
Para as análises foram adquiridas dez diferentes marcas do produto Ração Humana no mercado da cidade de Niterói - RJ. Foi realizada análise da composição físico-química e das informações nutricionais do rótulo. Para a análise de qualidade física utilizou-se a pesquisa de ranço, que foi determinada pela reação de Kreiss; o índice de acidez álcool-solúvel, que foi determinado por titulação e o pH que foi determinado eletrometricamente. A análise da composição química foi realizada da seguinte forma: a fração protéica pelo método de Kjeldahl, extrato etéreo pelo método Soxhlet, cinzas pelo método de resíduo mineral fixo, umidade por dessecação em estufa a 105° C e a fração de carboidratos foi determinada pela diferença entre 100 e a soma das demais frações. A análise das informações nutricionais contidas no rótulo foi realizada de acordo com o preconizado pela legislação vigente, sendo utilizada a RDC nº 360 - Regulamento Técnico Sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Este estudo foi desenvolvido no Laboratório de Nutrição Experimental (LABNE) da Faculdade de Nutrição, da Universidade Federal Fluminense - UFF/Niterói-RJ. Os dados da composição química foram apresentados por meio da estatística descritiva como média e desvio padrão. Para comparação entre as médias obtidas nas análises laboratoriais e daquelas informadas no rótulo foi utilizado o teste t não pareado. O programa GraphPad Instat foi utilizado e aceito um nível de significância de 5%.

RESULTADOS:
Em relação à análise física de pesquisa de ranço, todas as amostras demonstraram resultado positivo para a presença de ranço, tendo a coloração das reações variado de rósea a vermelha, sendo que em algumas delas com forte intensidade, o que caracteriza a deterioração dos lipídios. A acidez encontrada nas amostras variou de 0,54% a 1,47%. Os valores de pH variaram de 5,0 a 6,3, ou seja, as amostras mostraram-se ácidas, porém próximas a neutralidade. A análise da composição química realizada não apresentou diferença significativa quando comparadas às informações contidas nos rótulos, entretanto, as marcas 1, 2 e 5 apresentaram graves erros  no fechamento da composição centesimal, no valor energético total, fração protéica e carboidratos. De modo que as informações nutricionais fornecidas pelo rótulo não correspondem aos valores energéticos da porção informada. As demais marcas mostraram composição química bastante semelhante às obtidas no LABNE. Ao observar a rotulagem e as informações nutricionais correspondentes e confrontá-las com a legislação vigente, pode-se observar que as marcas 2, 5 e 10 apresentavam informações incompletas referentes à porção do produto (não informa unidade de medida), a ausência de medida caseira e erro na informação do valor de referência da caloria diária da dieta, respectivamente. Quanto à obrigatoriedade de apresentar a concentração dos macronutrientes contidos no produto alimentício, todas as marcas obedeciam à legislação informando os valores de energia total, carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans, fibra alimentar e sódio.

CONCLUSÃO:
Os resultados demonstraram que nove marcas analisadas apresentaram a qualidade comprometida, segundo aspectos físicos. E que 30% das amostras analisadas não apresentaram composição nutricional fidedigna, o que leva o consumidor a obter informações erradas sobre o produto. Consequentemente, pode-se concluir que as informações nutricionais presentes nos rótulos, apesar de respeitarem a legislação vigente, apresentam valores errôneos. Enfatizamos, portanto, a necessidade de fiscalização pelo órgão competente a fim de garantir ao consumidor clareza e idoneidade das informações descritas nos rótulos.

 
 

 

RESULTADO PRELIMINAR DO ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA PRIVADA
 

7º Fórum de Nutrição 2011 - Rio de Janeiro
Nutrição e Saúde Pública

Autores:
COBAS, C. A.; FAGUNDES, A. T. S.; FLORENTINO, A. M.; SIQUEIRA, É. C. S

Apresentador:
Carla Amorim Cobas (graduanda bolsista PIBIC UGF/CNPq)

INTRODUÇÃO: No Brasil, ao mesmo tempo em que declina a ocorrência da desnutrição em crianças e adultos em um ritmo bem acelerado, aumenta a prevalência de sobrepeso e obesidade. Dessa forma, preocupa a qualidade alimentar e, conseqüentemente nutricional de crianças e adolescentes, já que nessa fase da vida que se enraízam os hábitos alimentares que influenciarão a saúde na fase adulta. Devido à relevância do tema e à carência de iniciativas na prevenção da obesidade, o projeto “Estado Nutricional de Adolescentes de uma escola pública e outra privada”, propõe a realização de avaliação nutricional em escolas da Rede Pública Municipal e da Rede Privada da cidade do Rio de Janeiro, por uma equipe de professoras e aluna do curso de Nutrição da Universidade Gama Filho.  

