Atividade física impacta positivamente a vida de pessoas com insuficiência cardíaca
 
No entanto, a prática nessa população ainda é baixa, mostra estudo. Estudo da Universidade Federal de Goiás com pacientes com insuficiência cardíaca atendidos no Hospital das Clínicas de Goiânia mostra que eles apresentam boa qualidade de vida nos aspectos físicos e emocionais, porém apresentam nível de atividade física insatisfatório. Segundo o trabalho, em geral, pessoas com insuficiência cardíaca (IC) sofrem modificações em seu padrão de vida normal, devido à incapacidade de executar tarefas cotidianas por causa de sintomas como dor ou desconforto precordial, dispneia, ortopneia, palpitação, síncope, fadiga e edema. “Os portadores de IC apresentam limitações físicas para realização das atividades de vida diária e, também, problemas psicológicos, como depressão, ansiedade, medo da morte e tristeza. Sendo assim, tanto aspectos físicos quanto emocionais são afetados pela doença, fato que compromete a qualidade de vida de seus portadores”, afirmam os autores no artigo. Nesse estudo, a qualidade de vida foi satisfatória entre os pacientes. Entretanto, os níveis de atividade física foram baixos. O estudo explica que a prática regular de atividade física é importante para esses pacientes, pois interfere no processo de saúde-doença. Quando perguntados por que não realizavam atividade física, a maioria dos pacientes disse ser por falta de tempo. Outros justificaram ser por falta de ânimo, por não querer e por se sentir mal ao realizar qualquer tipo de atividade física. O estudo explica que a prática de exercios tem um impacto positivo na vida desses pacientes. “Sabe-se que o treinamento físico tem potencial para melhorar as anormalidades causadas pela insuficiência cardíaca, pelo recondicionamento dos músculos esqueléticos e músculos que participam da mecânica respiratória, promovendo, também, uma melhora da função hemodinâmica, modulação simpática e vagal do coração, além da sensibilidade do barorreflexo arterial”, explica a equipe. O trabalho está publicado na revista ASSOBRAFIR Ciência, periódico da Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva, com o título de “Qualidade de vida e nível de atividade física de pacientes portadores de insuficiência cardíaca crônica”. Fonte Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico)