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Ácidos Graxos Trans e a Saúde Cardiovascular
 
Os ácidos graxos trans são formados durante o processo de hidrogenação no qual óleos vegetais são convertidos em margarinas e gorduras vegetais. Existem fortes evidências demonstrando uma relação positiva entre a ingestão de ácidos graxos trans e a doença arterial coronariana (DAC), não apenas elevando as concentrações sangüíneas de lipoproteína de baixa densidade (LDL), mas também reduzindo, no plasma, os níveis de lipoproteína de alta densidade (HDL). Por não haver conhecimento dos benefícios nutricionais dos ácidos graxos trans e, da existência de possíveis efeitos adversos para a saúde cardiovascular, tornam-se necessárias políticas de saúde pública com o objetivo de implantar ações para minimizar o seu consumo e fazer com que as informações sobre o conteúdo nos alimentos estejam disponíveis para os consumidores.

As manifestações decorrentes da DAC são devido à redução do fluxo do sangue nas artérias comprometidas. As estratégias terapêuticas que visam melhorar o fluxo sangüíneo nos vasos concentram-se na prevenção da formação das placas ateroscleróticas, sua progressão e/ou oclusão arterial, diminuição da lesão e da inflamação endoteliais, redução da absorção dietética de gorduras, da formação e oxidação da lipoproteína de baixa densidade (LDL-C), minimizando o dano oxidativo em geral e diminuindo o risco da formação de trombos (DeBusk et al., 2001). Nos últimos anos, a redução de mortalidade foi obtida graças às intervenções de ordem terapêutica, na prevenção dos fatores de risco e na mudança de hábitos da população.

Embora muitos fatores de risco para a doença cardiovascular - seja, idade, sexo e hereditariedade ? não possam ser alterados, muitos outros são modificáveis, incluindo a hipertensão, a dislipidemia, o diabetes tipo 2, o tabagismo, o sedentarismo, a homocisteína e a obesidade (especialmente o excesso de gordura abdominal). Estas condições clínicas ainda compartilham as características de responderem às mudanças na dieta e de comumente coexistirem nos mesmos pacientes isolados (Schimidt et al.,1996). Ácidos Graxos na Alimentação As gorduras são constituídas de ácidos graxos e glicerol. Quase todas as gorduras de nosso corpo e dos alimentos são triglicerídeos formados de três moléculas de ácido graxo e uma de glicerol, sendo sua natureza dependente dos ácidos graxos que as formam.

As gorduras podem ser classificadas como: saturadas, mono-insaturadas e poli-insaturadas, dependendo do tipo de ligação química presente no ácido graxo ( Hu et al., 2001). Os ácidos graxos saturados têm todos os átomos de hidrogênio possíveis em sua molécula. Já os ácidos graxos serão insaturados se alguns dos átomos de hidrogênios estiverem ausentes e a ligação comum simples entre átomos de carbono for substituída por uma ligação dupla. Caso só exista uma única ligação dupla, ele será mono-insaturado. Se houver mais de uma, será poli-insaturado. A maioria das gorduras contém diferentes proporções de cada um desses três tipos básicos de ácidos graxos, mas costumam ser classificadas segundo o tipo predominante. As gorduras saturadas tendem a ser de origem animal, e são sólidas à temperatura ambiente. Manteiga, banha, sebo e a gordura da carne são gorduras saturadas. As gorduras insaturadas são líquidas à temperatura ambiente.

Costumam ser de origem vegetal, óleos vegetais, embora os óleos de peixe também possam ter grande quantidade de ácidos graxos polinsaturados ( Hu et al., 2001). Os ácidos graxos são essenciais para a vida e o funcionamento normal das nossas células. Participam de incontáveis processos químicos de nosso corpo e são utilizados na produção de hormônios sexuais e prostaglandinas.

Há dois tipos de ácidos graxos: ômega-3 (linoléíco) e ômega-6 (linolênico), que não podem ser sintetizados pelo organismo e, por isto, precisam ser obtidos através dos alimentos. São os chamados "ácidos graxos essenciais" (EFAs, em inglês), e quando existem em quantidade suficiente no corpo são usados para fabricar os outros ácidos graxos de que precisamos ( Hu et al., 2001). Atualmente, o consumo de ácidos graxos (gordura dietética) e seus efeitos sobre a saúde humana têm sido um dos principais pontos de interesse da pesquisa da nutrição.

Durante muitas décadas, as principais recomendações dietéticas para reduzir o risco de doença arterial coronariana (DAC) eram focadas na diminuição da ingestão de ácidos graxos. Por outro lado, vários estudos (Ascherio et al., 1996; Pietinen et al., 1997; Hu et al., 1997) mostraram que a quantidade de ácidos graxos da dieta não é tão importante quanto à qualidade e o equilíbrio entre os vários tipos de gorduras.

Assim, o tipo de ácido graxo dietético é mais importante para determinar o risco de DAC do que a sua quantidade total na dieta, por isso, seria mais prudente reduzir em nossa dieta as gorduras saturadas e as gorduras "trans" antinaturais e aumentar as gorduras essenciais ( Hu et al., 2001).
 

 
Autores
 
Dr. Waldomiro C. Manfroi
Doutor em Cardiologia, Diretor da Faculdade de Medicina da UFRGS, Professor do Programa de Pós Graduação em Medicina e Ciências da Saúde em Cardiologia e Ciências Cardiovasculares da UFRGS.
Dra. Viviane M. F. Franco
Nutricionista, Mestre em Ciências da Saúde em Cardiologia e Ciências Cardiovasculares, aluna de Doutorado do Programa de Pós Graduação em Medicina e Ciências da Saúde em Cardiologia e Ciências Cardiovasculares da UFRGS.

 
Os autores estão em ordem alfabética.

Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Mar/Abr/2005
 
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