OBJETIVOS:
Diagnosticar o estado nutricional dos adolescentes matriculados nessas escolas, a partir de duas aferições: uma com o objetivo de traçar o perfil nutricional e, a outra visando avaliar os efeitos de um programa de educação nutricional desenvolvido entre as duas aferições com vistas à mudança do comportamento alimentar.

MÉTODOS:
Em um questionário aplicado aos alunos, questiona-se sobre a prática de atividade física e em que regularidade ela é feita. O peso foi mensurado por balança digital Tanita® e a estatura por estadiômetro com escala em alumínio de 2,00m - Welmy® a fim de traçar o diagnóstico nutricional. A classificação do estado nutricional foi obtida pelo índice de massa corporal por gênero e idade, segundo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2007).

RESULTADOS:
Dos 70 alunos da escola particular estudados, 4,29% apresentaram baixo IMC para a idade; 81,43% IMC adequado para a idade e 14,29% IMC elevado para a idade. Com relação à prática de atividade física, 37,14% não praticam nenhuma atividade física e 62,86% praticam alguma atividade física. Desses, 11,36% praticam apenas uma vez por semana, 54,55% praticam entre 1 a 3 vezes por semana e 34,09% praticam mais de 3 vezes por semana.

DISCUSSÃO:
O resultado preliminar do presente estudo é corroborado pelo o que vem sendo apresentado nas pesquisas recentes em que há uma relevante diminuição da prevalência da desnutrição e um aumento dos casos de sobrepeso e obesidade. Espera-se em estudos populacionais encontrar até 3% de resultados de IMC elevado para a idade e o resultado foi de 14,29% - quase 5 vezes do limite esperado. Dessa forma, considera-se que a prevalência de obesidade nesse colégio é alta. Com relação à atividade física, dado referente às aulas de educação física curricular, deduz-se que 48,5% não têm o hábito da prática da atividade física o que equivale quase a 50% da totalidade de alunos estudados. Considera-se atividade física a prática regular de no mínimo três vezes por semana.

CONCLUSÃO:
Com base no que foi visto, percebe-se fundamental a educação nutricional como matéria fixa em grade curricular e todo o incentivo à mudança de estilo de vida na fase da adolescência e até mesmo na fase pré-escolar e escolar, o que facilitaria o processo de aceitação e construção – ou reconstrução – dos hábitos alimentares e práticas saudáveis. Esse processo deveria ser de co-responsabilidade: escolas, já que nessa fase, crianças e adolescentes passam grande parte de seu dia nesse ambiente; e pais, para que reforcem o aprendido fora de casa e sirvam de exemplo a serem seguidos.

 
 

 

TREINAMENTO DE BOAS PRÁTICAS NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS PARA MERENDEIRAS ESCOLARES: PERFIL DAS PARTICIPANTES E AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO MINISTRADO
 

7º Fórum de Nutrição 2011 - Rio de Janeiro
Nutrição e Saúde Pública

Autores:
Bastos DV, BUENO ISN

Apresentador: Bastos DV

Objetivo: Capacitar merendeiras das escolas e creches municipais, bem como traçar o perfil das participantes e avaliar seu conhecimento assimilado durante o treinamento de boas práticas na manipulação de alimentos.

Métodos: Estudo do tipo transversal com 60 merendeiras, de 22 a 63 anos, servidoras de escolas e creches de Muzambinho-MG e, que se inscreveram para participarem do treinamento. Utilizou-se questionário auto-aplicável, composto por questões fechadas e abertas, sendo avaliados aspectos do conhecimento adquirido após o treinamento.

Resultados: Verificou-se maior porcentagem de participantes com primeiro grau incompleto (41,5%) e menor percentual (1,9%) com curso superior incompleto/completo. O tempo de serviço em escola variou de 6 meses a 30 anos, tendo como média 9,5 anos. Durante a capacitação verificou-se boa aprendizagem nas dinâmicas realizadas sobre higiene pessoal (lavagem das mãos e uniformes) e higiene dos alimentos (intoxicação na alimentação escolar). As questões objetivas do questionário apresentaram assuntos de higiene pessoal, dos utensílios, de microbiologia dos alimentos e noções básicas de alimentação saudável, sendo que o maior percentual de erros das merendeiras (20%) foi na questão sobre higiene de utensílios e o maior percentual de acertos (100%) foi na questão sobre higiene pessoal. Em questões abertas do questionário avaliou-se o que as merendeiras acharam do treinamento e suas sugestões e/ou dúvidas. Alguns relatos sobre o curso foram: “Muito bom, os conhecimentos serão levados para dentro de casa também”; “Na prática é difícil pela falta de equipamentos, produtos de limpeza, uniformes, etc”; “Há necessidade de continuar as capacitações para melhorar cada vez mais”.

