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Como provocar mudanças duradouras no estilo de vida
 
Apesar do advento da tecnologia moderna, as pessoas possuem menos tempo livre, trabalham mais, estão cada vez mais estressadas e mais doentes, o que envolve todo o sistema de saúde – planos médicos, academias, profissionais de saúde, faculdades, etc. Estudos mostram que as raízes da doença estão em comportamentos como o tabagismo, a inatividade física, sendo que essa última mata ainda mais do que o tabaco, estresse, má alimentação, e sono. Portanto, podemos explicar a maioria das doenças com comportamentos simples ligados aos hábitos de estilo de vida e dessa forma a melhor maneira de combater doenças é através da mudança de comportamento. Grande parte do dinheiro que é utilizada para tratar doenças provocadas pelo estilo de vida poderia ser economizada, se as empresas tivessem funcionários com hábitos de vida mais saudáveis. Milhares de dólares são gastos atualmente com políticas de incentivo à prática de atividade física, alimentação saudável, controle de estresse dentro das empresas, mas muitas vezes esses serviços ficam ociosos porque, apesar da facilidade, os funcionários não se engajam nesse processo. O departamento de RH das empresas não encontra justificativa para falta de motivação dos seus funcionários que não aproveitam as facilidades que as empresas oferecem na busca por uma vida mais saudável. Esse é só um exemplo do desafio que é para o ser humano colocar em prática ações que ele sabe que vão trazer melhorias na sua vida, mas mesmo assim não o faz. Os estudos mostram que não é possível mudar um hábito, e talvez esse seja o grande desafio. A melhor forma de encontrar novos resultados é desenvolvendo e fortalecendo novos hábitos. Para isso é preciso que o próprio indivíduo encontre seus motivos, suas razões e sua forma de fazer isso. No entanto, a maneira como nossos profissionais de saúde aprendem a atuar, resolvendo problemas mais agudos de forma intervencionista, não favorece o surgimento desses novos hábitos nos pacientes. É possível tratar o diabetes tipo 2 simplesmente alterando a dieta e aumentando o exercício, nesse caso os médicos não vão apenas dar um hipoglicemiante oral para tratar a doença, mas realmente melhorar a forma como os pacientes podem cuidar de si e a forma como eles podem influenciar a sua própria saúde. Este conceito baseia-se na literatura do “coaching” em que na relação entre um “coach” e um “coachee”, é o “coachee” que conduz seu próprio processo de mudança. Quando profissionais de saúde praticam e vivem através da medicina de estilo de vida eles transferem a responsabilidade do profissional de saúde ao paciente. O profissional não vai dizer ao paciente o que fazer, e sim buscar junto com o paciente uma alternativa, o profissional de saúde irá negociar a prescrição com seu paciente. Há uma importante citação da Margareth Moore da Wellcoaches que explica claramente essa mudança: a forma como os médicos se comportam normalmente é como se lutassem com os seus pacientes, mas quando eles entram no relacionamento de coaching e estilo de vida, eles dançam com seus pacientes. Os médicos ou profissionais de saúde podem ter o conhecimento e compartilhar esse conhecimento com seus pacientes, e ainda agir como uma autoridade, mas transferir a responsabilidade das decisões para seus pacientes, diminuindo o estresse e a pressão dos médicos e profissionais de saúde, concedendo uma maior autonomia aos pacientes. Coaching e educação em saúde podem ser eficazes para melhorar a vida - que também têm sido associados a melhores resultados psicológicos. Por exemplo, os componentes específicos da intervenção, tais como a melhoria da atividade física, reduzido o consumo de álcool são susceptíveis de ser associada com a redução da ansiedade. O exercício, especificamente, tem sido relacionado ao alívio da ansiedade, reduzindo o stress e tensão muscular, melhora os níveis de energia e o estado de alerta, bem como auxilia o sono e relaxamento. Há uma importante diferença entre simplesmente adotar um comportamento e manter um comportamento. Estudos têm demonstrado que o uso de diversas técnicas de Coaching (entrevista motivacional, balanço decisório), psicologia positiva, ambivalência, mindfulness, estratégias para mudança de hábitos no auxílio à busca e incorporação de novos hábitos e novo estilo de vida traz resultados mais duradouros. Fonte: Dra. Luciana Oquendo Pereira Lancha - Nutricionista pela Faculdade de Saúde Pública da USP, Bacharel Em Esporte pela Escola de Ed. Física e Esporte da USP, Mestrado em Biologia Celular pelo Instituto de Biologia da UNICAMP, Doutorado em Ciências pelo Instituto de Ciências Biomédicas da USP, Pós Doutorado no Institut de la Recherche Agronomique-Paris, Personal and Professional Coach formada pela Sociedade Brasileira de Coaching, Wellness Coach formada pela Carevolution. Coach de Bem Estar e Saúde, Instituto Vita. Referências: AH Mokdad, JS Marks, DF Stroup, and JL Gerberding Actual causes of death in the United States, 2000. JAMA, Mar 2004; 291(10): 1238-45. Long BC Effects of exercise training on anxiety: A metaanalysis.. J Appl Sport Psychol, 1995; 7: 167. Blythe J. O’Hara, Philayrath Phongsavan, Klaus Gebel, Debbie Banovic, Kym M. Buffett, and Adrian E. Bauman Longer Term Impact of the Mass Media Campaign to Promote the GetHealthy Information and Coaching Service®: Increasing the Saliency of a New Public Health Program. Health Promot Pract, Nov 2014; 15: 828 - 838. Amy L. 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