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Comer mal no café da manhã aumenta o risco de infarto
 
Saiba como diagnosticar e prevenir a aterosclerose.

Um estudo recente publicado no Journal of the American College of Cardiology revelou que pular o café da manhã ou se alimentar mal no início do dia dobra o risco de desenvolver aterosclerose, a doença responsável pelo acúmulo de gorduras e outras substâncias nas paredes das artérias, apontada como a principal causa de doenças cardiovasculares no mundo, incluindo os derrames cerebrais e o infarto do coração.

A pesquisa acompanhou variáveis relacionadas com o estilo de vida, incluindo os hábitos alimentares, de um grupo de 4 mil pessoas de meia-idade que não apresentavam histórico de doenças cardiovasculares. Em relação à alimentação matinal, foram identificados três padrões de consumo distintos: 27% das pessoas tomavam um café da manhã de alta energia (mais de 20% das calorias consumidas diariamente), 70% tomavam um café da manhã considerado de baixa energia (entre 5% e 20% das calorias consumidas diariamente) e apenas 3% não tomavam o café da manhã adequadamente (menos de 5% das calorias consumidas diariamente).

O estudo observou que as pessoas que consumiam menos calorias no desjejum apresentavam mais fatores de risco para a aterosclerose, como diabetes, pressão alta, obesidade e colesterol elevado. Além disso, o fato de não se alimentar adequadamente ao acordar também se mostrou estar independentemente associado à presença de aterosclerose subclínica (ou seja, que não causa sintomas) em exames de imagem. Esses achados levaram os pesquisadores a concluir que pular o café da manhã aumenta a chance de desenvolver a aterosclerose, mesmo naquelas pessoas que não apresentam os chamados fatores de risco tradicionais para a doença.

A alimentação irregular é um dos hábitos inadequados que mais contribuem para o desenvolvimento da aterosclerose. A má alimentação está associada ao desenvolvimento dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares. Por exemplo, o excesso de sal pode levar à hipertensão, assim como o consumo de comidas gordurosas leva ao aumento dos níveis de colesterol – além, claro, da obesidade e do diabetes. A mudança de estilo de vida é sempre o primeiro passo para a prevenção das doenças cardiovasculares.

Mas como saber se você está com as suas artérias comprometidas? Para algumas pessoas é indicado o uso de exames de imagem para melhor definir o chamado risco cardiovascular, ou seja, o risco de determinada pessoa desenvolver complicações clínicas da aterosclerose, como infarto ou acidente vascular cerebral. Dentre os procedimentos mais utilizados, o destaque atual tem sido dado ao Escore de Cálcio, uma tomografia cardíaca sem contraste que é capaz de quantificar o cálcio na parede das artérias coronárias e determinar a carga de aterosclerose presente no coração. A presença de extensas calcificações nas coronárias já se mostrou ser um forte preditor de infarto futuro.

As doenças cardiovasculares, ao lado do câncer, são as maiores causas de morte no mundo moderno, e que, por isso, o diagnóstico precoce pode ajudar a evitar a progressão da aterosclerose e prevenir um eventual infarto ou acidente vascular cerebral. Manter hábitos de vida saudáveis, incluindo alimentação e atividade física regulares, além de ter acompanhamento médico frequente, é essencial para prevenir possíveis complicações.

Fonte
Dr. Filipe Penna - Cardiologista integrante do corpo clínico do Bronstein Medicina Diagnóstica - Rio de Janeiro - RJ

 
 
 
 
 

 
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