Conclusões: Denota-se a importância de capacitar merendeiras escolares, uma vez que as crianças são parte do grupo populacional mais susceptível às doenças transmitidas por alimentos. Maior atenção deve ser direcionada às merendeiras de nível escolar baixo que necessitam conciliar os anos de experiência na área à necessidade de constante aperfeiçoamento nas boas práticas de manipulação de alimentos.

Palavras-chave:
merendeiras; alimentação escolar; manipulação de alimentos.

 
 

 

A CARALLUMA FIMBRIATTA ESEUS EFEITOS NO TRATAMENTO DA OBESIDADE
 

7º Fórum de Nutrição 2011 - Rio de Janeiro
Nutrição Clínica / Hospitalar

Autores:
MARTINELLO, L., SOUZA, R., ALMEIDA, J.

Apresentador: LUCIENI ARAÚJO MARTINELLO

Este trabalho foi realizado com o objetivo de revisar os efeitos da Caralluma fimbriatta no tratamento da obesidade. Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica. Foram pesquisados trabalhos científicos sobre o tema nas bases de dados bireme e science direct utilizando-se os termos Caralluma fimbriatta, obesidade, efeitos adversos, mecanismo de ação e perda de peso, no período de dezembro de 2010 a janeiro de 2011. Foram encontrados onze artigos, incluindo trabalhos de revisão de literatura, experimental e pesquisa de campo, do período de 2007 a 2011. Após o levantamento bibliográfico foram analisados os aspectos citados acima. Observou-se a que o extrato de Caralluma parece possuir glicosídeos que talvez bloqueiem a ação das enzimas citrato liase e malonil coenzima A, inibindo a síntese de gordura, fazendo com que o organismo catabolize as reservas corporais existentes. Também foi encontrado o relato da supressão do apetite e redução de medidas antropométricas. Mostrou uma redução significante estatisticamente do peso corporal, foi bem tolerado e não demonstrou nenhum efeito colateral ou adverso. Atualmente nenhum produto que contenha em sua composição a Caralluma fimbriataencontra-se regularizado no país. Apesar da escassez de trabalhos sobre o tema, acredita-se ter contribuído com a compilação de dados sobre a Caralluma fimbriatta. É importante ressaltar a importância do desenvolvimento de mais pesquisas sobre o tema visando à regularização do seu comércio e a prescrição com segurança.

 
 

 

CONSUMO DE MICRONUTRIENTES POR ADOLESCENTES PRATICANTES DE EXERCÍCIO RESISTIDO
 

7º Fórum de Nutrição 2011 - Rio de Janeiro
Nutrição Esportiva

Autores:
MARTINELLO, L., SOUZA, R., CARVALHO, E., ALMEIDA, J.

Apresentador: LUCIENI ARAÚJO MARTINELLO

Analisar o consumo de micronutrientes de adolescentes praticantes de exercício resistido. Tratou-se de um estudo do tipo quantitativo, descritivo, de desenho transversal, onde foi analisado do ponto de vista nutricional o consumo de vitaminas e minerais de adolescentes praticantes de exercício resistido. Os dados foram coletados no período de agosto a setembro de 2010, após aprovação do projeto no Comitê de Ética da Universidade de Fortaleza, os participantes ou responsáveis assinaram Termo de Consentimento Livre Esclarecido.  O trabalho foi desenvolvido de acordo com a resolução do CNS 196/96. O hábito alimentar foi coletado através da aplicação do recordatório alimentar de três dias não consecutivos, incluindo um dia do final de semana. As dietas foram analisadas através do software de Avaliação Nutricional denominado Avanutri, verificando-se o consumo de vitaminas E, A, C e do complexo B, os minerais cálcio, ferro, zinco, magnésio e cobre, de acordo com as recomendações das DRI’s. A amostra final do estudo constituiu-se de 33 alunos, 66,67% eram do sexo masculino e 33,33% do sexo feminino. Houve grande inadequação em quase todos os micronutrientes, principalmente cálcio (87,88%), vitaminas A (72,73%), B2 (54,55%) e B6 (57,58%), zinco (66,67%), magnésio (96,97%) e cobre (100,00%). A vitamina E (3,03%), niacina (12,12%) e piridoxina (3,03%) estavam sendo consumidas em valores possivelmente nocivos. Em relação à qualidade do consumo alimentar, observou-se que 86% consumiam diariamente bebidas gaseificadas, sanduiches, biscoitos, etc. Os recordatórios analisados demonstraram uma grande inadequação, podendo, com sua adoção em longo prazo trazer prejuízos a saúde. Consideram-se essenciais ações educativas direcionadas a população em geral, esclarecendo sobre os riscos associados à prática do exercício físico sem o acompanhamento do profissional nutricionista.