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Greve geral dos médicos: após pronunciamento de Dilma, médicos brasileiros pedem paralisação das atividades |
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A Federação Nacional dos Médicos (FENAM) em conjunto com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Médica Brasileira (AMB) convocam coletiva de imprensa para a próxima quarta-feira (26), em São Paulo, para anunciar um calendário de manifestações e uma possível greve nacional dos médicos brasileiros contra a importação de médicos formados no exterior. Após pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff, na última sexta-feira (21), de que irá "trazer de imediato milhares de médicos" estrangeiros para atuarem no Brasil, um clamor social foi iniciado nas redes sociais para que as entidades médicas organizem o protesto. O presidente da FENAM, Geraldo Ferreira, que em nome da entidade representa 53 sindicatos médicos em todo o país, não vê, diante do exposto, outra alternativa senão uma paralisação geral da categoria como forma de alerta e protesto contra a medida. "Afinal a quem o Governo quer entregar a saúde da população? A iniciativa põe em risco a saúde da população. Não podemos colocar médicos para atender a saúde do povo sem sabermos se eles têm conhecimentos e competências para diagnosticar doenças típicas brasileiras. Esses médicos não entenderão as demandas dos pacientes, não falarão nossa língua e o pior, não saberemos a procedência nem o nível de qualificação destes profissionais," enfatiza Ferreira. A FENAM defende de forma emergencial que o Governo realize concurso público para dar oportunidade aos médicos brasileiros de trabalharem de forma adequada, com salários justos e condições de trabalho. "Cerca de 17 mil médicos são lançados anualmente no mercado brasileiro. Muitos estão subempregados, vivendo de bicos ou com contratos precários . Um concurso público nacional, com atrativos e salários decentes resolveria o problema a curto prazo," destaca Ferreira. Na ocasião, o vice-presidente da Confederação Médica Latino Americana e do Caribe (CONFEMEL), Douglas Natera, abordará as experiências negativas já enfrentadas na America do Sul com a importação de médicos. Os presidentes do CFM, Roberto D´Ávila, e da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso também estarão presentes para esclarecimentos. COLETIVA DE IMPRENSA |
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