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Aspargos: O Vegetal Versátil
 
Aspargos officinalis é uma planta nativa da Euro-Asia, de talos brancos ou verdes. Com plantações espalhadas pelo mundo todo, ele cresce melhor em solos arenosos. O aspargo tem sido cultivado e prestigiado desde os tempos mais remotos até hoje, devido às suas propriedades benéficas e excelente sabor. Conhecido pelos romanos e egípcios, também era posto a secar pelos índios americanos para a cura de problemas na bexiga ou nos rins. Porém o aspargo só chegou à França no reinado de Louis XIV.

Atualmente existem muitas variedades de aspargos, tais como o aspargo Inglês (que nunca cresce com o talo muito grosso e é apreciado por seu sabor), Italiano (que tem uma cor violeta e é menos saboroso), e o Francês (que é uma variedade melhorada com talos menos grossos e uma ponta de cor violeta clara). A Holanda, Alemanha e Bélgica preferem os aspargos brancos, que são cultivados de maneira a não desenvolverem a clorofila. A estação do aspargo na Europa começa em março e se estende até o mês de junho.

Durante a estação da planta na Alemanha, os restaurantes produzem cardápios especiais servindo algumas das 45 espécies de aspargos existentes no país. Alguns outros tipos de aspargos selvagens também crescem na Europa, Austrália e Califórnia, mas tendem a ser mais amargos do que as espécies cultivadas.

Aspargos frescos devem apresentar o talo firme e uma cor uniforme. Eles são melhores aproveitados se comidos assim que forem comprados. Poderão ser armazenados até três dias em geladeira se forem postos em uma vasilha com seus talos submersos em um pouco de água que cubra-os (cerca de 2 cm, ou o suficiente para manter os talos umedecidos). Outro método de manutenção é enrolar as pontas cortadas em papel umedecido e colocar os aspargos dentro de uma vasilha fechada para ser refrigerada.

Para preparar os aspargos, lave-os em água fresca para remover a sujeira. Retire a parte mais dura do talo (de baixo), por ser muito fibroso. Os aspargos mais novos talvez só precisem que esse pedaço do talo seja removido, porém os mais velhos têm que ser descascados também. Cozinhe-os pelo menor tempo possível para que uma boa textura e coloração sejam garantidas.

Os aspargos são geralmente cozidos no vapor ou fervidos em água, porém seu sabor é tão delicado que é melhor que sejam cozidos para menos do que para mais. Use-os por si só ou servidos como parte de uma salada, preservados para dias de inverno, em sopas, refogados ou fritos rapidamente, em quiches e guisados. Os franceses costumam comê-los quentes com manteiga, enquanto os italianos comem-nos frios com vinagrete.

Uma fonte de vitamina A, B, C, cálcio e ferro, os aspargos também fornecem uma grande quantidade de fibras, com cerca de 3.6 gramas por xícara de vegetal. Depois do suco de laranja, ele é tido como a melhor fonte de ácido fólico, conhecido por diminuir os riscos de doenças do coração, câncer de cólon, doenças do fígado e da espinha. Os aspargos também são ricos em sais minerais, potássio e muitos micronutrientes. São também baixos em calorias, sem gorduras e colesterol.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, os aspargos também contém uma alta quantidade de glutadina, um dos maiores combatentes desta doença, além de possuírem propriedades anti-virais. Pesquisas nutricionais demostraram que a glutadina é o agente mais eficaz de desintoxicação no corpo humano.
 

 
Autor
 
Chef Patrick Martin
Vice-Presidente de Desenvolvimento Educacional em Culinária, é o Embaixador Internacional do Instituto "Le Cordon Bleu". Com mais de 25 anos de experiência trabalhou no Le Doyen, Dalloyau e Flo Prestige na França. Ganhador de vários prêmios internacionais, supervisionou o desenvolvimento técnico e a abertura da escola de Tóquio e ajudou a estabelecer o nível profissional das escolas da França, Londres e Tóquio.

 
Os autores estão em ordem alfabética.

Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Set/Out/2003
 
 

 
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