Ameixas-secas
 
No mundo existem alguns tipos de ameixas e foi a partir de uma variedade francesa que surgiu a ameixa-seca como a conhecemos hoje. Esta espécie, vendida seca na sua grande maioria, possui uma polpa firme, e um alto teor de açúcar e acidez, o que permite que as frutas sejam secas com seus caroços intactos, sem que assim haja fermentação.

A espécie de ameixa-seca mais comum é a franco-californiana, também conhecida por d’Agen; mesmo sendo originária da França, hoje é extensivamente cultivada nos EUA. Na realidade, 70% das ameixas-secas produzidas no mundo vêm da Califórnia. Elas foram introduzidas ali em 1856, durante a "Corrida do Ouro", por um francês com a idéia de que mesmo que o sucesso não viesse através das minas de ouro, certamente viria pelas suas inovadoras plantações de ameixa.

Para se produzir ameixas-secas, as ameixas são deixadas no pé até que amadureçam completamente. Só então são colhidas e colocadas para secar entre 15-24h sob condições rigorosamente controladas. As ameixas perdem tanta água neste processo que para se produzir meio quilo de ameixas secas são necessários de 1,5 a 2kg de ameixas frescas.

Na última etapa, as ameixas são banhadas em água quente para que se aumente seu grau de umidade e só então são embaladas para consumo.

As ameixas são benéficas para a saúde e por serem extremamente ricas em fibras diminuem o colesterol e previnem da constipação (apesar de também conterem sorbitol, que atua como um laxante). Elas possuem mais fibras do que os feijões secos ou mesmo do que qualquer outra fruta ou verdura. As ameixas contém muitos anti-oxidantes (o dobro das uvas passas e blueberries), e são ricas em vitaminas A, B, C, E, e ainda cálcio, beta-caroteno e ferro. Ameixas também possuem um alto grau de potássio, que ajuda a diminuir a pressão sangüínea e melhora a saúde dos ossos. Tanto as ameixas frescas como as secas aumentam ainda a absorção de ferro pelo organismo.

Entretanto, o processo de secagem das ameixas aumenta consideravelmente seu conteúdo de açúcar, o que se por um lado realça o sabor da fruta, por outro quadruplica seu valor calórico.
 

 
Autores
 
Chef Patrick Martin
Vice-Presidente de Desenvolvimento Educacional em Culinária, é o Embaixador Internacional do Instituto "Le Cordon Bleu". Com mais de 25 anos de experiência trabalhou no Le Doyen, Dalloyau e Flo Prestige na França. Ganhador de vários prêmios internacionais, supervisionou o desenvolvimento técnico e a abertura da escola de Tóquio e ajudou a estabelecer o nível profissional das escolas da França, Londres e Tóquio.

 
Os autores estão em ordem alfabética. Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Jan/Fev/2006