NEUROPATIA POR DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B1 NO PÓS-OPERATÓRIO TARDIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA: RELATO DE CASO COM SINTOMAS ATÍPICOS
 

7º Fórum de Nutrição 2011 - Curitiba
Nutrição Clínica / Hospitalar

Autores:
Branco Filho A, Cruz M, Savaris A, Soares F

Apresentador:
Fernando Lucas Soares

Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 39 anos, submetida à cirurgia bariátrica videolaparoscópica (Bypass gástrico em Y-de-Roux) em 2007, sem complicações. Seu índice de massa corpórea (IMC) pré-cirúrgico era de 41,6 kg/m2 (105 kg). Após três anos de cirurgia, com perda de 26 kg, e IMC de 31 kg/m2, iniciou os sintomas de dores musculares nas pernas, formigamento e dormência de membros e dedos das mãos. Não fazia utilização de álcool e não apresentou episódios de vômitos no pós-operatório. A paciente iniciou o tratamento com vitamina B1, B6 e B12 intramuscular e ferro intravenoso durante dois meses, sem utilização de suplementos orais. Mesmo suplementada, os amortecimentos pioraram atingindo também a área facial (lábios, olhos e boca). Houve avaliação neurológica, com diagnóstico de neuropatia periférica inicial e administração da medicação anticonvulsivante (carbamazepina), entretanto não foi tolerado pela paciente. Mesmo com as injeções intramusculares de vitaminas do complexo B, a vitamina B1 sérica estava baixa (8,8 ng/ml – referência de 16-48 ng/ml). Em avaliação com o serviço de nutrição, foi orientada a suplementação via sublingual de 200 mg de vitamina B1 por dia, durante 14 dias. Em quatro dias, houve uma melhora significativa, relatada pela paciente, de aproximadamente 40%, em relação ao amortecimento, dormência e dor. Após 14 dias de suplementação, houve uma melhora quase total dos sintomas, porém permaneceu um leve grau de déficit sensitivo nas pontas de alguns dedos da mão. Então, foi reduzida a dose de vitamina B1 para 50 mg e conciliado com vitamina B6 e B12 (10 mg e 50 mcg) respectivamente, em administração via sublingual, além disso, foi reestruturada a alimentação para melhor aporte de nutrientes. Atualmente a paciente encontra-se sem sintomas e realiza acompanhamento nutricional de rotina.

Conclusão: Este caso demonstra a necessidade de avaliação clínico-nutricional individualizada, considerando todos os sintomas apresentados. A suplementação precoce e adequada é o que fará a diferença na evolução do quadro clínico do paciente evitando perdas neuro-motoras definitivas.

 
 

 

ASSIDUIDADE NO ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA DE PACIENTES ATENDIDOS NO CENTRO AVANÇADO DE VIDEOLAPAROSCOPIA DO PARANÁ (CEVIP)
 

7º Fórum de Nutrição 2011 - Curitiba
Nutrição Clínica / Hospitalar

Autores:
Castel J, Cruz M, Filho A, Nunes M, Savaris A, Soares F

Apresentador:
Fernando Lucas Soares

Objetivo: Avaliar a assiduidade de pacientes no pós-operatório de cirurgia bariátrica nas consultas do serviço de nutrição.

Metodologia: Para a coleta de dados foram utilizados os prontuários de pacientes atendidos no período de 2000 a 2009, pelo serviço de nutrição clínica do CEVIP, onde todos realizaram acompanhamento pré-operatório neste mesmo serviço. Para o acompanhamento da assiduidade verificou-se o número de consultas realizadas no pós-operatório, calculando-se o percentual de pacientes que compareceram nas consultas com um, dois, três, seis, nove, doze e mais de doze meses de pós-operatório, conforme padronizado em protocolo do serviço de nutrição.

Resultados:
A amostra foi composta por 366 pacientes. Observou-se que 86% do total de pacientes submetidos à cirurgia fizeram acompanhamento nutricional até o primeiro mês de pós-operatório, 80,8% dos pacientes fizerem o acompanhamento até dois meses, 70,2% até três meses, 63,6% até seis meses, 50,76% até nove e 41,2% até doze meses e apenas 29,5% da amostra compareceu a consultas após um ano de cirurgia, verificando-se uma redução gradativa da assiduidade durante o período descrito.

Conclusões:
Sabe-se a importância do acompanhamento nutricional no pós-operatório para que se atinja metas de perda de peso saudável, evitando assim complicações nutricionais (Antonini DR, Bol Cir Obes, v. 2, p. 3, 2001). Para que se possa garantir resultados satisfatórios, deve-se ressaltar a importância do seguimento ao acompanhamento nutricional a curto e longo prazo e esclarecer a necessidade do comprometimento com o mesmo, visando melhores resultados.

 
 

 

DIAGNÓSTICO HIGIÊNICO-SANITÁRIO DAS ENTIDADES DE CURITIBA CADASTRADAS NO BANCO DE ALIMENTOS
 

7º Fórum de Nutrição 2011 - Curitiba
Nutrição e Saúde Pública

Autores:
FABRI R.

Apresentador:
RAFAELA K. FABRI.

Introdução: A Segurança Alimentar consiste na garantia do direito de toda a população a alimentos em quantidade e qualidade suficientes sem comprometer outras necessidades essenciais. O programa Banco de Alimentos (BA) foi desenvolvido pelo MDS, como uma estratégia do programa Fome Zero, no combate à insegurança alimentar e ao desperdício excessivo em toda a cadeia produtiva de alimentos. O BA de Curitiba funciona dentro das dependências da Ceasa (central de abastecimento) e atende às entidades e famílias cadastradas através do recebimento e repasse de produtos que se encontram fora do padrão de comercialização, porém aptos ao consumo.

Objetivo:
Em virtude do caráter de promoção da SAN do BA, o presente trabalho avaliou as condições higiênico-sanitárias das entidades cadastradas de Curitiba que fornecem refeições ao público que atendem.

Método:
Foram avaliadas 55% das entidades alvo do estudo através dos seguintes instrumentos: um questionário de levantamento do perfil da entidade (1) e um check-list adaptado baseado na RDC º 275 (2). Os estabelecimentos foram classificados em A, B e C de acordo com o estabelecido pela RDC mencionada e, além disto, cada item do chek-list foi analisado de maneira independente, a fim de identificar os pontos mais falhos de cada local. Para isto foram atribuídos os valores 1, 0, -1 para as repostas positivas, não avaliadas e negativas, respectivamente. Os resultados obtidos através do check-list foram correlacionados com os dados levantados pelo questionário (1).

Resultados:
80% dos estabelecimentos receberam classificação C pela RDC. Todos os itens avaliados receberam pontuação negativa para a maioria das entidades. Os itens referentes à matéria-prima e documentação obtiveram 85% e 80% das entidades em inadequação. Ainda foi verificada uma relação positiva entre a presença do Nutricionista no local e a capacitação dos manipuladores com os melhores resultados observados.

Conclusão:
Se faz necessária a conscientização dos envolvidos no programa BA, a fim de que ações corretivas e educativas sejam adotas em busca da garantia de um alimento em condições higiênicas de forma que a proposta de promoção de SAN do programa Banco de Alimentos seja executada em sua totalidade.

Palavras chave: segurança alimentar, higiene, banco de alimentos