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Para pesquisadores da Unicamp, melhorias do Bolsa Família sobre o Estado Nutricional dos Beneficiários têm sido acompanhadas do aumento de sobrepeso e da anemia.
 
Supervisão de especialistas nas ações de educação alimentar em todas as unidades básicas de saúde do país ajudaria a reverter o quadro, dizem em artigo. A fim de obter informações sobre o estado nutricional da população beneficiada pelo Bolsa Família, pesquisadores da Unicamp realizaram uma revisão de teses e trabalhos que englobavam o tema. A síntese da busca resultou no artigo “Estado nutricional dos beneficiários do Programa Bolsa Família no Brasil – uma revisão sistemática”, publicado em maio na Revista Ciência & Saúde Coletiva. O trabalho é assinado por Miriam Regina Wolf, nutricionista da Prefeitura Municipal de Blumenau, e Antonio de Azevedo Barros Filho, professor titular do Departamento de Pediatria da Unicamp. No estudo, os autores afirmam que, ainda que o acompanhamento do estado nutricional dos beneficiários seja uma das condições para a manutenção do recebimento do Bolsa Família, a dificuldade na obtenção de dados para avaliação dos efeitos do programa ainda é o maior obstáculo para eventuais pesquisas. “Mesmo nos municípios onde o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) encontra-se informatizado e com ligação direta com o SISVAN nacional, o cruzamento de dados com o Programa Bolsa Família não ocorre”, dizem no texto. Ainda assim, para conhecer um pouco mais da realidade nacional dos beneficiários e o impacto do programa sobre o perfil nutricional da população atendida, os pesquisadores investigaram dados de 13 análises e teses sobre o assunto. Apesar de 70% das famílias cadastradas no projeto relatarem ter tido um grande aumento na variedade de alimentos consumidos, os autores questionam a qualidade desse crescimento no consumo. Segundo eles, não se pode desconsiderar que grande parte dos mantimentos agora comprados pelos beneficiários são altamente calóricos e com baixo valor nutritivo. Além disso, a adição desse tipo de alimento na rotina alimentar das famílias seria bem maior que o acréscimo de frutas e verduras. “Desta forma, a redução da desnutrição tem sido acompanhada do aumento de sobrepeso e da anemia, refletindo consumo inadequado de alimentos”, argumentam. A necessidade da implementação sistemática de um profissional nutricionista que acompanhe as ações de educação alimentar em todas as unidades básicas de saúde também foi abordada. Os autores lembram que essa medida é uma das determinações do Conselho Federal de Nutricionistas e do Programa Bolsa Família. Eles destacam que, entre as limitações do estudo, está o fato de que todo o trabalho foi construído a partir de outras avaliações e teses, nos quais “sempre existe a possibilidade de erro humano por falta de treinamento e de acompanhamento e metodologia adequados”. Com mais de 13 milhões de famílias beneficiadas em todo o território nacional, o Bolsa Família do Brasil é, hoje, o programa de transferência monetária com maior envergadura no mundo. As condições estabelecidas pelo governo para o recebimento do benefício incluem rendimento de até R$160,00 per capita, assiduidade das crianças nas escolas, entre outros. Porém, conforme ressaltam os autores do artigo, ainda há vários empecilhos para que a meta estabelecida pelo governo seja atingida. “Em muitos casos, o recebimento do benefício é inferior ao valor que o adolescente receberia com o trabalho”, eles comparam, no texto. Fonte http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232014000501331&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt. Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico)
 
 
 
 
 

 
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