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A importância do Suporte Nutricional e suas Vias de Administração em Crianças Internadas
 
A desnutrição protéico – energética (DPE) na criança enferma, principalmente, quando é necessária sua internação, tem sido considerada como o mais importante distúrbio nutricional, particularmente, na faixa etária menor de 5 anos (Motil, 1998) (Ferreira e França, 2002). Inúmeras são as causas que podem ser responsáveis pela internação das crianças, no entanto, a DPE seja aguda ou crônica, está presente ou associada, na grande maioria destas causas.

Por outro lado, vem sempre à mente a pergunta: A Desnutrição Intra-Hospitalar (DI-H) é causa ou conseqüência? Como se viu acima, a criança tem sempre uma doença de base, responsável pela sua internação. Do ponto de vista clínico, a criança apresenta anorexia, recusa alimentar, entre outros sinais e sintomas.

Entretanto, alguns fatores coadjuvantes e/ou complementares colaboram para incrementar a intensidade da desnutrição intra-hospitalar. A dificuldade técnica de quantificar as perdas patológicas; a prescrição de jejuns para procedimentos que, na grande maioria destes, costumam ser prolongados e/ou repetitivos e até mesmo a prescrição das “famosas” dietas leves, em geral, hipocalóricas, constituem os principais fatores contribuitivos para o agravo da DI-H, na população pediátrica com menos de 5 anos.

A Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE) realizou em 1999 um inquérito brasileiro de avaliação nutricional hospitalar (Ibranutri) (Waitzberg, Caiaffa e Correia, 1999). Este estudo revelou uma taxa de 48,1% de desnutrição nos doentes internados em 23 hospitais públicos de 13 importantes estados brasileiros. Destes, 12,6% dos pacientes a desnutrição era grave, 35,5% moderada. Num estudo retrospectivo realizado no Hospital Universitário de Alagoas, no período de 6 meses (fev – jul/2001), os autores encontraram 71.2% de DPE no momento da internação e 69,2% no dia da alta (Ferreira e França, 2002).

No entanto, vale a pena ressaltar que os autores tanto do Ibranutri como o do HU de Alagoas, verificaram um alto percentual de prontuários sem qualquer referência sobre o estado nutricional dos pacientes. Além disso, os autores do Ibranutri verificaram que a taxa de desnutrição elevava-se para 45,5% após um período de 3 a 7 dias e para 51,2% após 8 a 15 dias da internação.

Embora neste importante estudo não há referência ou distribuição percentual quanto a faixa etária, os autores reforçam a falta de atenção e diria até mesmo a falta de preocupação dos profissionais de saúde nos hospitais estudados quanto ao estado nutricional dos pacientes internados.

Deve-se ressaltar também que a DPE nas regiões consideradas em desenvolvimento, além de ser um importante distúrbio nutricional nos primeiros anos de vida, é o principal responsável pelas elevadas taxas de mortalidade infantil.

Diferente dos paises desenvolvidos em que a prevalência da DPE é, principalmente, detectada em pacientes hospitalizados e é a responsável pelo maior tempo de hospitalização. Assim sendo, o planejamento alimentar do paciente internado, independente da idade, é de fundamental importância bem como o uso sistemático e protocolado de métodos de avaliação do estado nutricional. Também deve-se valorizar o conhecimento clínico e da investigação laboratorial e complementar para o diagnóstico da doença de base.

Isto significa que o profissional de saúde deva saber as atuais condições metabólicas que a doença de base causou ou está causando no paciente e, investir num Suporte Metabólico inicial para não só minimizar o provável catabolismo que o paciente está apresentando como também prevenir possíveis falências metabólicas que o mesmo possa apresentar durante sua internação.

 

 
Autor
 
Prof. Dr. Flávio Luis Moreira
Médico, Prof. Dr. do Depto. de Pediatria, responsável pela Disciplina de Gastroenterologia Pediátrica e Nutrição da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP

 
Os autores estão em ordem alfabética.

Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Jul/Ago/2003
 
 

 
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