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Conheça os principais sintomas do Parkinson e saiba como a prática de atividades físicas pode amenizar a doença
 
1) Qual a incidência da doença de Parkison?
Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 200 mil brasileiros sofrem com a doença de Parkinson e estima-se que 1% da população brasileira, acima de 65 anos, são vítimas do distúrbio. Sem causa conhecida, relacionada à combinação de fatores ambientais e genéticos, a doença tem início tardio, em média após os 55 anos, e caracteriza-se pela morte progressiva dos neurônios responsáveis pela produção do neurotransmissor dopamina, que participa do controle dos movimentos. A doença é mais comum nos homens do que nas mulheres e estudos revelam que o risco é maior quando há o histórico de familiares afetados.

2) Quais são os sinais da síndrome?
A síndrome é constituída por quatro sinais principais: tremor, rigidez, bradicinesia e instabilidade postural. A rigidez é uma forma de aumento do tônus muscular observada melhor nos movimentos mais lentos. A bradicinesia é caracterizada pela lentidão dos movimentos e a instabilidade postural é quando o paciente apresenta o corpo inclinado para frente, resultando em desequilíbrios e quedas. Mas nem sempre os portadores da doença apresentam estes quatro sintomas, a manifestação mais comum é o tremor

Por ser o sintoma mais conhecido da síndrome, muitas pessoas desconhecem outras características que podem manifestar a doença.É comum os pacientes apresentarem depressão, psicose, demência, anormalidades do sono, aumento da frequência urinária e até disfunção erétil, dentre outros. À medida que a doença progride, mais características se desenvolvem, podendo levar à incapacidade, dependência e aumento da mortalidade. O tempo médio de sobrevida após o início dos sintomas é de 15 anos", destaca.

3) Como pode ser realizada a prevenção e formas de tratamento?
Entre os especialistas, ainda não existe um consenso sobre as formas de prevenção, o tratamento com medicamentos deve ser associado à medidas educativas. O tratamento tem como objetivo retardar o avanço da doença e controlar os sintomas motores e não motores. Mas, para melhorar a qualidade de vida dos pacientes é fundamental levar em conta os aspectos nutricionais e emocionais, que devem ser considerados não apenas ao paciente como também aos seus familiares. Para acompanhar a evolução do quadro, a presença de uma equipe multidisciplinar formada por fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutrólogos e psicólogos é muito indicada.

A progressão da doença varia consideravelmente de um paciente para o outro, por isso, o tratamento deve ser individualizado. A estratégia para tratar um paciente deve considerar vários fatores que irão influenciar ao longo do seu período de evolução. Alguns pacientes mantêm uma resposta excelente ao tratamento e parecem mudar pouco durante o acompanhamento prolongado, mas na maioria das vezes observa-se aumento da incapacidade, com desenvolvimento de muitos sintomas que são poucos responsivos às medicações. Somado a isso, os efeitos colaterais do tratamento podem agravar a doença, como náuseas, sonolência, sintomas psiquiátricos, confusão mental e movimentos involuntários, dentre outros.

Estudo publicado recentemente observou que a prática de Tai chi chuan provoca melhoras significativas nos sintomas de pacientes com a Doença de Parkinson. A pesquisa, desenvolvida no Instituto de Pesquisa de Oregon, nos Estados Unidos, concluiu que a atividade pode beneficiar a estabilidade postural e a capacidade de andar dos indivíduos com a doença.

4) A família tem um papel fundamental?
O apoio e conhecimento da família sobre a doença é fundamental para o tratamento e conforto do paciente. De acordo com a médica, se inteirar sobre a doença auxilia na percepção do agravamento do quadro e efeitos adversos. É preciso esclarecer dúvidas sempre que necessário, e, em caso de internação hospitalar, manter o ambiente o mais familiar possível. Conversar com o paciente, oferecer carinho e afeto, entreter, cuidar e evitar acidentes é muito importante em todo o processo

No Hospital Paulo de Tarso, o paciente conta com uma equipe multidisciplinar e com farmácia equipada com os medicamentos utilizados com maior frequência. "Existe uma facilidade em adquirir novos remédios em caso de necessidade. Visamos o tratamento das complicações, estabilização do quadro e melhora da qualidade de vida. O tratamento humanizado é prioridade", finaliza.

Sobre o HPT
A história no HPT nasceu há mais de 50 anos quando o bancário Virgílio Pedro de Almeida, mirando-se no exemplo da vida e da obra de Paulo de Tarso, principal disseminador do Cristianismo, iniciou a construção do então asilo Paulo de Tarso. Em 1975, a direção da entidade foi assumida pelo administrador, Amarílio Domingos da Costa, que criou então a Associação Beneficente Paulo de Tarso e transformou o antigo asilo no Hospital Paulo de Tarso - Geriatria e Reabilitação. Com seu falecimento em 2007, o filho do fundador e atual presidente da instituição, Mário Alberto de Lima Costa, que há mais de 25 anos já se dedicava ao hospital assumiu a presidência. O HPT possui uma área total de 5.500 m², quatro blocos principais de atendimentos clínicos e dois de apoio administrativo.
 

 
Autor
 
Dra. Luiza Farah
Médica Clínica Geral do Hospital Paulo de Tarso, especializado no atendimento a idosos e pacientes crônicos, e reconhecido como referência em Cuidados Paliativos, além de Geriatria, Cuidados Prolongados e Reabilitação.

 
Os autores estão em ordem alfabética.
 
 

 
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